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Talking Dead

Talking Dead Fear Edition #1 – Dave Erickson, Alycia Debnam-Carey e Cliff Curtis

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Fear the Walking Dead voltou para a terceira temporada com dois emocionantes e tristes episódios seguidos. Madison, Alicia e Travis se reuniram a Nick em circunstâncias horríveis, Luciana está à beira da morte e conhecemos um novo grupo, incluindo Troy, o cientista louco do Rancho Mandíbula Quebrada. No hotel, Strand achou um lampejo de esperança depois de fazer o parto de um bebê. Mas vivenciamos uma grande perda hoje, porque Travis foi alvejado e depois, caiu de um helicóptero e morreu. Como a morte de Travis afetará os Clarks? Será que eles podem confiar em Troy e na sua família? E para onde Strand vai em um Jaguar verde novinho? E cadê a Ofélia?

No Talking Dead de hoje, temos o produtor executivo de Fear the Walking Dead, Dave Erickson, a primeira e única Alycia Debnam-Carey e Travis em pessoa, Cliff Curtis.

Chris Hardwick: Mas o quê…? Como…? Por que…? Quando assistir ao episódio, escrevi ao meu produtor e disse: “O Travis morreu mesmo?” Não o vi ser atingido. Você está morto mesmo?

Cliff Curtis: Eu não sei. Posso perguntar a ele.

Dave Erickson: Está.

Chris Hardwick: Ah, cara… Eu fiquei tão… Vi o Cliff selvagem aparecer na arena e pensei: “Então, esse é o rumo, ele vai pirar, ele vai entrar em modo de fera e surtar com todo mundo”. E aí, você morreu. Mal aí, mas como reagiu? Não foi nada divertido.

Cliff Curtis: Hilariante.

Chris Hardwick: Obviamente, quando você está em uma série há várias temporadas e sabe que personagens morrem, qual foi a sua reação inicial e como a processou?

Cliff Curtis: Tudo bem, sabe? É tipo… de boa. Lembro quando dei a primeira olhada na franquia, analisei o que houve com Rick e a esposa dele e disse: “As esposas não viverão muito nesta franquia”. Esse foi o primeiro sinal. E no início da 1ª temporada, houve uma cena em que Travis volta para casa e não tem ninguém lá, mas tem um barulho estranho e o vizinho está comendo um cachorro na entrada. E eu disse: “Erickson”, sabe, Adam, o diretor: “Eu teria acabado com esse cara. E o espancaria, amarraria com o aspirador e o jogaria pela porta”. Mas eles disseram: “Não, não, não! Você é um professor de inglês!”. E, naquela hora, eu soube e disse: “Esse cara não vive”. “Esse cara não dura”.

Chris Hardwick: Mas foi ele, obviamente, quase no segundo que ele foi atingido, houve um momento… em que teve um momento de desespero, mas então, ele rapidamente percebe: “Eu vou me deixar morrer para salvar os outros”. Isso mostra quem ele era.

Cliff Curtis: É. Quero dizer, ele tinha escolhas limitadas naquele momento em um helicóptero e com pessoas, ele ainda liga para uma pessoa lá. A coisa mais digna que ele poderia fazer era soltar o cinto de segurança primeiro, porque seria muito difícil sair do helicóptero se ele não soltasse. E depois, ele tinha que abrir a porta, porque seria difícil sair com a porta fechada. Então, ele teve que fazer essas duas coisas e depois, deixar a gravidade agir. E foi a melhor coisa que poderia fazer por Alicia.

Chris Hardwick: Quais você acha que foram os últimos pensamentos passando pela cabeça do Travis no momento, mergulhando na direção da Terra?

Cliff Curtis: “Será que arranjo outra série?”.

Chris Hardwick: “Será que eu posso fazer ‘Avatar’ pelos próximos 20 anos?”

Cliff Curtis: Quando posso anunciar isso? Quero voltar ao mercado.

Chris Hardwick: Eu não consegui dizer. Achei que ele levou um tiro do lado, mas aí, ele abriu a camisa. O que houve ali? Pegou nas entranhas.

Dave Erickson: Tem uma cena, acho que em “Apocalypse Now”, em que estão em um Hoey e todos estão sentados sobre o capacete. E o motivo para não levar um tiro no saco e acho que essa é a fala do filme. Mas a ideia é que, seja quem for que atirou neles e logo descobriremos, quando eles sobrevoaram, uma série de tiros atingiram a parte de baixo do helicóptero e entraram e o evisceraram.

Chris Hardwick: Foi um tiro só para cima ou foram separados, tipo…?

Dave Erickson: Pode ter sido um, podem ter sido dois, porque são três balas que ouvimos acertando. Então, entrou por aqui, dançou um pouco e saiu.

Cliff Curtis: Eu só senti um.

Chris Hardwick: Isso é bom.

Cliff Curtis: Na verdade, entrou por aqui, neste lado aqui e saiu pela parte de trás do meu pescoço. Mas estou melhor agora.

Chris Hardwick: É, você parece ótimo! Quando você pousou…

Cliff Curtis: Decidi buscar ajuda. Arranjei aloe vera e comecei a esfregar.

Chris Hardwick: Só uns Band-Aids e você estava ótimo. Você está muito bem. Alycia, tem alguma lembrança favorita de trabalhar com Cliff?

Alycia Debnam-Carey: Meu Deus… Bem, Cliff está lá desde o início, desde o primeiro dia. É uma das lamas mais vibrantes no set. Então… Quando ele foi embora, foi tipo: “Ah, não…” ele é parte da família, parte da família central. Todo dia com Cliff foi incrível. Ele tentou me ensinar a jogar xadrez.

Cliff Curtis: Essa é boa. Nós tentávamos jogar xadrez.

Alycia Debnam-Carey: Ele tentava me ensinar xadrez e isso não foi muito bem. E eu não aprendi a jogar. Mas foi ótimo.

Chris Hardwick: Eu estou curioso. Posso fazer uma pergunta sobre a história Dave Erickson? Achei que seria assim: pensei que Cliff, que Travis acabaria sendo um vilão. Ele perde Chris, encontra o sobrevivente dentro de si e fica viciado nisso, enlouquece e se torna tipo… Então, qual é a ideia ao tirá-lo do 1º episódio da 3ª temporada?

Dave Erickson: Cliff e eu conversamos e a lógica da história foi esta: ele prometeu à Liza na primeira temporada: “Protegerei o Chris”. E acho que ter perdido Chris e ter aquela mexida, isso foi necessário. Sim, ele era um professor de inglês, mas até aquela altura, Travis era a bússola moral da série. E como. Ele lutou e sofreu profundamente, porque perdeu o filho. E para mim, o enredo subsequente seria: “Se perdi o meu filho biológico, preciso salvar meu filho adotivo”. E depois que ele fez isso, a história terminou. E havia várias versões, conversamos sobre isso. Esse arco poderia ter se estendido, teríamos visto mais do Travis mais maldoso, mais primordial. Mas foi o que aconteceu. É triste. Muito triste.

Chris Hardwick: É triste. Sempre digo isso sobre The Walking Dead: Se você acorda um dia no set e saca que o seu personagem é uma bússola moral, você está ferrado. Você diz: “Ei, Strand!” ou “Ei, Rick!” – “A ideia aqui é manter a sua humanidade!”, “Droga, vou morrer!”. Você sabe porque é isso que a série faz com você, ela o faz se apaixonar pelas pessoas e no segundo que descobrem isso, são levadas embora.

Dave Erickson: Mas o que mais mexe, em termos do resto da história da temporada é que ela redefine, acho que bastante, Alicia, Madison e Nick. Porque eles estão tão ligados ao personagem, e o que acontece depois, e a violência aleatória disso… Digo, Alycia e Alicia mataram alguém não faz três dias para poder salvar Travis. E agora… de que adiantou? Entende? Deixa um peso emocional nos outros. No fim, quando você trabalha, quando há um personagem como Travis e um ator como Cliff, é uma ausência, sabe? E todos sentem quando ele se vai e todos sentimos.

• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian (Em Memória) homenageia os mortos durante o episódio.

– O lugar onde coisas terríveis, horríveis, nada boas e muito ruins acontecem;
– Steven;
– A equipe de infectados de Travis na arena;
– Willy;
– Infectados da fuga do hangar;
– Infectados “aguenta aí”
– Infectados da emboscada;
– Charlene;
– Ilene;
– Travis;

“Travis, você nunca perdeu a fé na humanidade… nem na sua família. Agora que os Clarks estão reunidos… é hora de ir procurar o Chris. Descanse em paz.”

“As melhores lembranças de trabalhar com Cliff Curtis foram todos os momentos que tivemos. É um sonho estar perto dele e ele é uma pessoa adorável por dentro e por fora, e muito generoso, divertido, aberto e tudo mais. Na 1ª noite que voltamos para a 3ª temporada, Alycia, Frank, Cliff e eu chegamos na mesma hora na primeira noite. Então, pudemos estar juntos, o núcleo dos quatro, até sentirmos que podíamos fazer uma despedida adequada, nos prepararmos para isso.”Kim Dickens (Madison)

Chris Hardwick: O que você achou… Quero dizer, é interessante ser um personagem numa série, morrer e ver como os outros personagens reagem a isso, porque obviamente, o seu personagem não está lá. Então, é como se você os espionasse de certo modo. Então, ver a reação de Madison à morte de Travis foi o que você esperava? Ou não foi?

Cliff Curtis: Kim Dickens é uma linda alma e uma atriz incrível. Ela salva gatinhos no set. Ela é uma das pessoas mais doces com quem trabalhar e é muito talentosa. Então, eu só queria dizer umas coisas legais sobre Kim. É uma excelente atriz. Amo o que faz em todas as suas cenas e como ela trabalha. Foi ótima, é incrível de ver.

Chris Hardwick: E sente que a reação de Madison foi adequada? Ela desmorona, mas imediatamente entra em modo de sobrevivência, “vamos ficar, vamos resolver, vamos fazer isso funcionar”.

Cliff Curtis: Acho que esse é o limite da sobrevivência, é a coisa certa a fazer. Você engole o pesar, o põe em algum lugar, e talvez, algum dia, lide com ele. Mas, acho que não. Você tem duas crianças para defender e precisa seguir com a vida. Essa é a coisa certa a fazer.

Chris Hardwick: Acha que Travis gostava do que estava se tornando? Tipo, o Travis da arena foi…

Cliff Curtis: Definitivamente, havia uma parte de Travis que estava disposto e pronto para o Apocalipse. Foi apenas pouco e tarde demais.

Chris Hardwick: Pode me contar um pouco sobre os detalhes da filmagem na arena?

Cliff Curtis: A arena foi ótima! Pra mim, é diversão. Havia lutadores de MMA, campeões nacionais de judô, boxeadores… os caras naquela arena são lutadores altamente treinados, são profissionais. Então, o lado bom é que as chances de se machucar, já que eles são tão bons no que fazem é quase zero e você pode bater neles e eles ficam de boa. Você pode chutar esses caras no maxilar e eles riem. Então, você está muito seguro. É realmente divertido. E eu realmente curti cada minuto de trabalho com aqueles caras, é uma equipe incrível de dublês.

Chris Hardwick: Teve alguma morte favorita? Foi um bloco de concreto? Esmagar o rosto com o bloco pareceu bem incrível.

Cliff Curtis: Sim, eu me realizei com o bloco de concreto. Gostei muito dessa. Acho que foi a última.

Chris Hardwick: Você gostou de ver Cliff no modo guerreiro na arena?

Alycia Debnam-Carey: Sim! E acho que todos estavam esperando por isso também. Assisti um pouco no set e fiquei pasma de como você estava feroz. Eu estava tipo: “Ah, meu Deus”. Mas ficou incrível.

Chris Hardwick: Houve ótimas mortes no episódio e outras que não vi antes. Quando o cara é sugado quando os ratos aparecem e o cara é sugado pela parede e a cabeça vai para trás.

