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Fear the Walking Dead: Viver e não morrer em Los Angeles

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Nos bastidores da nova “prequel” Fear the Walking Dead, uma mãe, seu filho e seu namorado estão presos na cabine de uma camionete Ford toda batida, aterrorizados porque algo não cheira muito bem na cidade deles.

Após a camionete derrapar para fora de um túnel para dentro do Rio Los Angeles, a mãe tenta freneticamente chamar seu outro filho, enquanto o adolescente carrancudo gira o botão do rádio, buscando informações sem sucesso sobre as cenas perturbadores que eles presenciaram.

“Ninguém está falando sobre isso,” ele diz descrente. “Ninguém está falando nada.”

The Walking Dead tem mais de 20 milhões de espectadores semanais, e essa série paralela permite que a emissora mergulhe novamente em sua enorme e devotada base de fãs, desta vez com um drama familiar sombrio. Ela vai explorar algumas das mesmas ideias de sobrevivência e natureza humana, mas também buscar o seu próprio nicho temático.

A nova série vai fazer da Los Angels urbana e árida um novo personagem, não as paisagens rurais e pantanosas da Geórgia e da Virgínia. E em vez de se iniciar já em quatro ou cinco semanas adentro da epidemia, ela vai mostrar um mundo no início do confronto de uma revelação avassaladora.

“Acho que acima de tudo, Fear the Walking Dead vai poder mostrar as pessoas se deparando com a sociedade desmoronando a sua volta de uma forma que acabamos não explorando em The Walking Dead,” disse Robert Kirkman, o criador de ambas as séries e dos quadrinhos de The Walking Dead.

A série não vem sem riscos para os criadores e para a AMC, que gostaria de adicionar mais destaques dignos de furor para uma grade que já não tem mais “Mad Men” e “Breaking Bad”. Ao contrário da série principal, não há quadrinhos ditando um arcabouço estrutural. O passo lento cuidadosamente calibrado no terror poderia alienar fãs em potencial que preferem mais carnificina zumbi. E spinoffs que não compartilham nenhum dos personagens ou que não são variações do formato policial testado e aprovado são extremamente raros na história da TV.

“Se este funcionar, vai ser o primeiro na minha experiência com televisão,” disse Tim Brooks, um ex-executivo da NBC, USA Networks e Lifetime Television, e o co-autor de “The Complete Directory to Prime Time Network and Cable TV Shows, 1964-Presente.”

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A família mista no centro de Fear the Walking Dead está completamente mal preparada para sobreviver neste mundo em mudança.

Kim Dickens (“Deadwood”, “Treme”) faz o papel de Madison, uma conselheira escolar e mãe solteira de dois adolescentes, um viciado (Nick, interpretado por Frank Dillane) e outro é a aparente “filha de ouro” (Alicia, interpretada por Alycia Debnam-Carey). O namorado de Kim, Travis (Cliff Curtis de “Gang Related”), é um professor de literatura inglesa na mesma escola, e ele acabou de se mudar. Mas ele tem um filho desafeto, que não quer fazer parte desta nova e rígida família e acabou ficando com sua mãe (Elizabeth Rodriguez de “Orange is the New Black”).

“É algo bem focado em dois pais que estão tentando unir todo mundo sob um só teto e protege-los,” disse o showrunner, Dave Erickson, no café da manhã em Los Angeles no meio de Julho. “Os zumbis acabam sendo algo agradavelmente novo.”

Os infectados não se parecem com os monstros apodrecidos ainda. Eles estão todos mais frescos, ainda lembrando os colegas que você viu no trabalho no dia anterior, os familiares com quem você acabou de jantar. Mas agora eles querem rasgar seu pescoço. “É algo que abala,” soltou o Sr. Erickson.

“Seu primeiro impulso é o de ajudá-los, e logo depois, correr,” ele adicionou. “Não é o de pegar uma arma e golpeá-los na cabeça até a morte.”

Um apocalipse em iminência era território conhecido para o Sr. Erickson. Ele havia escrito o piloto para um drama familiar baseado em um tratamento do Sr. Kirkman chamado “Five Year”. O ponto em destaque: Há um meteoro a caminho, você sabe que tem cinco anos até a chegada dele, o que você faz no seu tempo antes que o mundo acabe?

Os dois caras curtiram trabalhar juntos – exceto pela parte em que a série não foi lançada – e mantiveram contato ao longo dos anos. Esforços para trazer os Sr. Erickson até a sala de roteiristas de The Walking Dead nunca funcionaram. Mas quando Kirkman o contatou no final de 2013 para uma colaboração em uma série paralela de The Walking Dead, a sincronia foi perfeita.

