Curiosidades
Kim Dickens faz uma análise de seus papéis mais memoráveis
Ela atualmente é a protagonista na série que quebrou recordes com a maior estreia da história da televisão a cabo, mas antes de Kim Dickens começar a lutar com zumbis em Fear the Walking Dead ela teve como hábito aparecer em algumas das melhores séries de TV da última década.
O Entertainment Weekly conversou com Dickens para saber suas impressões e lembranças de outros papéis notáveis na tela (“Deadwood”, “Lost”, “Friday Night Lights”, “Treme”, “Sons of Anarchy”, “House of Cards”) bem como sua nova performance nas telonas em “Gone Girl” (Garota Exemplar). Confira:
DEADWOOD
“Não havia improviso. Não cortávamos palavras. Era muito específico para o som, a métrica, e obviamente para o significado. Era preciso aplicar alguns truques para memorizar tudo às vezes.”
Dickens teve sua grande estreia como madame Joanie Stubbs no wester de David Milch na HBO, um papel e uma série que ela ainda guarda com carinho no coração. Abaixo vemos o que ela tinha a dizer sobre tentar decifrar os roteiros de Milch.
O diálogo era muito denso, e eu acredito que seja medido. Ao menos essa foi minha impressão do que eu me lembro de ouvir. Mas não tínhamos roteiros. As páginas chegavam diariamente, e não tínhamos muito tempo com essa linguagem, eu acho de verdade que levavam algumas passagens somente lendo o roteiro para traduzi-lo para si de um modo como se faria com Shakespeare, e mais algumas para, de fato, memoriza-lo, porque não é exatamente a forma como falamos hoje, com certeza.
Então, memorizar tudo era muito desafiador também, e foi um material que reproduzíamos ao pé da letra. Não havia um refrão. Não havia improviso. Não havia corte de palavras. Era muito específico com relação ao som, à métrica, e obviamente ao significado. Precisávamos de alguns truques para memorizar tudo às vezes.
Mas essa série realmente tem um lugar especial no meu coração. Foi uma experiência mágica naquele período para mim e com David Milch. Eu tinha uma sensação de licença poética, e não tínhamos roteiros ou notas de outras pessoas. Recebíamos as páginas diariamente, e filmávamos em seguida, e David ficava conosco.
Estávamos em Melody Ranch, e David ia até lá e meio que nos guiava pelo processo. Quando estávamos preparando uma nova cena, ele chegava e falava conosco, com o elenco ali, o diretor, a equipe. Ficávamos muito atentos. Ele conta histórias muito bem e fala muito bem, e ele nos dava a sensação exata do que estávamos fazendo para atuar, ou a essência da cena, ou o que emoções deveríamos capturar, e aí o diretor executava as coisas.
Foi uma experiência linda e mágica. Se você dá uma passada pela série na televisão ou algo assim, é tão do momento. A minuta entre essas pessoas, esses personagens, é tão rico. Se você assiste, há muito mais para entender, sabe? Há sempre coisas para absorver.
LOST
“Poder trabalhar com Sawyer entre todas as pessoas – tipo, não tem como ficar melhor.”
Dickens fez o papel de Cassidy – o alvo de Sawyer que virou uma estagiária de fachada que virou mãe de sua filha no drama da ABC.
Essa série foi incrível, e só pelo fato de poder aparecer vez ou outra foi maravilhoso. E nunca soube o que iria acontecer com Cassidy, e era sempre algo muito legal. E poder trabalhar com Sawyer dentre todos – tipo, não tem como ficar melhor. E trabalhar com Kate também, eu adoro como eu passei pela história, e aí tive uma filha, Clementine. Foi uma experiência incrível. Ele meio que somente me faziam inteirar das coisas, fazer você se encaixar, filmávamos o dia todo e aí íamos embora. Foi uma série muito legal de fazer parte, posso dizer.