Dave Erickson: Acho que roubamos isso de “A Hora do Pesadelo”. Mas houve duas coisas. Um era o olho tirado com a colher, realizado pela Kim. E depois, o lance com o nariz. Eu me lembro de estar lá quando bolávamos tudo e as pessoas estavam testando, o que é triste, mas o lance da colher foi: “Será que funciona?” e “Qual é a altura do Daniel em relação à altura de Kim?” e isso foi divertido.

Chris Hardwick: Mas está claro que Madison tem um passado sombrio, pois isso jamais me ocorreria: “Vou enfiar uma colher atrás do olho de um cara, não tirá-la e, de algum jeito, conseguir segurá-la”.

Dave Erickson: Essa é a parte divertida. Quando ela o esfaqueou, era só para tentar encontrar o que estivesse lá. É depois, quando ela percebe que pode… isso é doentio.

Chris Hardwick: Quer dizer, eu penso que aquela imagem vai perseguir as pessoas quando forem dormir hoje. Me deixa apavorado. Terão sonhos com olhos saltando por anos.

• Pergunta feita por um fã da internet (@IVFTWD): “Alycia, a Alicia perdoa Nick por deixá-los?”

Alycia Debnam-Carey: Sim, acho que agora que o jogo mudou completamente. Travis se sacrificou para poderem estar lá, o vínculo familiar agora é maior do que tudo. E acho que precisam manter todos juntos e acho que ela já superou as idas e vindas dele, agora é uma coisa completamente nova.

“Havia uma mulher dos ratos. Eu me lembro de haver uma mulher com muitos ratos. E ela os levava no colo, ratos enormes e os puseram no esgoto à nossa volta. E eu achei que talvez devesse adotar um, porque eram muito legais, eu não sabia que ratos eram tão dóceis. Você podia colocá-los em qualquer lugar e eles ficavam lá. São ratos de cinema e isso é incrível.”Frank Dillane (Nick)

“O que acho fascinante sobre o Troy é que ele não funciona no mundo normal. Essa é uma daquelas situações em que o mundo está mais moldado para a personalidade dele, para as suas habilidades e os seus pontos fortes. E é algo que ele sente: ‘Nasci para fazer isso’. É como se fosse seu destino. É o ambiente perfeito para ele descobrir quem é, o que pensa sobre o amor, sobre a violência e sobre a sobrevivência.”Daniel Sharman (Troy)

Chris Hardwick: Como foi filmar as cenas com Daniel, que faz Troy? Porque ele definitivamente… Quando você vê um hipster atraente, você diz: “Não sei. Eles são estranhos. Há algo estranho nele”. O que pode dizer sobre Troy?

Cliff Curtis: Tem razão. Ele é um jovem muito atraente, não é?

Chris Hardwick: Ele é! E tem a dose perfeita de imperfeição. Mesmo com o olho estragado, você pensa: “Fica bem nele”.

Cliff Curtis: Olhos azuis brilhantes.

Chris Hardwick: Então o que pode nos dizer sobre a dinâmica de Troy?

Cliff Curtis: Rapaz sinistro. Sinistro e sórdido, do tipo “sabe tudo”. Quero esbofeteá-lo. Você não quer acabar com a raça dele? Ou pegar uma colher e enfiar no olho dele. E deixá-la enfiada lá até ele fazer o que você quer, é isso que você quer fazer com o cara.

Chris Hardwick: O que é sinistro nesse mundo apocalíptico, e vemos isso nas duas séries, é que as pessoas que têm a percepção tipo “É, são meio estranhos”, prosperam nesse mundo. É isso que está rolando com a família Otto?

Dave Erickson: É o que está rolando com Troy. Acho que tivemos personagens predispostos ao Apocalipse e Troy segue muito essa linha. Acho que Troy não foi socializado quando criança. Existem coisas… Bom, descobriremos mais sobre ele e a sua família, mas apesar de suas tendência sociopatas, ele leva o que faz muito a sério e acho que isso torna muito mais perturbador. Digo, ele se considera um naturalista.

Chris Hardwick: Precisamos nos lembrar que qualquer pessoa que é meio chata agora, se houver um Apocalipse, ela vai virar um monstro e devemos ter medo dela. E não foi Jeremiah Otto que parou Ofélia na fronteira?

Dave Erickson: Sim, foi Dayton Callie. Nós o conhecemos no episódio 14 da segunda temporada, ele deteve Ofélia e montaremos essas peças no decorrer da temporada. Mas, sim, o cara que atira contra ela parece outra pessoa, esse cara amigável que conhecemos no episódio 2 da terceira temporada. Mas o legal sobre o personagem, e Dayton em particular, porque já trabalhei com ele por quatro anos em “Sons of Anarchy” é que ele é um homem muito interessante e gentil, mas ele também é durão e o lance de Otto é que mesmo no episódio 2 da terceira temporada, há um toque de obscuridade e ameaças quando ele está falando com Madison e dizendo que deveriam estar gratos por estar nesse lugar. E veremos um lado muito mais obscuro dele no decorrer da história.

Chris Hardwick: Amo ver o povo que estava em “Deadwood” se reunir. Os dois estavam em “Deadwood” também e ele era um ótimo personagem também.

Dave Erickson: Isso foi uma viagem, eu acho, para Kim, porque eles são amigos desde “Deadwood”. Então, para os dois, foi uma espécie de reunião.

Chris Hardwick: Alycia, a dinâmica de Madison e Troy é muito estranha e não consigo descobrir se é romântico do lado dele ou se é maternal ou… Obviamente, vamos descobrir que ele tinha… Não sei se será no próximo episódio. De qualquer modo, deixa pra lá. Mas eu não consigo decidir se é romântico ou maternal ou qual é a obsessão. Você saberia dizer?

Alycia Debnam-Carey: É sinistro e esquisito.

Chris Hardwick: O que acha que Alicia com “i” pensa quando ela vê?

Alycia Debnam-Carey: Olha, Madison fez coisas bem doidas até agora e sinto que é mais um daqueles: “Vamos segui-la nessa situação maluca”. Mas acho que Madison é uma daquelas pessoas que quer estar no controle, ela precisa ter controle sobre tudo. Ela vê alguém como Troy, que ela pode manipular e fará de tudo para fazer isso, por que ela percebe o quanto ele é vulnerável e o que ela pode usar contra isso nesse mundo. Ele é o segundo em comando no rancho, dentro da família Otto. Então, ele reconhece esse poder e vai manipular, flertar e controlar para chegar a ele, eu acho.

Chris Hardwick: É por isso que eu amo observar quando se pode ver traços dos pais nos filhos em uma série escrita para a TV e você diz: “Vejo o traço da personalidade dela que o Nick herdou”, “e vejo o lado da personalidade dela que Alicia herdou”. É a mulher forte que faz o que for preciso para entender a situação e sobreviver e prosperar.

Alycia Debnam-Carey: Também é esquisito, uma vez que você está na série faz tempo, você começa a se adaptar um pouco aos atores. Você encontra a sua própria dinâmica e características e eu me peguei dizendo: “Isso é esquisito, não é uma coisa que eu pensaria ou faria”. Mas acho que você começa a assimilar e ter certas características que se tornam comuns. É esquisito.

• ENTREVISTA COM A PRODUÇÃO E O ELENCO:

“Começamos a 3ª temporada com um episódio repleto de ação. Estamos todos exaustos. Tem sido muito divertido. É muita ação. Estamos felizes por ter um batismo de fogo e entrar de cabeça nas coisas difíceis.”Kim Dickens (Madison)

“Essa é uma sequência de ação com helicópteros e centenas de infectados e tiros. Provavelmente é a maior sequência que fiz na série.”Andrew Bernstein (co-produtor executivo)

“Quando o helicóptero estava decolando e três dublês estavam pendurados e foram abatidos, foi muito impressionante.”Kim Dickens (Madison)

“Lindsay, a nossa atriz, decola. Parece que ela está pilotando. Eu vou pilotar do assento da direita, fazendo parecer que ela está pilotando. Ela decola, e quando começa a subir, os dublês agarram o patim e em uma série de cortes, vamos erguer esses dublês sobre um acolchoado e eles serão atingidos e cairão um de cada vez.”Steve Stafford (piloto)

“Queriam que fizéssemos a “pegada de macaco”, que é muito difícil de fazer por longos períodos. Então, dependíamos da precisão do piloto do helicóptero em seus movimentos. Aí, você olha para baixo, vê se está tudo pronto e então, solta.”Jennifer Caput (dublê de performance)

“É definitivamente cinemático e parece… É como a produção de um filme, mas gravamos em nove dias. Acho que será o maior suspense para a maioria dos telespectadores, espero.”Dave Erickson (showrunner e produtor executivo)

“Tem muitas coisas ao mesmo tempo, muitos personagens, muita ação empolgante e foi muito divertido filmar.”Kim Dickens (Madison)

• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:

– Esta não foi a primeira cena nojenta de olho, para o maquiador Kevin Wasner. Ele também trabalhou no olho protuberante de Glenn, na apavorante estreia da 7ª temporada de The Walking Dead.
– 200 ratos foram criados especificamente para esta cena sob a orientação da treinadora de animais, Rocio Ortega. Os ratos chegaram ao set cinco dias antes das filmagens, para que pudessem relaxar para a grande cena.
– O diretor Stefan Schwartz diz que se inspirou no filme “Ardil 22” para a cena da morte de Travis. No livro e no filme, um personagem é atingido e as suas entranhas saem pelo seu macacão.

“A famigerada cena da colher, por assim dizer, foi uma loucura para filmar, preciso admitir. Gravamos em mais de dois dias e Daniel e eu fizemos quase todas as cenas de ação. Levou horas e foi um exercício, ficamos acabados. Acho que os roteiristas se divertem criando novos jeitos de ser nojentos, assustadores e horríveis, mas achei o lance da colher genial. Às vezes, usamos uma colher parcial e eu tinha que agarrá-lo e encaixar certinho, sem muito detalhe, e no segundo dia, era um close do rosto dele e a câmera via bem a colher no olho dele, mexendo o olho. O pessoal da maquiagem de efeitos especiais é incrível.”Kim Dickens (Madison)

• Pergunta feita por um fã da plateia (Armie Hicks): “Cliff, qual foi a cena de ação mais desafiadora que você já fez na série?”

Cliff Curtis: A cena de ação mais desafiadora que já fiz… Fresca na minha mente, foi na arena. Foi a mais divertida. Mas foi um desafio, porque fizemos aquela sequência o dia todo. Foi por muito, muito tempo. Mas, eu amei. Foi muito divertido, sabe?

Chris Hardwick: Você jogou pessoas de verdade contra a parede?

Cliff Curtis: Sim! Tipo eu tinha que virar, pegar o cara e então, jogar e tinha que pegar o bloco de concreto, eu ficava jogando. E acertei a câmera algumas vezes. Foi muito divertido.

– O fã que fez a pergunta ganhou uma cestinha de ratos por sua participação.

Chris Hardwick: Então, Nick sente empatia pelos infectados, agora mortos?

Dave Erickson: Bem, Nick sempre teve um certo nível de empatia. Acho que o lance com Nick foi que nós o conhecemos como viciado e ainda é. Mas houve uma progressão. Quando o conhecemos, era heroína. Acho que o fascínio dele com os mortos na 2ª temporada tinha muito a ver com o seu estado emocional, mas também ficar nojento e andar entre eles. Existe um certo barato que vem com isso, dá uma adrenalina. Então, acho que o lance com ele não é tanto de perder empatia, acho que tem mais a ver com o seu próximo interesse, como ele vai canalizar aquela personalidade viciante e começaremos a ver isso nos próximos episódios.

Chris Hardwick: Alycia, você teve um momento incrível após o helicóptero pousar, perto do fogo e aí, pareceu que você deu de cara com o Ozzfest. O que foi aquilo? O que pode me dizer sobre aquela cena e tudo que estava acontecendo?