AMC finalmente estava pronta para capitalizar com seu maior sucesso. Charlie Collier, o presidente e gerente geral da AMC e da Sundance TV, disse que a pergunta que mais ouve desde que The Walking Dead estreou é o que está acontecendo nos outros lugares durante o apocalipse. Mas apesar de a possibilidade de um spinoff já pronto sobre Walking Dead acontecer desde o início, a ideia nunca progrediu muito além de vagas discussões, mesmo com The Talking Dead, o programa ao vivo da AMC que disseca cada episódio, exibindo números estarrecedores. (A temporada mais recente atraiu uma média de 6,5 milhões de espectadores, de acordo com Nielsen).

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As primeiras temporadas da série principal não foram as mais estáveis – ou seguras – para seus mestres de criação. Frank Darabont (“The Shawshark Redemption”), que desenvolveu a série, foi tirado do cargo de showrunner algumas semanas após o início da segunda temporada. Seu substituto, Glen Mazzara, saiu depois da terceira temporada. Mas com um novo showrunner, Scott M. Gimple, se fixando e as tensões se acalmando, a AMC e Kirkman iniciaram a criação de uma série paralela.

As duas séries cabem sob o mesmo guarda-chuvas mitológico criado por Kirkman em sua série de quadrinhos, com as mesmas regras governando o tipo de zumbis (o tipo perambulante) e como mata-los (esfaqueando, atirando ou esmagando suas cabeças).

Os personagens não sabem das coisas, no início, sobre o que estão enfrentando, e os atores foram encorajados em sua ignorância.

Conforme as entrevistas se aproximavam, a Dickens perguntou aos produtores que episódios de The Walking Dead ela deveria assistir para entender a nova série. A reposta: nenhum.

“Sinto-me melhor assim,” ela disse em um intervalo entre cenas em um domingo nos meados de Julho, com sangue falso aplicado ao lado esquerdo do rosto, pescoço e casaco. “Não quero isso na minha cabeça, nenhuma ideia de como as coisas devem parecer, do apocalipse, ou dos monstros, ou dos infectados, ou do próprio mundo. Deveria ser mais um mistério para mim.”

O público, provavelmente formado por fãs de The Walking Dead, vai estar muitos passos a frente dos novos personagens, que estão apenas lentamente acordando para o terror que os aguarda. E os criadores têm abraçado esse estado de relacionamento de forma alegre, e talvez um pouco sarcástica, ao aumentar a tensão e brincar com as expectativas.

“Para mim, é divertido provocar o público, e acho que o público meio que gosta de ser provocado,” disse Adam Davidson, um coprodutor executivo em Fear the Walking Dead que dirigiu os primeiros três episódios.

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As maiores diferenças entre as duas séries, contudo, está nos protagonistas.

Em Fear the Walking Dead, não há ninguém como o xerife Rick Grimes, que costumava responder a emergências e facilidade com armas de fogo. Em vez disso, temos professores e conselheiros e estudantes e barbeiros.

Erickson disse que quando Kirkman descreveu a ideia pela primeira vez para a nova série, com Madison e Travis trabalhando em uma escola em Los Angeles, a única coisa que ele requisitou era poder levar sua própria bagagem pessoal para a sala dos roteiristas. Um pai divorciado com dois filhos (13 e 15), com uma noiva que tem dois filhos, Erickson ligou a ideia de introduzir as fissuras em uma dinâmica familiar, e então usar o apocalipse zumbi para aumentar essas tensões em uma escala ainda mais épica.

Seus filhos vêm em primeiro lugar? E se seus filhos biológicos se tornarem um fardo muito grande, você se desfaz do elo mais fraco para que o resto do grupo sobreviva?

O cenário de Los Angeles também permitiu que Fear the Walking Dead mostrasse um lado mais arenoso da cidade que tipicamente não vemos nas telas. Os criadores prometem que nunca veremos o letreiro de Hollywood ou zumbis passando pelo Griffith Observatory.

Os personagens principais vivem em El Sereno, um dos bairros mais velhos de Los Angeles e um dos mais diversificados. O elenco reflete a diversidade da cidade. A personagem da Srta. Rodriguez, ex-esposa de Travis, foi reimaginada como Latina após a atriz interpretar o papel, ela disse. Travis foi originalmente escrito como Latino, mas isso mudou para que Maori refletisse a hereditariedade de Curtis.