Josh Holloway foi muito bom na série. Ele foi demais. Eu adoro a primeira cena. Achei que foi uma história muito boa, e eu adoro de verdade a cena quando o visito na prisão. Tive aquela cena onde mostro a filha para ele. Ele é um ator tremendo.
FRIDAY NIGHT LIGHTS
“Os roteiros eram lindos. Seu coração ficava sempre na boca ao final de cada episódio.”
Se os roteiros de Deadwood eram lidos ao pé da letra, então o movido-a-improviso Friday Night Lights era o oposto para Dickens, que fez o papel da mãe ausente de Matt Saracen, Shelby.
Foi uma experiência fantástica. Os roteiros eram lindos. O coração ficava na boca ao final de cada episódio. Não sei como eles tinham esse poder, mas eles tinham. Eles eram tão lindos e tão emotivos, e então a gente acabava improvisando com os roteiros.
Eles filmaram tudo de um jeito bem particular, que normalmente era com três câmeras de mão, e aí nós meio que improvisávamos as cenas, e as câmeras pegavam tudo, e isso dava o tom de algo espiado ou de documentário, e dava pra filmar muita coisa em um só dia. Acho que podíamos filmar umas 10 páginas em um dia e terminar cedo.
Adorei trabalhar com Zach Gilford, e Louanne Stephens que fez o papel de sua avó – atriz incrível de Dallas. Uma pessoa muito bonita e muito engraçada, mas ela é uma atriz fenomenal. Eles tinham um elenco incrível.
SONS OF ANARCHY
“Nada mal para um dia de trabalho quando se trabalha com Charlie Hunnam.”
Dickens fez o papel de uma madame novamente no drama de motociclistas da FX, e uma que ficou íntima com o Jax de Charlie Hunnam antes de encontrar uma morte prematura.
Eu fiz o teste para Collete Jane, a madame, e eles ficaram tipo, claro, não sei se vai dar certo, e aí eu recebi um email de Kurt Sutter porque ele era um fã de Deadwood. Obviamente, acho que ele contratou várias pessoas, vários de nós. Havia muita gente de Deadwood lá. Ele me contratou para ser uma madame moderna. Por isso eu fui um pouco contratada pelo meu jeito. [Risos] Não, mas foi muito divertido. Tipo, aqueles caras, eles davam, sabe, uns abraços de urso. Eles eram muito gentis. Era um ambiente muito caloroso e divertido. Todos os caras andavam mesmo com suas motocicletas enormes até o trabalho todos os dias, e era muito legal. Nada mal para um dia de trabalho quando se trabalha com Charlie Hunnam.
GONE GIRL
“Eu esperava que o papel fosse para uma atriz mais famosa, mas aquele foi o dia da minha vida em que mais me senti feliz.”
A atriz roubou cenas de Ben Affleck como a detetive cética Rhonda Boney na adaptação de David Fincher para o romance da ex-escritora da EW Gillian Flynn.
Quando consegui o papel, eu fiquei, tipo, eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. As chances de se conseguir um papel como aquele em um filme de David Fincher, não são muito grandes. Há muita competição lá fora. Eu esperava que o papel fosse para uma atriz mais famosa, mas aquele foi o dia da minha vida em que me senti mais feliz.
E na época eu estava trabalhando em Nova Iorque quando o teste apareceu, e consegui uma folga em uma segunda-feira, e meu agente disse, “Olha, consegui um teste pra você, e são 18 páginas.” E eu fiquei tipo, é, não vai ter jeito de preparar 18 páginas na segunda-feira, porque não vai ter como fazer. Eu estou dando meu sangue por aqui, e é David Fincher, e eu fiquei, tipo, bem, nem vou conseguir. Por que então eu estou indo?
E aí eu li as páginas. Eu não tinha um roteiro, nem nada, e eu não havia lido Gone Girl, então eu li as 18 páginas, e pensei, é, eu preciso tentar. Gillian Flynn escreveu o roteiro de cena, e ela deu uma aumentada na personagem de Boney um pouco além do romance original, e foi um papel incrível de fazer. Nem tenho palavras para expressar.