Alycia Debnam-Carey: Olha, estava congelando, lembro disso. Fala da cena com infectados na vala e Charlene, certo? Foi ótimo, porque todos são dublês. Então, estavam maquiados e realmente podem se atirar contra as pessoas. Nós tínhamos a arma e podíamos chegar tão perto quanto você imaginaria da realidade. Meio como a arena, em certo sentido. Quando tem dublês, você pode fazer muito mais. Então, foi muito divertido.

Chris Hardwick: Estou curioso, porque obviamente você sabia… Sabemos que é atuação, que está fingindo, mas existe alguma parte, a parte réptil do cérebro, quando os zumbis estão vindo e você não faz… Dá um friozinho na barriga? Há um alerta? Seu corpo diz: “Será?”.

Alycia Debnam-Carey: Sim, acho que é quase… Já que rola tanta adrenalina nessas cenas, você não tem que pensar muito. É quase mais difícil dialogar com alguém, porque você tem que se concentrar e estar lá. Com toda aquela correria, gritos, falta de ar e choro, praticamente é a adrenalina que conduz você. E sim, zumbis me dão nojo.

• Pergunta feita por um fã da internet (Dion T.): “Cliff, dentre todo o elenco, quem sobreviveria mais tempo em um Apocalipse de infectados na vida real?”

Cliff Curtis: Gosto de pensar que eu.

Alycia Debnam-Carey: Mas está morto agora, não pode ser você.

Cliff Curtis: Não, na vida real. Se você pegar o elenco, Cliff, Alycia, Kim e Frank…

Alycia Debnam-Carey: Não seria eu.

Cliff Curtis: “Quem pode caçar? Quem pode pescar?” O pessoal em casa, meus irmãos, são preparadores. É algo que eu disse. “Cara, tenho irmãos em casa. Temos um barco que pode ir para o mar sem eletricidade, com energia solar, temos acampamentos de sobrevivência.” Já gerenciei acampamentos de sobrevivência, eu os frequento desde os 12 anos.

Chris Hardwick: O que é incrível sobre isso é que agora que você contou para todo o público e se houver um Apocalipse, todos vão dizer: “Prceiso achar Cliff Curtis!”, “Travis, nem tanto, mas Cliff Curtis, aquele cara…” Você pode dar uma boa dica de sobrevivência para o Apocalipse, uma dica para a vida real?

Cliff Curtis: Acho que é o mesmo que na série, desenvolver relacionamentos fortes com confiança e você precisa construir uma família à sua volta, em quem possa confiar, com quem vai sobreviver, com quem pode resolver as coisas. Essa é a 1ª dica. E é claro, comida e abrigo e ser capaz de matar alguém com as mãos.

Chris Hardwick: É, poder matar alguém com as mãos ou como conseguir água e coisas assim.

“Aquela cena que Victor Strand fala com a mãe da noiva, Ilene, acho que é uma das cenas mais lindas que eu já li. Eles têm essa conversa sobre esperança nessa situação sem esperança. Strand teve a dádiva de trazer uma criança ao mundo e com essa dádiva, ele viu esperança, uma possibilidade. É um renascimento. Quando a vida emerge, tem morte ao mesmo tempo. Acho que Victor Strand ainda teria aberto aquela janela se ela fosse saltar, porque acredita que as pessoas têm arbítrio sobre a própria vida, acho que ele acredita que as pessoas têm escolhas sobre o que gostariam de fazer. E eu acho que Victor diz: ‘Abrirei a porta para você. Você tem uma escolha. Podemos ser fortes juntos ou você pode saltar. A escolha é sua’.”Colman Domingo (Victor Strand)

Chris Hardwick: Eu entendo que Ilene perdeu todo mundo na vida…

Dave Erickson: Ele oferece a ela misericórdia. O que é interessante e Colman acabou de dizer é que ela desistiu, acho que ela abriu mão. Mas já que ele teve essa oportunidade e apesar do fato de que ela saltou, acho que ele parte com certa esperança, pela 1ª vez. Ele já ficou de luto por ter perdido Thomas. Então, é uma boa catarse para ele, estranhamente, apesar do fato de que ela salta para a morte.

Chris Hardwick: Alycia, o que você achou do blefe do Strand dizer “Sou médico”? Para mim, foi perfeito. É o que ele faz.

Alycia Debnam-Carey: Esse que é o lance, ele é o vigarista definitivo. E ainda conseguiu ser bem-sucedido durante o nascimento da criança, no parto. Então, foi perfeito. E tínhamos uma piada engraçada, porque quando estávamos lendo o roteiro, apelidamos Strand de “Victor Victoria Strand”. Então, quando a fala no roteiro era: “A mãe quer dar o seu nome ao bebê”, começamos a rir, porque dissemos: “Você pegou isso da gente?” Mas eu acho que não.

Dave Erickson: Não pegamos, e acho que perdemos isso.

Alycia Debnam-Carey: É mesmo? Então, isso não faz sentido algum agora.

Cliff Curtis: Acho que ele convenceu Thomas de que é gay.

Chris Hardwick: Essa é uma das perguntas, contudo.

Dave Erickson: Não, mas…

Alycia Debnam-Carey: Também não veio dele.

Chris Hardwick: É bom saber, porque é bom entender a bússola moral e emocional de Strand para entender até que ponto ele é um vigarista, porque acho que ele cobriu isso na temporada anterior, com Colman presente. Ele amava mesmo Thomas? Ou só estava usando Thomas? E Colman, na época, acho que ele disse: “Não, acredito que sim, ele amava mesmo Thomas”, apesar das coisas que fazia por ele, que podia obter dele, ele genuinamente o amava.

Dave Erickson: Amava e esse é o motivo. Por isso ele estava de coração partido e acho que tão enlutado no final da temporada anterior. Mas tem a ver com ele recuperar a sua força e acho que vamos vê-lo ao menos tentar voltar ao modo “vigarista pleno”, como antes.

Alycia Debnam-Carey: E há jeito melhor do que fazendo o parto de um bebê?

Chris Hardwick: Fazer o parto e ajudando a trazer uma nova vida para um mundo onde não há muita esperança.

MENSAGEM DE MERCEDES MASON (OFÉLIA):

Prévia do próximo episódio:

Chris Hardwick: Olha… 100% do tempo, sempre entre em um porão com um bando de sobrevivencialistas que você acabou de conhecer. Sempre é uma boa ideia. Sempre. Tematicamente, Dave, como será a 3ª temporada?

Dave Erickson: Quero dizer… Começamos após a morte de Travis e acho que realmente começa com Madison, mas acho que a pergunta fundamental é: Estamos dispostos a sacrificar mesmo a nossa humanidade? E se não, o que vale a pena salvar? E acho que Madison, ela e a família toda vão se voltar para um lugar muito mais sombrio, porque como vimos com Troy, tem muita coisa acontecendo nesse rancho que não agrada a ninguém. E eles terão de racionalizar esse equilíbrio entre o que há de ruim lá com o que eles esperam leve à sobrevivência. E a minha esperança é que, voltando à segunda metade, que apesar do lugar obscuro para onde vão, eles tentarão achar alguma esperança.

Chris Hardwick: Cliff, você tem alguma lembrança divertida para compartilhar? A propósito, espero que, no decorrer das temporadas, você volte e converse com a gente assim mesmo. Estaria disposto a isso? Seria ótimo tê-lo de volta. Gosto muito de você como pessoa, quero curtir com você! Então, eu me sinto mal que seja o fim para Travis. Mas realmente gostei de conhecê-lo no decorrer da série. Então, qual seria alguma lembrança final?

Cliff Curtis: Acho que o tema da série são as pessoas. Trabalhei com uma equipe de pessoas incríveis. Eu amei. Nós criamos um vínculo, uma pequena família. E manteremos contato. Acho que essa é a dádiva de… Não importa. Já tive carreiras anteriores, já fui construtor, eu cavava buracos através da sua vida, o que importa são as pessoas que você traz para ela e com quem compartilha essas experiências.

NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Alycia Debnam-Carey (Alicia) e Chris Sullivan (Guardiões da Galáxia Vol. 2)

Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, e o Talking Dead Fear Edition vai ao ar nas madrugadas de segunda para terça, às 00h, no canal AMC Brasil.

Fiquem ligados no FEAR the Walking Dead Br e em nossas redes sociais @FearWalkingDead (twitter) e FEAR the Walking Dead Brasil (facebook) para ficar por dentro de tudo que rola no universo de Fear the Walking Dead.

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Talking Dead de estreia da 4ª temporada de Fear the Walking Dead

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O último dia 15 de abril foi super especial, tivemos a tão aguardada estreia da quarta temporada de Fear the Walking Dead – que marcou o crossover com The Walking Dead e a migração de Morgan Jones (Lennie James) – e uma edição super divertida e em dose dupla do Talking Dead, que conseguimos acompanhar de pertinho através dos olhos de nossa amiga e parceira Claudia Ciuffo (Hollywood é Aqui) que foi convidada pelo AMC Brasil para assistir ao programa ao vivo nos estúdios da CBS em Los Angeles.

O programa contou com a presença dos atores Andrew Lincoln (Rick) e Jeffrey Dean Morgan (Negan) para falar sobre o último episódio da oitava temporada de The Walking Dead; e dos atores Lennie James (Morgan), Danay García (Luciana) e Garret Dillahunt (John) para falar sobre o primeiro episódio da quarta temporada de Fear the Walking Dead, além dos produtores executivos Robert Kirkman e Scott M. Gimple.

Lennie foi o grande destaque da noite, comentando sobre como foi mudar de uma série para outra e de como ele se surpreendeu com o elenco de Fear the Walking Dead – que também acabou precisando passar por uma transição, uma vez que as gravações da série mudaram do México para Austin.

García comentou sobre sua empolgação com o crossover e o quão surreal era trabalhar ao lado de Lennie James, pois ela era fã tanto do ator quanto do personagem em The Walking Dead. Dillahunt – que tinha tentado papel para interpretar Negan na outra série – contou como foi estar logo no episódio de estreia e sobre a diversão durante as gravações com James.

O programa, como de costume, contou também com entrevistas com alguns outros membros do elenco, e podemos destacar o que o elenco original de Fear falou sobre essa nova temporada. Confira:

“1º episódio da 4ª temporada: Onde está Madison? Boa pergunta! Na terceira temporada, a Madison teve uma experiência de quase morte e a história era para ela o que ela via quando estava perto de morrer, uma versão idealizada do que queria para a família. E quando a Madison sobrevive no final da 3ª temporada isso a faz iniciar uma nova jornada. Ela vai mudar. É na verdade um renascimento. Há novos personagens nesta temporada, há novos desafios. Está empolgante.” conta Kim Dickens (Madison).

“A primeira vez que você vê os nossos heróis, eles passaram por uma série devastação e vai até além de como terminou a 3ª temporada, com a explosão da represa e você nos vê de jeitos que nunca viu antes.” conta Colman Domingo (Strand).

“Você está imaginando como chegaram a isso, se vão gostar, por que mudaram… O que houve com eles… Estamos abertos a todo um novo mundo.” conta Alycia Debnam-Carey (Alicia)

GALERIA DE FOTOS:

RELATO DA CLAUDIA SOBRE O PROGRAMA:

O Talking Dead vai ao ar na madrugada de segunda para terça-feira, às 1h30 no AMC.

Fear the Walking Dead vai ao ar LEGENDADO aos domingos, às 22h30, e DUBLADO as segundas, às 23h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Talking Dead

Talking Dead Fear Edition #3 – Rubén Blades, Jesse Borrego e Drew Scott

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Daniel Salazar está de volta, provando de uma vez por todas que ele é o homem mais difícil de matar em todo o Apocalipse. Seus novos amigos, Efraín e Lola, o salvaram da morte certa. Ele sobreviveu a um ataque de uma infectada que estava indo para uma rave, ela usava roupas festivas, creio. Então, um raio atingiu outro infectado, salvando Daniel de novo. Então, ele surgiu no posto de Dante, e sozinho, derrotou o barão da água e conseguiu controle da represa. Mas o que Daniel fará agora? Ele vai procurar por Ofelia? Vai ficar do lado de seus novos amigos? O que ele fará com Strand, que ele claramente não confia? Será que Daniel é imortal? É bem possível.