E Fear the Walking Dead pontualmente explora a experiência imigrante por meio do personagem de Ruben Blades, um barbeiro chamado Daniel Salazar, que fugiu de El Salvador no início dos anos 1980. “Pessoas que vêm para cá têm muitos motivos diferentes,” disse Gale Anne Hurd, uma produtora executiva das duas séries de Walking Dead. Alguns deles estão escapando da violência em seus países de origem, querem recomeçar e Los Angeles é uma cidade para o renascimento, é uma cidade de reinvenção.

Sendo uma série de Walking Dead, os espectadores virão com expectativas de violência – quanto mais nojento melhor. Enquanto alguns dos produtores insinuam em relatos que o sangue tem um papel marginal no sucesso de The Walking Dead, Erickson entende que as armadilhas do gênero zumbi são elementos chave na equação. Afinal, o terreno televisivo é dotado de diversos dramas com personagens bem escritos que se focam em excessos e têm 20 milhões de espectadores por semana.

O ajuste fino da mistura certa de desenvolvimento de personagem e violência zumbi é um dos desafios que ele e seus colegas enfrentam. Particularmente porque a primeira temporada de Fear the Walking Dead tem um ritmo mais lento, contando que os zumbis evoluem lentamente e os roteiristas elevam a paranoia.

O sucesso enorme de The Walking Dead – apenas The Big Bang Theory e N.C.I.S. conseguem audiências maiores, e nenhuma série atrai mais pessoas de 18 a 49 anos que não estejam cheias de propagandas – também traz consigo esperanças de públicos enormes em número. Mas Fear the Walking Dead está se aventurando em um território não testado. A maioria dos spinoffs traz algum personagem do original (“Frasier” de Cheers, ou “Better Call Saul de Breaking Bad da própria AMC ou são clones de práticas policiais (“N.C.I.S.: Los Angeles”), não um drama de personagens seriados. E não há planos pra colocar personagens das duas séries em contato.

“Seria certamente uma boa mini-série,” disse Brooks, o ex-executivo de TV. “Seria um bom filme. Vai se tornar uma série que se estenda por algum tempo? É nesse momento que precisamos ter personagens que as pessoas querem voltar a ver. É a parte mais difícil.”

Já com a autorização para a segunda temporada de 15 episódios, a AMC parece confiante do sucesso potencial da série. Enquanto isso, Erickson se unirá em breve aos roteiristas para fechar as histórias que estão por vir antes do retorno das filmagens da série em Novembro.

Onde quer que Madison, Travis e sua família misturada e estendida se encontrem na próxima temporada, em Los Angeles, em outro lugar da Califórnia ou ao longo da costa Noroeste do Pacífico, eventualmente Erickson gostaria que os sobreviventes fossem rumo ao leste.

“Em algum momento, vou achar interessante a ideia de rumar para o interior do país,” disse Erickson. “Uma expedição Lewis e Clark, ao contrário.”

Fear the Walking Dead estreia mundialmente em 23 de agosto pela AMC. Confira o trailer oficial da temporada e fique por dentro de todas as notícias.

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Fonte: The New York Times
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Fear The Walking Dead Brasil

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Fear the Walking Dead S04E16: 5 coisas que você pode ter perdido em “…I Lose Myself”

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo sexto episódio, S04E16 – “I Lose Myself: “, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Chegamos ao final da quarta temporada de Fear the Walking Dead com um último episódio que deixou a desejar. “…I Lose Myself” (…Eu Me Perco) encerrou o arco da vilã Martha em seu último esforço para tornar Morgan forte – enquanto sem querer quase fortaleceu todo o restante do grupo com suas águas envenenadas com anticongelante.

O episódio deu algumas escorregadas, como o momento em que Althea metralhou o tanque cheio de etanol que poderia salvá-los da intoxicação e o grupo preferiu assistir ao vazamento ao invés de correr para consumir o líquido que se esvaía. E o próprio título não representou bem a história, uma vez que Morgan não chegou a perder a cabeça como nos velhos tempos em nenhum momento.

Em meio a esse embate entre fortes e fracos, alguns detalhes talvez tenham passado despercebidos. Então que tal dar uma olhada nas 5 coisas que você pode ter perdido em “…I Lose Myself”? Confira:

1. Chegamos à conclusão das aberturas

No começo da quarta temporada, os showrunners de Fear disseram que as aberturas contariam uma história, que seria revelada quando todas estivessem reunidas. Aos poucos percebemos que elas sempre se conectavam com o foco do episódio da semana, dando mais destaque a certos personagens ou locais da trama.