Foi uma experiência que mudou minha vida esse trabalho com Fincher, e trabalhar com Ben, Rosamund Pike, Carrie Coon, Patrick Fugit, Casey Wilson, Missi Pyle – o grupo todo mostrou trabalhos fenomenais, e eles eram pessoas ótimas para se trabalhar. Fincher exige que você chegue e de o seu melhor todos os dias o dia todo, e você se sente inspirado a fazer isso, e se inspira a ser melhor. Foi uma experiência muito, muito divertida, uma experiência muito produtiva, e eu adoro a personagem. Gostaria de poder fazê-la novamente.
TREME
“Eu me lembro de nenhum dos habitantes locais estar interessado em que nós contássemos a história deles. Eles simplesmente odiaram a ideia. Tipo, ninguém jamais entendeu Nova Orleans.”
Dickens apresentou mais uma performance excelente como uma chef lutando com as finanças no ode de David Simons para uma Nova Orleans pós-Katrina.
Nova Orleans é um cidade linda. Você se apaixona por ela, e você pode virar a esquina, e ela vai partir seu coração. Tipo, é uma cidade muito especial e única, e nós fomos até lá relativamente logo após Katrina, e iríamos mostrar personagens inspirados em pessoas reais de lá e mostrando suas experiências de se levantarem em poucos meses após Katrina.
Lembro-me de estar lá para filmar o piloto, e filmamos durante o Mardi Gras e eles nos colocaram no Hotel Monteleone no Quarteirão Francês durante o Mardi Gras. Primeiramente, nunca conseguimos dormir. O barulho era muito alto. Mas eu me lembro, nenhum dos habitantes locais estava interessado em que contássemos suas histórias. Eles odiaram a ideia. Tipo, ninguém jamais entendeu Nova Orleans.
Eles souberam que estávamos chegando, eles não estavam animados com isso, e eles contam como as coisas estão por lá. Então filmamos o piloto, e fomos avançando, aí estávamos filmando a primeira temporada quando saiu o primeiro episódio na televisão, e você sabe, nem todos têm HBO. Não é assim lá. Por isso eles todos foram para alguns bares onde havia anúncios de que a série seria transmitida, o que eu acho que é até ilegal, mas as pessoas começaram a assistir enquanto estávamos filmando, e foi meio assustador porque sabíamos que eles não nos queriam lá, pra começo de conversa. E aí eles viram a série, e então eles meio que torceram por nós. Fomos meio que Os Beatles por um momento porque acertamos na visão deles, e, você sabe, graças a Deus, mas foi uma experiência interessante.
Steve Zahn e eu conversamos muito sobre isso, porque foi uma experiência única como nunca havíamos visto porque foi meio que arte ao vivo porque fazíamos alguns personagens que foram inspirados em pessoas reais de lá, e estávamos na cidade deles quase que em tempo real, e por isso estávamos vivendo lá e fazendo o papel deles. E aí estávamos em estreias de galerias de arte, ou em restaurantes, ou somente andando pelas ruas, e eles gritavam conosco tentando brigar com o Steve, sabe, porque o personagem dele era o personagem dele. Mas foi uma experiência única, e eu me orgulho disso. Fico feliz por eles terem nos aceitado.
HOUSE OF CARDS
“Na minha primeira vez eu tive a oportunidade de conhecer Robin, ela estava dirigindo Paul Sparks e eu em uma cena de sexo. Por isso essa foi uma maneira interessante de conhecer alguém que você idolatra.”
Dickens fez um papel recorrente na terceira temporada do drama político do Netflix como uma jornalista determinada a investigar o presidente Frank Underwood.
Por sorte essa era a minha série favorita na época quando eu consegui o papel – esse e em Mad Men. Por isso eu disse sim imediatamente. Beau Willimon, o criador e roteirista da versão americana, eu acho também que ele é fã de Deadwood, porque ele também usou alguns de nós com Molly Parker e Gerald McRaney, mas você sabe, eles me pediram para vir e participar, e eu disse sim na hora.