No Talking Dead de hoje, temos um dos “Irmãos à Obra”, Drew Scott, Jesse Borrego, que interpreta o novo personagem, Efráin, e o próprio Daniel Salazar, Rubén Blades.

Chris Hardwick: Eu adorei tanto esse episódio. Esse episódio parecia um pouco Breaking Bad, assistindo o Daniel nessa posição, de ter que fazer coisas horríveis pelo bem maior. E nada é de fato bom ou ruim, é só questão de sobrevivência. Quando você descobriu que Daniel ia voltar?

Rubén Blades: Não tinha certeza. Achei que ele pudesse voltar devido a forma ambígua que foi. Mas a AMC é muito sigilosa e discreta. Eles até podem dizer que você vai voltar, mas só.

Drew Scott: Me agradeça, não é Deus que está protegendo Daniel, sou eu, rezei tanto que ele voltou. De nada, pessoal, de nada.

Rubén Blades: Não tinha certeza, mas torci para voltar.

Chris Hardwick: Porque no fim da última temporada, poderia ter sido o fim. Não sabemos o que aconteceu, teve um incêndio. E assistindo-o… Ele é um sobrevivente, e o que mais gosto nele, algo que veremos mais ainda no programa, é que ele realmente tem uma alma e não está bem com tudo que fez.

Rubén Blades: Sim, é um episódio interessante, porque em muitos momentos, ele mostra consciência espiritual. E também… ele foi poupado. Como ele já disse, “meu Deus, podia ter morrido em vários momentos no episódio inteiro.” Então há uma mudança ocorrendo nele.

Chris Hardwick: Eu imagino se ele acha, por um certo ponto de vista, que o fato dele ter perdido todos que ama, mas não conseguirem matá-lo, é quase uma punição. Ele foi quem restou e quem deve lidar com a perda e sabendo tudo que já fez.

Rubén Blades: Provavelmente essa é uma das razões de ele ficar pedindo perdão. Eu acho que ele achou um novo sentido das coisas no meio de toda tragédia que a suposta morte de Ofelia representa. E que ele causou isso. Mas fiquei chocado com o fato de ele rezar. Ou que ele reconheceria algo além da realidade.

Chris Hardwick: E claramente, que algo continua salvando-o. Drew, qual foi sua reação ao vê-lo vivo?

Drew Scott: Eu urinei nas calças de tanta animação, porque ele é um dos meus personagens preferidos. Eu fiquei muito feliz. E o fato de que ele continua sendo salvo, acho que há uma força maior que tem uma missão para ele. Acho que é isso, e apesar dele ter… Ele pensa muito nas coisas ruins que ele fez no passado, e que ele não merece viver, que ele busca perdão. Acho que há uma força maior que diz, “você tem um lugar aqui, e algo bom virá disso”.

Chris Hardwick: E, não sei se foi uma referência intencional, mas… Aliás, bem-vindo, Efraín. Excelente trabalho. Havia uma questão presente no outro Walking Dead, que era quantas pessoas você matou. Você perguntou isso, acho que foram 96, foi isso? Mas ele sabe de cara o número. Foi uma escolha bem específica. Porque se ele não soubesse… Assim, ele diz ao Dante, “nossa, já perdi a conta”. Mas ele sabe quantas pessoas matou. Então, Jesse, o que você acha que seja a significância da maneira que Efraín mata os infectados?

Jesse Borrego: Eu acho que o personagem em si tem uma alma do velho mundo, que era sem-teto e estava lutando na sociedade normal e civilizada, mas seu passado possui uma certa invocação espiritual. Talvez ele fosse um seminarista. Acho que essa vivacidade espiritual o faz passar pelo início do Apocalipse, é o que o mantém verdadeiro. Quando ele percebe o que está acontecendo e a necessidade de matar essas pobres almas, ele retém esse senso de sacramentalidade da vida. Então, ele não os vê como mortos-vivos. Ele os vê como pobres almas, e nesse sentido, ele os envia para um lugar melhor. Ele desenvolve esse mantra de abençoá-los, apesar de fazer isso com mezcal, sabe?

Drew Scott: Tenho uma sugestão mais voltada para área da construção. Quando for atacado, uma pistola de pregos seria boa. Mais rápido, funciona do mesmo jeito.

Jesse Borrego: Pistola de pregos, talvez uma d’água. Prego e água, prego e água.

Chris Hardwick: Estando em um Apocalipse, Drew e Jonathan Scott são os caras que você vai querer estar com. Eles saberiam checar os locais. Por exemplo, “precisamos de um solário para o Apocalipse”.

• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian (Em Memória) homenageia os mortos durante o episódio.

– Infectado: Em cheio!;
– Infectado: Um passeio com Efraín;
– Infectado: Acertando com a muleta;
– Infectado: Castigo celeste;
– Infectado: Segurança do trabalho de Daniel;
– Pablito;
– Capangas do Dante;
– Dante;

“Nossa Daniel… É ótimo tê-lo de volta.”

“Rubén é um dos atores mais convincentes, por causa do histórico dele, como músico, advogado, candidato a presidente, tudo isso, ele é bem convincente. Toda essa experiência de vida, não dá para treinar isso. E trabalhar com o Rubén, a forma como nos aproximamos, foi uma linda dança. E assim como eu, ele trabalha duro, nós ensaiamos. Nós lemos, e tentamos captar todo pequeno detalhe, e conversamos sobre isso. Então, quando chegamos ao set, está tudo vivo, e pode mudar, é um fluxo constante. Rubén Blades, Daniel Salazar, está de volta!”Colman Domingo (Victor Strand)

Chris Hardwick: Olha, esse episódio sozinho podia ser um filme inteiro. Assistir a jornada dele esse tempo todo, foi tão… Adorei também que foi em espanhol. Deu um toque especial.

Rubén Blades: Isso é muito interessante, porque, não tenho certeza, mas acho que esse foi um dos poucos programas em rede nacional que foi todo em espanhol. E com legendas, e isso tudo é incrível. Um episódio todo em espanhol. Estou muito feliz com isso.

Chris Hardwick: E isso deu um toque especial também, porque teve momentos em que Strand, por exemplo, quando estava falando com ele, mas de resto… Você acha que atuar falando inglês é diferente de atuar falando espanhol?

Rubén Blades: Acho que é a mesma coisa. Não acho que seja a mesma coisa cantar em inglês e em espanhol. Não sei por quê. Mas é outra questão interessante, porque nunca havia atuado em espanhol antes. Nunca mesmo. Nunca fiz tanta coisa como agora, em cinema ou televisão. Foi muito interessante. A forma como o diálogo é posto, é tudo bem coerente. Não é tão diferente.

Chris Hardwick: Não sei se vocês sabem, mas Rubén se candidatou à presidência do Panamá. Isso é incrível. Como isso afetou sua carreira? Obviamente, entrando na política, você tem que deixar a carreira de lado. Como foi isso?

Rubén Blades: Bom, algo engraçado sobre isso, foi em 1994. Na época, antes da campanha, estava morando na Califórnia, passeando com meu cachorro. E o ator Michael Keaton esbarrou comigo na rua, e disse, “é verdade que vai se candidatar para presidente no Panamá?” E respondi, “talvez”, aí ele olhou para mim e perguntou, “Por quê?” Então eu senti que devia retribuir de alguma forma. Eu sinto que todos nós devemos participar e ajudar uns aos outros. Acho que no processo político é o jeito perfeito, em uma democracia. E quando saí, saí mesmo. Eu trabalhei no governo por cinco anos, não fazia turnês, não escrevia músicas, álbuns, nem filmes, nada. Trabalhei cinco anos. Perdi meu agente, tudo. Algumas pessoas pensavam que eu estava morto. Na internet, estavam perguntando, “ele morreu?”

Drew Scott: Então essa foi a prequência para essa temporada.

Chris Hardwick: Essa foi a prequência, Daniel Salazar trabalhando para o governo. É, passando projetos de leis.

Rubén Blades: Eu só quero dizer, obrigado, Colman. Um cara incrível.

Chris Hardwick: Sim, obrigado, Colman. Ele é demais. Jesse, o que os fãs ficariam surpresos de saber sobre trabalhar com Rubén?

Jesse Borrego: Principalmente, que ele é muito profissional. Eu era só um fã dele quando o conheci. Sempre fui fã da carreira musical dele. E em 1994, quando se candidatou, em San Antonio, Texas, ele tinha acabado de fazer um show lá. E a comunidade latino-americana inteira estava o chamando de “o presidente”. E, então, eu pude conhecê-lo, ele acredita mesmo naquilo que canta. Ele tem consciência social. Mas também pude trabalhar com ele em um filme da Salma Hayek, “The Maldonado Miracle”, em que ele recebeu uma indicação ao Emmy. Eu já tinha visto o trabalho dele como ator, aí eu fiquei meio impressionado, não queria que ele soubesse. Mas, imediatamente, ele queria ensaiar a cena. Discutir o ritmo dela, e eu sou assim também. Conhecer alguém que não foi criado no meio técnico do teatro, foi incrível conhecer alguém assim. E ele tem histórias incríveis que ele compartilha com todos. E nós adoramos isso. E ele me contou uma história de ter produzido uma música em espanhol para Michael Jackson. Ele produziu e fez o arranjo da única música em espanhol de Michael Jackson. Qual era o nome da música?

Rubén Blades: A música se chama “I Just Can’t Stop Loving You”. Mas eu passei a letra para espanhol e o treinei. Trabalhamos juntos por três dias. É a única música em espanhol que Michael Jackson cantou.

Chris Hardwick: Como era o espanhol dele?

Rubén Blades: Excelente. Ele era uma pessoa maravilhosa para se trabalhar, muito profissional. Ele queria fazer muito bem, treinou bastante. Foi um prazer trabalhar com ele.

Chris Hardwick: Gosto do personagem do Efraín porque, normalmente, quando vejo alguém que parece ser magnânimo, eu penso, “não confio nele, ele vai aprontar algo”. Não dá para confiar. Se alguém é legal demais, generoso demais… Quer dizer, você confia nesse personagem?

Drew Scott: Primeiro, você pensa, “olha esse cara sendo bem legal”, e depois, no poço, quando não tem água, você pensa, “ele tem alguma coisa, ele vai te cortar ou te comer”. Mas, admito, tem algo em você, no personagem… Efraín é confiável. Dá pra ver sua honestidade. E também na forma que ele está “matando os mortos”, com os pregos, os mandando para um lugar melhor. Isso mostra que ele é uma pessoa boa.

Chris Hardwick: É, falaremos mais sobre isso depois, mas ele parece entender quando Daniel tenta lhe dizer, “ou eu te mato, ou todos morrem”. Ele sabe que é uma situação horrível, mas ele parece estar disposto a se sacrificar.

Jesse Borrego: Novamente, vindo de um mundo pré-apocalíptico, onde ser um sem-teto já é estar no Apocalipse. Ele já traz esse instinto de sobrevivência com ele, mas não de uma maneira predatória. Para ele, é como ser Obi-Wan Kenobi nesse mundo. E transcender a realidade para manter essa espiritualidade, e é isso que ele traz para o cotidiano desse mundo pós-Apocalipse.