E aí eu fiquei aterrorizada. Eu fiquei tipo, espera aí, é minha série favorita. Frank Underwood! Não posso! Eu estava muito nervosa com tudo. Era intimidador. Os personagens deles são tão reais para mim, e é claro, eu cheguei lá e eles foram adoráveis, e Robin Wright dirigiu muitos em que eu participei, e foi muito divertido.
Na primeira vez que conheci Robin, ela estava dirigindo Paul Sparks e eu em uma cena de sexo. Essa foi uma maneira interessante de conhecer alguém que você idolatra, mas foi muito divertido. Ela é uma diretora maravilhosa. Kevin Spacey é adorável. Ele obviamente foi maravilhoso no papel, e foi bom ser parte da imprensa também porque ele meio que entretém todos entre as filmagens.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Fear the Walking Dead Brasil
Curiosidades
Fear the Walking Dead S04E16: 5 coisas que você pode ter perdido em “…I Lose Myself”
Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo sexto episódio, S04E16 – “I Lose Myself: “, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Chegamos ao final da quarta temporada de Fear the Walking Dead com um último episódio que deixou a desejar. “…I Lose Myself” (…Eu Me Perco) encerrou o arco da vilã Martha em seu último esforço para tornar Morgan forte – enquanto sem querer quase fortaleceu todo o restante do grupo com suas águas envenenadas com anticongelante.
O episódio deu algumas escorregadas, como o momento em que Althea metralhou o tanque cheio de etanol que poderia salvá-los da intoxicação e o grupo preferiu assistir ao vazamento ao invés de correr para consumir o líquido que se esvaía. E o próprio título não representou bem a história, uma vez que Morgan não chegou a perder a cabeça como nos velhos tempos em nenhum momento.
Em meio a esse embate entre fortes e fracos, alguns detalhes talvez tenham passado despercebidos. Então que tal dar uma olhada nas 5 coisas que você pode ter perdido em “…I Lose Myself”? Confira:
1. Chegamos à conclusão das aberturas
No começo da quarta temporada, os showrunners de Fear disseram que as aberturas contariam uma história, que seria revelada quando todas estivessem reunidas. Aos poucos percebemos que elas sempre se conectavam com o foco do episódio da semana, dando mais destaque a certos personagens ou locais da trama.
As aberturas foram contando a própria história da temporada, acompanhando nosso grupo em seus desafios e perdas. Até que a desta semana fez uma síntese não apenas do episódio, mas de toda a temporada: vemos nela as árvores onde os personagens sentaram para conversar, o rio próximo à rede elétrica onde Martha foi enterrada, a fábrica de jeans ao fundo – que deve nos conectar com o que vem pela frente – e, principalmente, as flores de lavanda.
As flores não apenas lembram a morte de Madison na primeira metade da temporada, como também fazem referência ao seu legado, que foi reforçado por Alicia no final do episódio: “Isso não pode ser apenas sobre as caixas. Nós temos que fazer o que minha mãe fez, transformar isto em algo maior. É assim que você ajuda pessoas.”
Episódio 1 – uma pessoa ao lado de uma fogueira à noite, provavelmente John Dorie.
Episódio 2 – uma caravana passando no fundo, possivelmente os Abutres a caminho do Diamond.
Episódio 3 – as flores azuis que Madison e Nick encontraram durante sua busca por suprimentos.
Episódio 4 – há um efeito de interferência na imagem, como se tivesse sido filmada com a câmera de Althea.
Episódio 5 – duas pessoas caminhando juntas ao fundo, provavelmente John e Laura.
Episódio 6 – um carro solitário, provavelmente representando a saída de Madison, Victor e Naomi.
Episódio 7 – zumbis vagando, em referência ao ataque dos Abutres ao Diamond.