• ENTREVISTA COM A PRODUÇÃO E O ELENCO:

“O que estamos fazendo aqui é a cena 6, do episódio 4 da 3ª temporada de Fear the Walking Dead. É um tipo de cena de ação. Há carros incendiando, uma bicicleta andando no mercado.”Alex Garcia Lopez (diretor)

“Efraín e Daniel vão fazer umas manobras evasivas nesse triciclo. Instalamos um carro de reboque para o departamento de câmera prender o triciclo no carro de reboque. Assim, eles podem fazer mais manobras agressivas com segurança.”Frank Iudica (supervisor de efeitos especiais)

“Isso é um carro elétrico. É como um carrinho de golfe, pode pôr a câmera como quiser. Vamos usar a Steadicam. Vamos usar as mãos. O bastão saindo do carrinho, ele acertando o zumbi, todas essas cenas serão feitas do carro elétrico.”Chris LaVasseur (cinegrafista)

“Queria mostrar que a jornada dele é bem visceral, então varias tomadas são bem próximas a sua face, apresentadas pela perspectiva do Salazar.”Alex Garcia Lopez (diretor)

“Tijuana é um lugar bem interessante, estamos atentos as reações temerosas de Daniel enquanto ele anda pelas ruas. No script, estamos chamando de slalom de zumbis.”Alan Page (roteirista)

“É como um passeio pelo parque de diversões. Você anda, aparecem os zumbis. Eles estão vindo. Você vai para aquele lado, mas tem mais ali também. É tipo Halloween. Talvez a AMC faça um parque temático de Fear the Walking Dead, ponha umas pessoas em uma grande bicicleta também. Foi bem legal, eu me diverti muito.”Rubén Blades (Daniel Salazar)

Chris Hardwick: Espero que alguém da AMC tenha notado aquilo, porque eu com certeza iria.

Rubén Blades: Foi uma versão primária do Uber. Quando estávamos fazendo isso, na verdade… Eu sei o que estou fazendo, mas não era para eu saber. E você está no meio daquilo e é tudo tão rápido. E esse cara está pedalando. Ficamos presos uma vez, mas antes, estávamos pedalando, e tínhamos que ter cuidado. Eu estou lá em cima, e estou assim. De repente, vem um cara, chega perto, bem perto, e esse aqui o acertou. E eu fiquei bem assustado. Não esperava que fosse tão perto.

Drew Scott: Era só o serviço de comida. (risos)

Chris Hardwick: Sim, entregando um sanduíche. Como foi para você, filmar essa cena?

Jesse Borrego: Foi legal. Como ator, você olha para a situação, principalmente cenas assim com muitos dublês. Você se preocupa coma segurança, mas você entra de cabeça. Tenta achar maneiras de dar vida a isso. E todos os incríveis elementos da equipe de produção, dublês, os figurantes como zumbis. Você entra nesse ritmo colaborativo. E o principal para mim foi, porque eu já tinha testado aquilo, a dificuldade de pedalar, quando ganhava velocidade, e alguns dos ângulos que estávamos cruzando, estava preocupado com a segurança do Rubén. Então, quando percebi que ele estava no lugar mais seguro, aí o resto de nós caiu dentro. E concordo, seria um passeio bem divertido.

Chris Hardwick: Com certeza. Também adorei a cena do corte de cabelo, porque Daniel, para mim, é um cara que… O fato de ter virado barbeiro quando ele foi para o EUA, sabe, recomeçar a vida, proteger sua filha, e o barbeiro é aquele que limpa a sujeira do outro, e foi para isso que Daniel foi treinado a fazer. Esse momento foi incrível, porque ele está te salvando com as habilidades dele, e você está fazendo algo para ele, como uma troca de favores, um cuidando do outro, concorda comigo?

Rubén Blades: Eu concordo sim, e essa foi uma das primeiras vezes que vi Daniel Salazar agradecer e fazer algo para alguém que ele achava que o faria feliz. Foi aquele momento em que ele resolve retribuir. E foi um desses momentos durante o episódio inteiro onde ele está se preocupando com outra pessoa e tentando fazer algo para outra pessoa por conta própria. Isso foi muito legal.

Drew Scott: Acho que foi uma troca justa. “Me salvou da morte, vou cortar seu cabelo”.

Chris Hardwick: Ficou meio desleixado, os lados ficaram desiguais.

Rubén Blades: Foi um corte profissional!

Drew Scott: Ficou bom, agora só corto o cabelo com Daniel Salazar.

Rubén Blades: Rodeo Drive, eles cobram por isso.

Jesse Borrego: Mas também teve o retorno da humanidade. Eu retornei para vida dele, ele para a minha. É um sinal de humanidade que Efraín não tinha há tempos.

Chris Hardwick: E confessar… Digo, raramente vemos Daniel se abrindo. E com esse completo estranho, ele fica… Drew, por que você acha que ele teve a necessidade de confessar?

Drew Scott: Eu acho que há culpa demais formada durante os anos, já havia mostrado flashbacks antes. Não sabíamos se Daniel estava morto ou não. Mostrou o que ele já havia feito em seu tempo de militar. Há muito arrependimento, e ignorância também, ao perder sua mulher e tudo mais. Acho que ele está à procura de perdão, de aliviar a dor. Gostei desse momento. Achei que foi bem sensível. Não vou admitir que chorei, mas… Minha noiva vai dizer o que eu fiz. Mas foi um grande momento.

Chris Hardwick: Parece mesmo que ele está pronto para desistir, que ele só quer ser perdoado antes de morrer.

Rubén Blades: Sim, foi um tipo de adeus. Tipo, “quer saber? Fiz algo bom”. E a outra coisa, é que ele bebeu. No meu histórico, sabe, Salazar não quer beber. Ele provavelmente tem uma história com bebidas. E o senhor beberrão aqui, ele me provoca para beber sempre. E naquela noite, bebi, de fato. E pensei, como você disse, é como o fim, estou indo embora. E ele sabia que estaria indo, então foi um tipo de adeus.

Chris Hardwick: Mas então, teve o lance do raio. Você acha que isso simboliza algo?

Rubén Blades: Vou dizer, quando li aquilo, fiquei bem surpreso. Eu voltei, li de novo, e pensei: “Meu Deus, um raio?”. Nunca tinha visto isso antes.

Chris Hardwick: Nunca tinha acontecido em um programa do Walking Dead.

Rubén Blades: Eu não esperava por isso. Acho que ele ficou bem confuso, pois, veja, ele sobreviveu ao incêndio. Depois àquela mulher que ia comê-lo. Que depois preferiu comer um cão porque ele estava mais apetitoso. E depois ele foi salvo, acho que ele ia morrer debaixo do carro.

Chris Hardwick: Sim, eles arrancaram a infecção.

Rubén Blades: Nossa, aquele corte foi… Foi duro. E a minha perna ainda está… Dizem que vai passar logo. (risos)

Jesse Borrego: Ele ficou mordendo minha mão, toda vez que entrava.

Rubén Blades: E então tivemos esses momentos em que ele quase morreu. Ele está começando a achar que é poupado por uma razão. Isso o deixou mais espiritual. O abriu para mais coisas, tipo, “vou cortar o seu cabelo”.

Drew Scott: Mas o raio não foi tão assustador quanto aquele cara de zumbi.

Rubén Blades: Aquele cavalheiro, se ele estiver vendo, foi tão legal. E não é essa a história? Quanto mais legal, melhor, sabe? Parecia aquilo mesmo sem maquiagem nenhuma. Quase, ele era grande. E ele se impunha também, sabe? Tenho certeza de que ele é bem mais bonito. Mas quero dizer que ele é um cara grande.

Chris Hardwick: Foi ótimo. Um ótimo jeito de acabar com um morto. E ver a cabeça dele brilhando que nem uma bola de fogo foi bem legal para todos.

• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:

– A equipe criativa escolheu lente grande-angular extrema para chegar o mais perto possível de Rubén Blades. Eles se inspiraram na técnica usada no filme “O Regresso”.
– O canal do Rio Tijuana também é conhecido como “Cartolandia”, pois seis mil famílias já viveram ali em casas de papelão. O personagem Efraín foi criado da ideia de que um sobrevivente sem-teto teria muita habilidade.
– O álbum de fotos que Daniel encontra na verdade, é da produtora Luísa Gómez de Silva. Ele continha artigos sobre ela e fotos de sua Primeira Comunhão.

• Pergunta feita por um fã da plateia (Robin): “Drew, se você vivesse no mundo deles, que tipo de complexo à prova de mortos os Irmãos à Obra teriam?”

Drew Scott: Teria de ser uma casa inteligente. Ecológica é muito importante. Vejamos. Conceito aberto, para ver os mortos entrando. Provavelmente faria um fosso só pela segurança a mais. Vou pensar mais um pouco e te falo.

Chris Hardwick: Já te pediram para botar um fosso em uma casa?

Drew Scott: Já, na verdade. Eu e Jonathan, uns anos atrás, fizemos um concurso para os fãs, e um dos prêmios seria o Jonathan botar um fosso em volta da casa, ou o prêmio em dinheiro, ou ganhar mobília. A pessoa quase escolheu o fosso. Fale: “Você não está acrescentando valor aqui”. Mas ela respondeu: “Isso é tão legal”.

Chris Hardwick: Quando se procura uma casa, a 1ª pergunta é: “Cadê o fosso?”.

– A fã que fez a pergunta ganhou um triciclo igual do Efraín.

Chris Hardwick: O que significa para Daniel de Dante saber quem ele era?

Rubén Blades: Bom, não é bom ser descoberto. Mas ao mesmo tempo, isso lhe dá outra oportunidade para sobreviver. E de repente, assim, ele sabe como esses caras eram. É um arquétipo. Esse cara vive cercado de pessoas, agindo como se ele fosse grande coisa. Ele já tinha visto aquilo em El Salvador. Ele conhece a fraqueza desse tipo de pessoa. Então ele ter sido descoberto e a admiração que esse cara está concedendo a ele dado seu histórico como Sombra Negra. Ele sabe que tem um jeito de sobreviver e talvez um jeito de ajudar Efraín e Lola. Por isso que uma hora ele olha para ela daquele jeito.

Chris Hardwick: Fiquei bem animado, porque quando se assiste muita coisa, você fica experiente, tipo, “a tomada está ampliada, então algo vai acontecer”. Mas quando o cara enfia o dedo no seu “pão de carne”… Aí a câmera vai, e penso, “Vamos ver Daniel Salazar agora. Vamos ver suas habilidades, o que ele é e quem ele é.” E você disse que Daniel teve uma fala incrível na temporada passada, onde ele diz, parafraseando, que ele já conheceu muita gente perigosa, e o que todos tinham em comum é que eles não precisavam dizer o quão perigoso eles são. E isso é muito quem Daniel é, e provavelmente por isso que os capangas o subestimaram.

Rubén Blades: Com certeza. Lembram-se dele no escritório da Lola? Ele é humilde. Ele é quieto. Ele vai se fazer de bobo e quieto. “Não vou dizer nada. Sim, senhor.” Nada. Aí, esses caras ficam achando, “que fracote”. Mas não se mexe com a carne enlatada de um homem.

Drew Scott: Essa é a primeira regra entre os homens.

Chris Hardwick: Depois do apocalipse, já é recorrente. Você é um milionário da carne se tiver uma. Mas a cena do interrogatório foi incrível. Uma cena incrível para ambos. Do seu ponto de vista, Jesse, o que foi aquela cena?

Jesse Borrego: Foi maravilhosa, porque é a culminação de nossa jornada, e principalmente da jornada de Daniel para esse momento importante onde ele tem que trair seu amigo ao salvar Lola e tentando manter o segredo de onde a água está vindo. Mas ele talvez tenha que matar seu amigo. E é um momento bem íntimo e pessoal entre eles onde ele me fala, “o melhor que posso fazer para você, é matá-lo rapidamente”. E então há um momento de redenção onde olhamos um ao outro, e ele pede por perdão, mais uma vez, no meio dessa coisa horrível que ele vai cometer. É uma cena muito importante, e foi a primeira que filmamos, pela agenda da produção. É uma cena bem física, sabe, com o sangue e a tortura. Como atores, isso nos aproxima quando temos que fazer algo tão difícil logo de cara. E foi ótimo para nós, porque como disse, ele adora conversar a respeito, ensaiar e entender o ritmo emocional. Então foi importante para nós fazer logo a parte difícil, porque foi muito exigente fisicamente. Foi à noite, e estava frio onde estávamos em Tijuana, lá na “Presa”, na represa. Tinha elementos de água, de sangue, elementos físicos. Então, para nós, foi bom poder chegar ao fim antes e lidar com essa dificuldade. E pelo resto da tomada, conseguir mostrar essa jornada emocional, que é muito importante para esses personagens.

“Victor Strand é um espectador olhando esse homem que ele pôde conhecer antes. Ele é um homem frio. Um matador frio. E ele está imaginando o que vai acontecer com ele. E ele não tem certeza se eles ainda são amigos. Mas para sua surpresa, ele não abandona Victor Strand. Não é que ele se importe com Victor, creio. Acho que ele precisa de algo. Precisa saber onde está sua filha, e Victor diz que sabe disso, o que é meio que uma verdade alternativa. Sabe? Fatos alternativos, verdade alternativa. Ele meio que deixou de falar algumas coisas, que ele não sabe onde ela está. Então, veremos o que acontece.”Colman Domingo (Victor Strand)

MENSAGEM DE MERCEDES MASON (OFÉLIA):

Chris Hardwick: Se não fosse pela Ofelia, você acha que Daniel teria ajudado ou falado com Strand?

Rubén Blades: Acho que não. Porque Salazar sabe que Strand tem muitos recursos. Lembram na primeira temporada, quando estávamos naquele hospital improvisado? Teve uma hora em que as únicas pessoas tentando nos defender eram Salazar e Strand. Então, nessa hora, Salazar viu que Strand sabia usar uma arma. E ele estava afiado, mas ele não confia nele, não é confiável.

Chris Hardwick: Bom, Strand normalmente tem o controle das situações, e ele é bem calculista. E vê-lo ficar meio nervoso, ele vai além, sabe, quando ele diz, “Ela está esperando por você”. Esse é aquele momento tipo, “espera aí”!

Rubén Blades: Foi aí que eu o peguei. Porque primeiro ele disse, “todos pensamos que estava morto”. “Todos nós”, até Ofelia. E eu estou acreditando, estou falando, “nossa, ela está viva”. Aí ele vem, e ele fala, “ela está esperando por você”. E eu fico tipo… “Seu mentiroso. Quer saber, você vai morrer.” Vou te cortar.

Chris Hardwick: Alguém vai. Mas então, todos são salvos, menos Pablito. Pobre Pablito é jogado lá de cima.

Rubén Blades: É, isso foi horrível. Mas, novamente, eu contei para todos o que ia acontecer. Sabe, Salazar fala às pessoas, “não faça isso, ou isso vai acontecer”. Ele falou para Efraín. Falou para Lola e Pablito. Foi só mais um. Ninguém escuta. Foi triste ver.

Chris Hardwick: Foi muito triste. E eu achei que a tomada… foi horrível de assistir, mas a tomada foi incrível.

Drew Scott: Eu diria que mostra que… Obviamente, Salazar não gostaria de ficar matando gente inocente. Mas ele tem que ser calculista. Não dá para tomar essas decisões para sobreviver ou ajudar a maioria das pessoas. Deve-se tomar essas decisões para salvar mais pessoas. Então é o mesmo, se Efraín fosse ser sacrificado para salvar mais pessoas, a Lola.

Jesse Borrego: E o Daniel tem que tomar essas decisões difíceis.

Chris Hardwick: Mas até no fim, achei lindo ele pedindo perdão a Lola. Ele só quer que alguém o perdoe.

Rubén Blades: Sim, ele é torturado pela culpa. E acho que ele não quer perder a cabeça de novo. Ele só quer expressar toda a culpa que tem e no fim está implorando. Ele só quer se redimir. “Alguém fecha essa porta para mim, porque quero seguir em frente.”

Prévia do próximo episódio:

Chris Hardwick: Drew, você acha que… Acho que muitas pessoas querem saber disso. Você acha que Daniel deve ficar na represa ou ir à procura de Ofelia?

Drew Scott: Acho que se Daniel sair de lá, alguém pior que Dante vai chegar e tomar controle, então acho que seria melhor ficar lá para ter o controle de tudo. Mas eu acho que ele vai seguir seu coração.

Chris Hardwick: Você devia ser o novo barão da água! Fala sério. Qual é sua opinião sobre o rancho da família Otto?

Drew Scott: Então, a questão é… O pai da família Otto tenta agir como se fosse cavalheiro, ajudando a todos, mas dá para ver que ele é babaca. Aí, por exemplo, tem o Jake, que parece ser um ótimo filho. O Troy parece ser o maluco. Na minha opinião, é que no fim, o Troy será mais verdadeiro. Ele se tornou amigo do Nick, e ele que vai ser o filho bom. Jake é o grande vilão do mal.

Chris Hardwick: Talvez. Também acho isso um pouco, ele é legal demais.

Drew Scott: Pois é! Não dá para confiar em gente legal.

Chris Hardwick: Você vai voltar a fazer turnês, certo?

Rubén Blades: Sim, vou para a Espanha, fazer uns shows lá com a banda. Lancei um álbum recentemente. Se chama “Rubén Blades: Salsa Big Band”. É um som amplo, como nos velhos dias de swing.

Chris Hardwick: Para quem te conhece só do programa, devia pesquisar sobre você, porque sua vida é bem interessante e você já fez tantas coisas incríveis. É muito inspirador para alguém que se sente tipo, “eu quero fazer isso agora”, ou, “minha paixão é essa, é isso que seguirei”. “Eu tenho interesse por política, nisso que vou seguir”. Mas é ótimo tê-lo de volta.

NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Nicole “Snooki” Polizzi e dois membros surpresas do elenco

Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, e o Talking Dead Fear Edition vai ao ar nas madrugadas de segunda para terça, às 00h, no canal AMC Brasil.

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Talking Dead

Talking Dead Fear Edition #2 – Alycia Debnam-Carey e Chris Sullivan

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Vimos que o Rancho Mandíbula Quebrada tem uma área desprotegida, que Madison viu os vídeos de Otto e teve uma noção de seu passado abusivo, e ficou muito desconfortável. Alicia foi a um estudo da Bíblia com os gêmeos, ficou chapada e bateu um papo com a cabeça chamada Geoff. No roteiro está escrito G-E-O-F-F. Nunca vimos escrito, mas é Geoff, com “G”. Enquanto isso, Nick e Troy levaram o “eles vão ou não se matar?” para outro nível na relação deles. Strand se encontra numa cela e foi visitado pelo anjo da morte, Daniel Salazar. Daniel está mesmo vivo? Ele vai ajudar Strand? Cadê a Ofélia? Pergunto de novo.

No Talking Dead de hoje, temos um dos astros de “Guardiões da Galáxia 2” e “This Is Us”, Chris Sullivan e Alycia Debnam-Carey, que interpreta Alicia, com “I”.

Chris Hardwick: Chris, também com “I”, Sullivan… A propósito, adorei o Taserface.

Chris Sullivan: Muito obrigado.

Chris Hardwick: Você foi fantástico em “Guardiões 2”. O que você pensou quando viu Alicia descer para o porão?

Chris Sullivan: Por ironia, foi uma das coisas mais normais desta temporada. Tipo, as pessoas mais ajustadas são esses gêmeos que moram no porão, eles fazem coisas que gêmeos não fazem.

Chris Hardwick: Foi uma grande revelação. Quem já não esteve numa situação em que não queria fazer algo ou não queria ir a um grupo de estudo? Tipo: “Somos judeus”, “Tudo bem, veremos o Velho Testamento”. “Droga!”. Entende?

Chris Sullivan: “Droga!” E no fim, eles só estavam curtindo um baseado, álcool… com uma cabeça severa…

Chris Hardwick: Chamada Geoff, com “G”.

Chris Sullivan: Isso. Geoff, com “G”.

Chris Hardwick: O que achou quando leu… Foi divertido vê-la ser uma adolescente, pra variar.

Alycia Debnam-Carey: Foi uma das coisas mais divertidas de ler e fazer, pois são jovens sendo normais. E foi uma chance pra Alicia, com “I”, ser normal. E foi ótimo. Foi uma leitura hilária. Ainda mais o Geoff, sentado lá na mesa, respondendo às perguntas, e perguntando…

Chris Sullivan: Estou ansioso para saber mais sobre o Geoff.

Chris Hardwick: Saberemos mais coisas, no futuro, sobre o Geoff. Ele é a peça que liga todas as coisas. Mas… Eu nunca curti baseado. Na faculdade, achava que meu coração fosse parar de bater, eu ficava paranoico. Mas imagino que se você fuma e se depara com uma cabeça decepada viva… Seria a coisa mais engraçada de toda a sua vida. É a cabeça de um homem! Não quero bancar James Lipton, mas como foi trabalhar com Geoff?

Alycia Debnam-Carey: Foi incrível, pois havia um ator de verdade ali. Eles subiram o cenário, então colocaram alguém debaixo da mesa, a cobriram, e ele fazia o que queria dentro da gaiola. Então quando eu olhava para o Geoff, eu o via fazer as coisas, reagir a qualquer maluquice.

Chris Hardwick: Foi um ótimo momento, também adorei como estavam fascinados… Você é algo exótico para esses jovens que viveram ali por quase toda a vida, tipo, “como será que é lá fora?”.

Alycia Debnam-Carey: E ela está revelando tudo.

Chris Sullivan: E estou estranhando isso. Esses jovens estiveram ali a vida toda, mas há quanto tempo aconteceu o Apocalipse?

Chris Hardwick: Não faz muito tempo.

Alycia Debnam-Carey: Alguns meses.

Chris Sullivan: Certo. Então, por que viviam tão isolados?

Chris Hardwick: Acho que a ideia daquele lugar é que era um acampamento de sobrevivência pré-apocalipse.

Chris Sullivan: Sendo assim, eles já estavam lá bem antes disso tudo.

Chris Hardwick: Acho que muitos já estavam. Ou alguns. Acho que alguns não estavam, outros nasceram e viveram lá, e, de fato, não viram nada além daquele lugar.

Alycia Debnam-Carey: O incrível é que eles eram os mais preparados para isso, mas ainda não tinham visto nada do Apocalipse.

Chris Sullivan: Parece que, com o tempo, as pessoas continuavam… Achavam que o Apocalipse fosse acontecer, e esse grupo teve sorte.

Chris Hardwick: E o infocomercial foi uma grande sacada pra começar o episódio. Foi demais começar assim.

Alycia Debnam-Carey: Não foi demais? Queria estar lá para ver a filmagem. É muito engraçado ver o Dayton filmando. Os erros são incríveis.

Chris Hardwick: Acho que todo fã se pergunta: “O que vocês estavam fumando, na verdade?”.

Alycia Debnam-Carey: Era só uma erva.

Chris Hardwick: Marijuana também é uma erva.

Alycia Debnam-Carey: Eu não sei, você pensa que… Há tanta mágica no cinema, tipo, gosma ter gosto de chocolate, e tantas outras coisas. Acho que fizeram com vapor de água. É uma espécie de cigarro falso. Você acha que vai ter gosto de doce, mas, em vez disso, tem gosto de musgo e tal.

Chris Hardwick: Temos tecnologia pra dar gosto de chocolate, maconha e tudo mais.

Chris Sullivan: As pessoas aspiram creme de menta.

Alycia Debnam-Carey: A tosse foi bem real.

Chris Hardwick: Eu estava… Eu não esperava a resposta, quando disseram: “Como foi matar aquele cara?”, e você disse: “Moleza”. Foi verdade ou foi a Alicia chapada falando?

Alycia Debnam-Carey: Acho que é verdade. E o legal da cena é que ela finalmente se abre um pouco. Ela sente que talvez esse lugar tenha uma energia um pouco mais agradável. Ela pode relaxar um pouco, dar um tempo de todo esse estresse de ter matado alguém, do Travis… E a verdade, nesse momento, é que foi fácil. Mas as consequências do que aconteceu depois, em lidar com isso mentalmente, com o estresse, o cansaço emocional. Mas, agora, você só quer saber de sobreviver. Então, matar é uma culpa que ela leva, mas que, de fato, foi fácil. E essa foi a primeira vez que ela admitiu isso. E é uma reação curiosa para se ter, não é uma Alicia estoica e forte, ela só está se abrindo.

Chris Sullivan: Ainda mais para uma personagem que sempre andou na linha. E ela se afasta da família, não que seja a primeira vez, mas ela se insere em um novo grupo social, e se dá uma chance de estar no topo, pois estão atrás dela, das respostas dela como uma guia.