Episódio 8 – pessoas ao lado de uma fogueira à noite, representando o grupo contando/ouvindo o que aconteceu com Madison e o Diamond.
Episódio 9 – nuvens carregadas no céu, indicando uma tempestade se formando.
Episódio 10 – chuva forte e vento, que entorta os postes e arranca algumas das letras dos créditos da tela.
Episódio 11 – o caminhão dirigido pelos irmãos Wendell e Sarah passando ao fundo e destroços da tempestade.
Episódio 12 – uma pessoa ao fundo abandonando a pé a van de Althea.
Episódio 13 – duas pessoas ilhadas, John e Victor, e um crocodilo passando na água.
Episódio 14 – fumaça ao fundo, saindo do caminhão que acabara de explodir após ser metralhado.
Episódio 15 – carro com o alarme acionado, representando a forma que Morgan encontrou para distrair os zumbis que cercavam o hospital.
2. A fraqueza de Morgan
Depois de nocautear Althea, Martha deixou uma mensagem gravada para Morgan em que lamentava que ele insistisse em ajudar aquele grupo, comportamento que o tornava fraco. Nessa hora a própria Martha assume parte da culpa, dizendo “talvez eu não tenha sido forte o suficiente” para torna-lo forte.
Talvez o vídeo tenha tido tanto impacto em Morgan porque ele mesmo já disse essas mesmas palavras em outro momento de sua vida. Na terceira temporada de The Walking Dead, no episódio “Clear”, Rick encontrou Morgan completamente fora de si. Naquela ocasião, entre alucinações e momentos de sanidade, Morgan diz que seu filho Duane morreu por causa de sua própria fraqueza e egoísmo, que o impediram de matar a esposa zumbificada.
3. Às vezes a resposta está embaixo do nosso nariz
Durante boa parte do episódio os personagens focaram no combustível como solução para sua intoxicação pelo anticongelante. Foi só quando Morgan surgiu no final com as cervejas de Jim que fomos lembrados de que “etanol é só um nome bonito para álcool”.
No entanto, a solução já havia sido apresentada muito antes. Desde o instante em que o grupo chegou à parada de caminhões no Mississipi, a câmera focou diversas vezes em cartazes e luminosos de cervejas.
4. Não há ferimento que segure a teimosia de Morgan
Após o acidente de carro provocado por Martha, Morgan percebe que está com a perna ferida, o que – em tese – o impede de continuar o caminho até seus amigos para ajuda-los. Sua determinação, no entanto, é maior, e ele segue o caminho até a parada de caminhões, apesar do ferimento, com direito a uma pausa para buscar as cervejas de Jim.
Quando começamos a temporada ele estava em uma situação semelhante, ainda que inversa. Um ferimento também na perna prejudicava sua mobilidade, e mesmo assim a determinação o mantinha em movimento, com a diferença de que naquela época ele estava tentando fugir das pessoas, ao invés de caminhar em direção a elas.
5. Lar doce lar
Mais uma vez o episódio da semana trouxe uma bela referência às primeiras temporadas da série irmã de Fear the Walking Dead. No final do episódio, quando os personagens chegam à fábrica de jeans que era o posto de abastecimento de Clayton, a imagem lembrou muito o episódio da terceira temporada em que o grupo de Rick observa de longe a prisão que viria a tornar-se seu lar por um período da série.
Você percebeu algo além das cinco coisas acima? Deixe abaixo nos comentários para que a gente também possa saber.
Fear the Walking Dead que é transmitido no canal AMC Brasil encerrou seu quarto ano nos EUA no último domingo, acompanhe nosso site e nossas redes para estar por dentro de todas as informações da quinta temporada.
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Curiosidades
Fear the Walking Dead S04E15: 5 coisas que você pode ter perdido em “I Lose People…”
Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo quinto episódio, S04E15 – “I Lose People…: “, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Fear the Walking Dead está caminhando para o final da quarta temporada, e o episódio desta semana fez exatamente o que esperamos de um pré-season finale: preparou o terreno. Sem muita ação ou desenvolvimento de personagens, este é tradicionalmente um episódio que apenas prepara a audiência para o final, sem acrescentar muito à trama.
Em “I Lose People…” (Eu perco pessoas…) todos os membros do grupo foram resgatados de alguma forma – literal ou figurativamente – e terminaram o episódio reunidos, com exceção de Al, cuja localização ainda é desconhecida. A morte de Jim já havia sido anunciada, e aconteceu trazendo uma breve redenção para o personagem. E Martha talvez seja parente distante do imortal Daniel (saudades, inclusive), pois nada parece derrubar a vilã.
Enquanto nos preparamos para o episódio final, talvez alguns detalhes tenham passado despercebidos. Que tal dar uma olhada nas 5 coisas que você pode ter perdido em “I Lose People…”? Confira:
1. A estratégia de Morgan foi adiantada na abertura
Toda semana a abertura da série muda um pouco, trazendo algum detalhe que vai aparecer mais adiante no episódio. E dessa vez a abertura entregou bastante coisa, mostrando um carro com o alarme acionado.
No começo do episódio isso não significava muito para a audiência, mas depois descobrimos que essa foi a forma que Morgan encontrou para distrair os mortos enquanto o grupo escapava e, mais tarde, foi a forma como Jim morreu em seu último gesto para colaborar com a fuga dos amigos.
Episódio 1 – uma pessoa ao lado de uma fogueira à noite, provavelmente John Dorie.
Episódio 2 – uma caravana passando no fundo, possivelmente os Abutres a caminho do Diamond.
Episódio 3 – as flores azuis que Madison e Nick encontraram durante sua busca por suprimentos.
Episódio 4 – há um efeito de interferência na imagem, como se tivesse sido filmada com a câmera de Althea.
Episódio 5 – duas pessoas caminhando juntas ao fundo, provavelmente John e Laura.
Episódio 6 – um carro solitário, provavelmente representando a saída de Madison, Victor e Naomi.
Episódio 7 – zumbis vagando, em referência ao ataque dos Abutres ao Diamond.
Episódio 8 – pessoas ao lado de uma fogueira à noite, representando o grupo contando/ouvindo o que aconteceu com Madison e o Diamond.
Episódio 9 – nuvens carregadas no céu, indicando uma tempestade se formando.
Episódio 10 – chuva forte e vento, que entorta os postes e arranca algumas das letras dos créditos da tela.
Episódio 11 – o caminhão dirigido pelos irmãos Wendell e Sarah passando ao fundo e destroços da tempestade.
Episódio 12 – uma pessoa ao fundo abandonando a pé a van de Althea.
Episódio 13 – duas pessoas ilhadas, John e Victor, e um crocodilo passando na água.
Episódio 14 – fumaça ao fundo, saindo do caminhão que acabara de explodir após ser metralhado.
2. Como a morte de Jim vai afetar Morgan?
Os títulos dos episódios 15 e 16 indicam que Morgan deve ganhar destaque no final da temporada. “I lose people…” e “…I lose myself” são frases que já foram ditas diversas vezes pelo personagem, explicando o quanto a perda de pessoas próximas tem o poder de desequilibrá-lo.
Foi isso, inclusive, que motivou Morgan a deixar Alexandria e migrar para o oeste do país. No entanto, ao final do episódio 15 ele convida o grupo a voltar com ele para Virginia, dando a entender que superou seus traumas e se sente seguro para viver novamente com um grupo de pessoas.
Mas a última cena pode sugerir o contrário, somada ao título do próximo episódio. Um dos últimos pedidos de Jim a Morgan foi não permitir que ele se transformasse em zumbi, perfurando o cérebro dele logo após a morte. Morgan, que já estava se sentindo culpado pela mordida que Jim levou, talvez perca novamente o controle quando Martha aparecer com a versão zumbificada do cervejeiro.