Chris Hardwick: E ela está respondendo. E ela os deixa pasmos: “Às vezes você tem que lidar com suas merdas”. E eles: “O quê? O quê?”.

Chris Sullivan: Tipo uma criança: “Você tomou cerveja? Como é que foi?”.

• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian (Em Memória) homenageia os mortos durante o episódio.

– O sujeito que cai;

“Ou Strand está ficando doido, ou o Daniel voltou mesmo. De qualquer modo… estamos muito animados.”

“A dinâmica entre Madison e Troy é uma dança delicada. Madison saca quem era o Troy antes disso, isso lhe dá uma vantagem sobre ele, e ela começa a controlá-lo. Quando Troy surpreende Madison no alojamento dela, ela fica desconsertada. É uma hora perigosa. Dá pra ver que Madison se sente ameaçada. Troy avisa que estava ligado nela. Ele viu, em seu discurso sobre o Travis, o sentido duplo daquelas palavras no acampamento, e diz a Madison que ela está se fazendo de vítima. Madison se vira pra ele e diz: “Mas você é a vítima, certo?”. Acho que Madison termina a cena no controle, quando o faz arrumar a cama. ‘Você tem que respeitar a mim e o meu espaço’.” – Kim Dickens (Madison)

Chris Hardwick: Alycia olhou para esse avião que estava aqui na mesa e disse: “acho que já vi isso em algum vídeo… Ah é, foi na série”.

Alycia Debnam-Carey: Parecia tão familiar.

Chris Hardwick: O que achou da Madison mandando o Troy arrumar a cama?

Chris Sullivan: Ela é ligada em assuntos psicológicos melhor do que ninguém. Ele a pega desprevenida, diz que estava ligado nela, e o jogo vira, colocando-o de volta em seu lugar. E tem algo estranho rolando entre eles, e estou curtindo.

Alycia Debnam-Carey: Ele está ficando mais estranho.

Chris Hardwick: Já falamos sobre isso. Não sei se é maternal, ou se ela está explorando… Pois ela põe um guardanapo no colo dele. Ela pensa: “Estou sendo maternal”, e ele: “Isso vai esconder minha ereção”.

Chris Sullivan: E acho que ela está jogando com as duas coisas.

Chris Hardwick: Eu também acho! É muito estranho!

Alycia Debnam-Carey: Mas é demais, não é?

Chris Hardwick: É, sim!

Chris Sullivan: Ela aprendeu que esse rapaz precisa de uma mamãe. (risos)

Chris Hardwick: E explicaram lindamente o fato da mãe dele ser doente, d ele ter perdido a mãe… Toda essa história sugere que ele tem problemas com a mãe, e parece que ela está explorando isso.

Chris Sullivan: Ela sabe exatamente como deve agir.

Chris Hardwick: “Este cara está na minha mão. Arrume a cama, garoto!”. E ele: “Sim, senhora”.

Alycia Debnam-Carey: Ela volta às origens dela. Ela era conselheira. Ela só está jogando.

Chris Hardwick: Às vezes me pego pensando: “Acho que eu não devia ver isso”, eu me sinto estranho por dentro. Por que Alicia critica o Nick por querer sair do rancho?

Alycia Debnam-Carey: Eles sacrificaram muita coisa para chegarem ali. Acho que há uma certa culpa por trás disso. “Perdemos o Travis para chegar aqui, temos que honrar isso”. Creio que Alicia e Madison estão em sintonia quanto a isso. “Esta é nossa nova casa”. E eles sabem que não há outro lugar melhor. Este é um grande santuário para se ficar. E outra, ele volta com uma namorada, está tudo joia…

Chris Sullivan: Talvez um namorado.

Chris Hardwick: Não sabemos. Parece que também há uma tensão com o Troy. Troy vai apelar pra toda família Clark. Mais cedo ou mais tarde, todos experimentarão o Troy.

Chris Sullivan: Será a 4ª temporada.

Chris Hardwick: A 4ª temporada será estranha, sabe, tipo… o Troy será basicamente o boneco sexual da família Clark.

Chris Sullivan: Ele vai virar “This Is Us”.

Chris Hardwick: Outra série, a propósito. Não há zumbis, mas é outra série que você identifica com o fato que “Pois é. Está é uma série onde pessoas morrem.”

Chris Sullivan: Tudo pode acontecer. Pulamos pra frente e pra trás no tempo, então… É como o que houve comigo. No meio da 1ª temporada, meu personagem tem um problema cardíaco e cai. Por sorte, sobrevivi, mas agora eu sei que os roteiristas e Dan Fogelman só disseram: “Saiba qual é o seu lugar, pois seu personagem tem um problema cardíaco”. Ele pode morrer assim.

Chris Hardwick: Seu agente te liga e você: “Pode me dar um aumento?”, “Problema cardíaco”. Clique. Mas você usa uns dispositivos na série.

Chris Sullivan: Sim, é uma roupa protética. Tem uma estrutura na calça e na parte de cima.

Chris Hardwick: Talvez um dia desses, entre o Taserface e isso, você seja como você mesmo.

Chris Sullivan: Toby foi o mais próximo que já fiz de mim mesmo. Passo muito tempo… Quando se é um ator com 1,95m, você passa muito tempo com próteses e passa muito tempo morrendo. A estrutura de uma série, certos personagens… números, 7, 8, 9, sempre há um risco.

Chris Hardwick: Se fosse ator nos anos 80 ou 90, você seria morto por Steven Seagal, Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren… Se você fosse um capanga, seria morto em alguma hora.

Chris Sullivan: Eu vestiria uma roupa vermelha em “Star Trek”.

Chris Hardwick: Com certeza. Quero falar um pouco do canivete butterfly. Alicia tem um grande…

Alycia Debnam-Carey: É de verdade?

Chris Hardwick: Acho que este não.

Alycia Debnam-Carey: Ah… Não está muito lubrificado. Não sei se consigo fazer truques com ele agora.

Chris Hardwick: O que esse canivete representa quem ela é agora?

Alycia Debnam-Carey: É estranho, pois isso virou… como eu disse, algo assim. Meio que representa… Não sei, ela nem fala mais nele, pois isto representa que ela matou alguém, um homem adulto. Eu não… Na cena inicial, na verdade, no episódio 301, ela entrega para Madison, após tirar da bota, e diz: “Eu não pensei em nada, apenas agi”. Esse desdém, talvez ela não queira confrontar as coisas que teve que fazer. É tipo… ter o canivete, mas desprezando-o.

Chris Sullivan: O equivalente, nos anos 80, seria Steven Seagal olhando para as mãos trêmulas e ensanguentadas… “O que essas mãos fizeram?”

Chris Hardwick: “Que horrores elas realizaram?”, “Sou uma arma ambulante”.

• Pergunta feita por um fã da internet (Raymond Dabbs): “Alycia, como você acha que foi a infância de Nick e Alicia?”

Alycia Debnam-Carey: Uau! Boa pergunta.

Chris Hardwick: Tenho um palpite, mas quero ouvir você.

Alycia Debnam-Carey: Quero saber oque você acha.

Chris Hardwick: Acho que a adolescência deles foi assim: Alicia era certinha, inteligente, preparada, então ela não ganhava muita atenção, pois Madison ia atrás de Nick, tirava-o de enrascadas, levava-o para casa e o colocava de castigo.

Alycia Debnam-Carey: Sim! Ele era o complicado, ela, a criança exemplar, mas acho que eles sempre se amaram e se davam bem. Mas depois que o pai morreu, aí foi o verdadeiro divisor de águas.

Chris Sullivan: A morte do pai pode levar dois jovens a trilhar caminhos diferentes. Você levantou a cabeça e seguiu em frente, e ele tropeçava por todo caminho que aparecia.

“Dayton Callie é como meu suéter preferido. Trabalhamos juntos em “Deadwood”, e eu e Dayton tínhamos uma história especial nessa série. Todos nós de “Deadwood” tivemos uma ligação, muitos mantêm contato, e, às vezes, até nos encontramos. E Dayton é uma dessas pessoas especiais, pra mim. Então foi muito bom voltar para fazermos dois personagens totalmente diferentes, juntos. Voltamos a ficar em sintonia.” – Kim Dickens (Madison)

Chris Hardwick: Todo personagem chamado Jeremiah não dá pra confiar. Alguma hora, esse personagem fará uma besteira. Algo bíblico ou terrível ocorrerá.

Chris Sullivan: Algo bíblico.

Chris Hardwick: Nunca há um Jeremiah à toa numa série. São sempre muito precisos.

Alycia Debnam-Carey: Ou um Tyler à toa.

Chris Sullivan: Se querem que seja à toa, eles o chamam de Jerry.

Chris Hardwick: Jerry. Exatamente. Jerry à toa. Mas Alycia, o que… Dayton é um ator fabuloso. Como foi a inclusão dele no elenco?

Alycia Debnam-Carey: Ele tem sido incrível e é muito divertido no set. Eu devia falar o quanto ele é bom ator, porque é verdade, mas ele é a pessoa mais engraçada lá no set, ele constantemente sai do personagem de tanto rir, e isso faz todo mundo rir sem parar. Tipo, não dá para se recompor depois disso. Além de ser uma pessoa gentil e adorável. Ele manda todo mundo entrar na van de manhã, quando vamos para o trabalho. Ele usa pijama em toda parte. Parece que ele vive de pijama. Ele é o melhor…

Chris Sullivan: E por que não viver?

Alycia Debnam-Carey: Se você é Dayton Callie, por que não viver?

Chris Hardwick: Se eu trabalhasse de pijama no trabalho, diriam: “vá pra casa”. Mas com Dayton Callie é: “Chega mais, amigo. Vem aqui. Vamos abraçar”.

Alycia Debnam-Carey: Ele é o melhor.

Chris Hardwick: Vamos falar um pouco sobre OFDMCOC (TEOTWAWKI, em inglês). Sabem o que é isso? É um acrônimo: O Fim Do Mundo Como O Conhecemos. Não sei se… Acho que é um acrônimo, sim. Tecnicamente poder ser “inicialismos”, mas vou de acrônimo.

Chris Sullivan: Como a música do R.E.M.

Chris Hardwick: Está em uso desde o início dos anos 80, após o filme “Catástrofe Nuclear” ser lançado. Só alguns fatos: o filme mostra as consequências econômicas, ambientais e médicas de uma guerra nuclear. E também acho que remete aos sobreviventes da Usenet, lá por volta do século 20.

Chris Hardwick: O que acha das semelhanças entre Nick e Troy? Pois acho que estão construindo um “bromance” estranho. Eu não percebi isso, mas quando vi “vamos atirar um na cabeça do outro e lutar no chão”, aí pensei: “Ambos são uns ferrados, claro que se entrosariam”.

Chris Sullivan: Viciados em coisas diferentes.

Chris Hardwick: Isso mesmo. O que você acha que os une?

Alycia Debnam-Carey: Os dois são uns ferrados. São ferrados de modos diferentes.

Chris Sullivan: Há um fascínio por dor e sofrimento.

Chris Hardwick: Mas o Nick não quer causar, ele quer viver isso.

Chris Sullivan: Infligir nele mesmo.

Chris Hardwick: Exato. Ter essa experiência, como o Erickson disse no episódio anterior. Acho interessante, pois o Troy tem problemas com a mãe, e o Nick tem problemas com o pai. Mas juntos…

Chris Sullivan: É o casal perfeito.

Alycia Debnam-Carey: E Madison está focada nos dois. De novo.

Chris Hardwick: Fora o momento estranho com Madison e o Nick.

Alycia Debnam-Carey: Ela está fazendo isso com todo mundo!

Chris Hardwick: Chris, você nunca sabe quem vai sobreviver em “This Is Us”. Que membro do elenco você acha que sobreviveria a um Apocalipse de zumbis?

Chris Sullivan: Com certeza, o Milo. Milo Ventimiglia pode sobreviver a tudo. Esse cara está bem equipado, está bem preparado, ele é instruído e eu acho que… Uma coisa que a série costuma mostrar é aquele que sobrevive, que cria comunidade e se cerca de gente confiável… Esse é o Milo.