3. As homenagens a The Walking Dead continuam
Fear segue homenageando os primórdios de The Walking Dead, e desta vez o destaque foi para as crianças. Na cena em que Martha ataca Alicia e Charlie, pouco antes de desmaiar, Alicia manda a menina se esconder embaixo de um carro, bem semelhante à cena da segunda temporada de The Walking Dead em que Carl e Sophia se escondem assim enquanto uma horda passava.
Além disso, Charlie usou o chapéu de John até que ele fosse resgatado, lembrando bastante Carl quando era criança e usava o chapéu de xerife de Rick.
4. Uma última cerveja antes de partir
Enquanto estava preso no topo do prédio e contemplando a morte certa, Jim fala sobre a sensação agradável que sua cerveja trazia e que isso seria ótimo naquele momento. No final ele não teve a chance de tomar um último gole de sua cerveja, atirando-se do prédio para salvar os amigos.
O que Jim não chegou a saber foi que sua cerveja aliviou a morte de outra pessoa. Luciana não comentou com o grupo, mas durante sua missão para ajudar Clayton – também conhecido como Polar Bear – ela encontrou uma caixa com a cerveja de Jim, e até conseguiu deixa-la gelada para melhorar a última experiência dele.
5. A fraqueza de Jim
Ao encontrar o corpo de Jim, Martha segue com seu ritual de escrever no rosto do zumbi palavras que representam aquilo que o tornava fraco. No caso de Jim, a vilã mostrou extrema dedicação (ou pelo menos uma memória extraordinária), porque escreveu pedaços da receita de cerveja que ele passou para Sarah via walkie talkie. A fraqueza aqui não era o amor pela cerveja, mas sim estar disposto a se sacrificar pelos amigos – e até mesmo a abrir mão de seu bem mais precioso, a receita de sua cerveja artesanal.
Você percebeu algo além das cinco coisas acima? Deixe abaixo nos comentários para que a gente também possa saber.
Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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Curiosidades
Fear the Walking Dead 4ª Temporada: Episódio 14 foi em memória de Dwayne Haevischer
Quem é Dwayne Haevischer? Depois de assistir o último episódio de Fear the Walking Dead, muitas pessoas fizeram essa pergunta.
Haevischer foi homenageado na tela após o final do episódio da última segunda-feira, e esta foi uma linda forma de honrar alguém que contribuiu tanto para a indústria de entretenimento sem receber muita atenção. Ele era conhecido por seu trabalho no departamento de transporte e como operador de equipamentos, tendo trabalhado na série “The Leftovers” e em diversos filmes, incluindo “Death Proof”. A maior parte do seu trabalho era no mundo dos filmes.
Haevischer faleceu no começo da primavera nos EUA, mas a equipe de Fear the Walking Dead decidiu que este era o momento certo para honrá-lo no final do episódio. Esse tipo de homenagem é incrivelmente significativa, pois garante que alguém nunca será esquecido, mesmo após sua morte. É o tipo de coisa que significa muito para os amigos e família da pessoa, e também para as pessoas que trabalharam com ela.
Ainda que Haevischer não estivesse creditado no IMDb com nenhum trabalho para Fear the Walking Dead, há uma forte conexão aqui pois grande parte da quarta temporada foi filmada no estado – assim como The Leftovers também operou lá por um tempo. Ele foi um dos membros da equipe local que eram os heróis desconhecidos da produção. Às vezes ao assistir essas séries é fácil esquecer de todos que são responsáveis por torná-las um sucesso, mas cada trabalho é importante para tornar a série ou filme realidade.
Nossos sentimentos certamente estão com a família de Haevischer, e esperamos que eles tenham visto e gostado desse detalhe no episódio. Para aqueles que não o conheciam, talvez isso dê uma pequena ideia de por que a série queria dar um pouco de atenção a ele após o episódio. Homenagear membros da equipe desta forma é algo que já foi feito no passado em The Walking Dead. É uma forma de garantir que todos saibam sobre cada pessoa responsável por tornar uma série algo ainda maior.
Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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