Chris Hardwick: Isso é ótimo. Alguém alertou que eu devia… Sua série é tão emocionante de assistir, que precisava de um programa depois dela. Todos me falam: “Devia fazer um programa depois”. E um cara sugeriu um nome perfeito para o programa: “That Was Them”. Alycia, agora que você está nessa série há três temporadas… Eu apresento Talking Dead e ainda penso: “Se houvesse um Apocalipse agora, o que eu faria?” Você já aprimorou suas habilidades de sobrevivência para o Apocalipse?

Alycia Debnam-Carey: Não.

Chris Hardwick: Nadinha? Você sabe usar um canivete butterfly.

Alycia Debnam-Carey: Acho que eu ainda seria péssima no Apocalipse. Na verdade, acabei de notar como eu seria ruim. Vejo o que acontece com esse povo na série, e penso: “Nossa, eu já era”.

Chris Sullivan: Mas você conhece Cliff Curtis, o mestre da sobrevivência.

Chris Hardwick: Ele é mesmo. Se você for pra Nova Zelândia vai ficar bem.

Alycia Debnam-Carey: Se eu ficar cercada por uma boa família e uma equipe, eu vou ficar bem.

Chris Hardwick: A maioria das pessoas, e acho que todos vão concordar, ficará ferrada se houver um Apocalipse, pois como vamos conseguir água limpa? Como cozinharíamos? Às vezes vejo vídeos de sobrevivência no YouTube, e penso: “Questão de segundos e já esqueço o que devia fazer”.

Alycia Debnam-Carey: Lembro que a primeira vez que vi o Bear Grylls, pensei: “Meu Deus”. Eu duraria dois segundos.

Chris Hardwick: Tem um canal ainda melhor de se ver no YouTube: “Primitive Technology”. Já viram o cara do “Primitive Technology”? Ele constrói as próprias coisas com qualquer coisa. Ele está praticamente nu. Ele é um jovem destemido milenar. Ele faz coisas na lama. Faz fogão de barro, constrói as ferramentas, faz sua própria cabana e sua comida. É incrível. É inacreditável de se ver.

Alycia Debnam-Carey: Filmamos em noites congelantes, e eu mal suportava isso. Cheguei numa rápida conclusão: eu não duraria no frio.

Chris Hardwick: Você mal sobreviveu à filmagem do Apocalipse falso.

Alycia Debnam-Carey: Vou ser honesta. Por que mentir? Eu seria um peso morto.

Chris Hardwick: Eu diria: “Cansei. Comam meu delicioso rosto ensanguentado”.

• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:

– Alguns telespectadores podem reconhecer o homem que Dante joga da represa. O ator Daniel Moncada, fez um dos primos em “Breaking Bad” e “Better Call Saul”.
– A represa do Dante é real, nomeada em homenagem ao 43º presidente do México, Abelardo L. Rodriguez. A represa está localizada acima do rio Tijuana, que é intermitente e corre por 190km de distância.
– Os javalis que os fazendeiros caçaram e comeram são animais de verdade, chamados Pecari. Pecaris são conhecidos por seus cheiros pungentes, daí são apelidados de porcos-gambás.

• ENTREVISTA COM A PRODUÇÃO E O ELENCO:

“Está é a Represa Rodriguez. Estamos ao lado de Tijuana. E este é o local de um dos vilões desta temporada, o Dante. Todos que o traem são atirados desta represa atrás de mim, e há uma pilha de corpos lá embaixo.”Ryan Scott (roteirista)

“A represa, no geral, era perigosa, com a equipe movendo andaimes para as câmeras e para subirem.”James Armstrong (coordenador de dublês)

“Fomos pra lá um dia antes, para garantir a segurança, pois você não sabe se vai ter vertigem, como o corpo vai reagir…”Colman Domingo (Victor Strand)

“Fizemos a cena em duas áreas, uma onde dava pra empurrá-lo de uns 3m em cima de almofadas; e a outra, há uns 60m da beirada, onde ele só fingiria e pararia, mas ainda era muito assustador e perigoso para o cara fazendo o ensanguentado, o dublê.”James Armstrong (coordenador de dublês)

“Simulamos a queda com um manequim. Pegamos um manequim articulado, enchemos de chumbo nos braços, pernas, peito, o deixamos com uns 55kg. Eles o posicionaram e o jogaram. O peso simulou a realidade de um corpo.”Scott Roark (técnico em efeitos especiais)

“O manequim caiu 45m antes de começar a bater nas coisas, e lembrou a todos o quanto era perigoso estar naquela altura.”James Armstrong (coordenador de dublês)

• Pergunta feita por um fã da plateia (Dara): “Alycia, o que a Alicia, com “I”, pensou quando a Madison se ofereceu para ir à missão achar McCarthy?”

Alycia Debnam-Carey: Manobra clássica da Madison. Lá vai ela de novo. Acho que… É uma hora em que… “Estamos ferrados, comprometidos, e estamos aqui. É isso aí.” Ela está junto com os habitantes. “Lá vamos nós.” E também, Nick e Alicia ficam: “O que ela está fazendo?”.

Chris Sullivan: Eles estão cientes da manobra dela? Saberiam dizer o que ela está tentando fazer?

Alycia Debnam-Carey: Eu acho que… não completamente, mas sabemos que ela admitiu. “Mesmo que tivermos que tomar este rancho, é o que faremos”.

Chris Hardwick: Mas eu acho que parte disso, também, foi com aquele idiota irritante na barraca… “você precisa merecer”, sabe? Então, para ela é: “Certo, farei o que for preciso”. Ela está se infiltrando rapidamente, e com tudo.

– A fã que fez a pergunta ganhou um Geoff engaiolado.

Chris Sullivan: Será um item pessoal interessante de se viajar.

Chris Hardwick: Chris, você acha que o Jake tem algum controle sobre o Troy?

Chris Sullivan: Não. Ninguém controla o Troy. Só o Troy controla o Troy.

Chris Hardwick: E, talvez, a Madison um pouco.

Chris Sullivan: Acho que a Madison vai descobrir.

Chris Hardwick: Faz sentido ficar atraído pela moça que enfiou uma colher no seu olho.

• Pergunta feita por um fã da internet (@ADarkCreature): “Alycia, o que acha que a Madison sente por Alicia ter matado uma pessoa?”

Alycia Debnam-Carey: Acho que não vimos muito o que a Madison acha disso.

Chris Hardwick: Você acha que eles confiam nela?

Alycia Debnam-Carey: Se os filhos confiam na Madison? Ela já fez coisas estranhas. O lance com Alicia é que ela ficou isolada da dinâmica familiar, mas ela, também, sempre lidou com as coisas sozinhas, e Nick sempre sendo o problemático, ela vai até ele primeiro. Há uma admissão de… “Você não tinha que ter feito isso. Se passarmos por isso de novo, será eu”. Falando como a Madison. Acho que é um lance que ela ainda precisa resolver sozinha. O legal deste episódio é que ela finalmente fala sobre isso com outras pessoas. E ela descarrega o estresse, a culpa e a escuridão com pessoas que nem estão envolvidas com ela.

“Acho que Thomas Abigail e Victor Strand sacanearam esses caras, fecharam acordos que os beneficiavam no velho mundo. E agora o jogo virou. Strand não acreditaria nele se fossem sócios, mas ele não percebeu que Dante estava com ódio e com muita raiva de Victor Strand. E agora ele estava pronto para virar o jogo. Dante literalmente tinha Victor a sua mercê. Foi uma das coisas mais assustadoras para Victor Strand, alguém tão pragmático, com seus próprios meios, que sabe o que vai fazer pra estar no controle. O que fazer com alguém que sempre esteve no controle? É só trancá-lo.” – Colman Domingo (Victor Strand)

Chris Hardwick: Esse foi Colman Domingo falando sobre Strand e Dante, que é tipo um Negan latino. Perceberam isso? Ele está nesse complexo, controla muita coisa, bem vestido, ele tem uma prisão onde mantém as pessoas, para dominá-las. Quero muito ver como isso vai continuar. Você ficou surpreso ao ver Strand novamente em apuros?

Chris Sullivan: Strand só se mete em apuros. É quase o negócio dele. É o modo que ele usa pra manipular as pessoas. Seja como for, ele se mete em encrenca com elas. De um jeito ou de outro, ou ele as ajuda a sair dessa, ou ele mesmo sai dessa. Adoro esse personagem e amo Colman Domingo. Ele é um dos atores mais fascinantes trabalhando hoje.

Chris Hardwick: Ele é ótimo. E é interessante ver que em um mundo pré-apocalipse havia um sistema onde ele conseguia se esgueirar pra dentro e pra fora. E agora, ainda mais com Dante, ele está sendo responsabilizado. Tipo: “Agora você vai pagar por tudo”. E, com certeza, acho que Dante sabe que Strand é valioso, e ele o fará trabalhar. Está muito claro que Dante está jogando. Acha que Daniel estava lá de verdade, ou que foi uma alucinação?

Chris Sullivan: Eles não aprontaram nada, ele não passou por algo tão terrível, fora ser quase atirado da represa, a ponto de entrar em um estado de alucinação. Parece que a água estava mesmo lá. Então, não sei. Tem alguém ali.

Chris Hardwick: Talvez tendo que… Sim, tem alguém ali mesmo. Acho que vamos descobrir muito em breve a resposta. O que achou quando descobriu que Rubén voltaria pra série?

Alycia Debnam-Carey: Ficamos muito animados em tê-lo de volta. Pois ficamos sem ele durante muito tempo. Ele tem um ótimo personagem e é muito divertido no set. Também é um exímio contador de histórias. Ele é fantástico.

Chris Hardwick: Rubén é um homem adorável.

Alycia Debnam-Carey: Ele realmente é. A pior parte foi que não podíamos falar nada. Os publicitários da série viviam dizendo: “Shhh. Não!”.

Chris Hardwick: Pois não o vimos morrer. Ficou no ar, mas, de fato…

Chris Sullivan: Você tem que ver a pessoa morta.

Chris Hardwick: Nesta série temos que ver a pessoa morta. Você não sabe o que vai acontecer. Às vezes as pessoas rolam para debaixo de lixeiras. Às vezes isso acontece.

“Quando li o roteiro pela primeira vez, fiquei feliz por voltar ao trabalho, depois, que eu ia dialogar com Strand, pois tivemos uma conversa dado momento, acho que na primeira parte da 2ª temporada, ele disse: “Pare de andar ao meu lado. Você parece anjo da morte”. E eu disse: “Também posso ser um anjo, seu anjo da guarda”. Então ele foi esperto em usar isso como uma ligação com Strand.” – Rubén Blades (Daniel Salazar)

MENSAGEM DE MERCEDES MASON (OFÉLIA):

Prévia do próximo episódio:

Chris Hardwick: Agora, o que você acha?

Chris Sullivan: Tudo bem, ele voltou. Demais!

Chris Hardwick: Ele voltou. Parece que voltou. Sabia que teríamos esse vídeo, eu não quis falar antes, pra não estragar tudo. Tipo: “Você vão descobrir no vídeo, daqui a pouco”. As pessoas querem suspense.

• Pergunta feita por um fã da internet (@WorkBiyatch): “Alycia, quem faz as piores piadas no set?”

Alycia Debnam-Carey: Provavelmente eu. Não conto boas piadas.

Chris Sullivan: Foi uma resposta segura.

• Pergunta feita por um fã da internet (@SherlockU): “Chris, se pudesse participar de Fear the Walking Dead, qual seria o nome do seu personagem, sua melhor habilidade e como ele morreria?”

Chris Sullivan: Puxa! Azrael Grimm. Minha habilidade seria artes marciais. E eu não morreria!

NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Rubén Blades (Daniel Salazar), Drew Scott (Property Brothers) e um convidado surpresa

Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, e o Talking Dead Fear Edition vai ao ar nas madrugadas de segunda para terça, às 00h, no canal AMC Brasil.

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