As aberturas foram contando a própria história da temporada, acompanhando nosso grupo em seus desafios e perdas. Até que a desta semana fez uma síntese não apenas do episódio, mas de toda a temporada: vemos nela as árvores onde os personagens sentaram para conversar, o rio próximo à rede elétrica onde Martha foi enterrada, a fábrica de jeans ao fundo – que deve nos conectar com o que vem pela frente – e, principalmente, as flores de lavanda.

As flores não apenas lembram a morte de Madison na primeira metade da temporada, como também fazem referência ao seu legado, que foi reforçado por Alicia no final do episódio: “Isso não pode ser apenas sobre as caixas. Nós temos que fazer o que minha mãe fez, transformar isto em algo maior. É assim que você ajuda pessoas.”

Episódio 1 – uma pessoa ao lado de uma fogueira à noite, provavelmente John Dorie.
Episódio 2 – uma caravana passando no fundo, possivelmente os Abutres a caminho do Diamond.
Episódio 3 – as flores azuis que Madison e Nick encontraram durante sua busca por suprimentos.
Episódio 4 – há um efeito de interferência na imagem, como se tivesse sido filmada com a câmera de Althea.
Episódio 5 – duas pessoas caminhando juntas ao fundo, provavelmente John e Laura.
Episódio 6 – um carro solitário, provavelmente representando a saída de Madison, Victor e Naomi.
Episódio 7 – zumbis vagando, em referência ao ataque dos Abutres ao Diamond.
Episódio 8 – pessoas ao lado de uma fogueira à noite, representando o grupo contando/ouvindo o que aconteceu com Madison e o Diamond.
Episódio 9 – nuvens carregadas no céu, indicando uma tempestade se formando.
Episódio 10 – chuva forte e vento, que entorta os postes e arranca algumas das letras dos créditos da tela.
Episódio 11 – o caminhão dirigido pelos irmãos Wendell e Sarah passando ao fundo e destroços da tempestade.
Episódio 12 – uma pessoa ao fundo abandonando a pé a van de Althea.
Episódio 13 – duas pessoas ilhadas, John e Victor, e um crocodilo passando na água.
Episódio 14 – fumaça ao fundo, saindo do caminhão que acabara de explodir após ser metralhado.
Episódio 15 – carro com o alarme acionado, representando a forma que Morgan encontrou para distrair os zumbis que cercavam o hospital.

2. A fraqueza de Morgan

Depois de nocautear Althea, Martha deixou uma mensagem gravada para Morgan em que lamentava que ele insistisse em ajudar aquele grupo, comportamento que o tornava fraco. Nessa hora a própria Martha assume parte da culpa, dizendo “talvez eu não tenha sido forte o suficiente” para torna-lo forte.

Talvez o vídeo tenha tido tanto impacto em Morgan porque ele mesmo já disse essas mesmas palavras em outro momento de sua vida. Na terceira temporada de The Walking Dead, no episódio “Clear”, Rick encontrou Morgan completamente fora de si. Naquela ocasião, entre alucinações e momentos de sanidade, Morgan diz que seu filho Duane morreu por causa de sua própria fraqueza e egoísmo, que o impediram de matar a esposa zumbificada.

3. Às vezes a resposta está embaixo do nosso nariz

Durante boa parte do episódio os personagens focaram no combustível como solução para sua intoxicação pelo anticongelante. Foi só quando Morgan surgiu no final com as cervejas de Jim que fomos lembrados de que “etanol é só um nome bonito para álcool”.

No entanto, a solução já havia sido apresentada muito antes. Desde o instante em que o grupo chegou à parada de caminhões no Mississipi, a câmera focou diversas vezes em cartazes e luminosos de cervejas.

4. Não há ferimento que segure a teimosia de Morgan

Após o acidente de carro provocado por Martha, Morgan percebe que está com a perna ferida, o que – em tese – o impede de continuar o caminho até seus amigos para ajuda-los. Sua determinação, no entanto, é maior, e ele segue o caminho até a parada de caminhões, apesar do ferimento, com direito a uma pausa para buscar as cervejas de Jim.

Quando começamos a temporada ele estava em uma situação semelhante, ainda que inversa. Um ferimento também na perna prejudicava sua mobilidade, e mesmo assim a determinação o mantinha em movimento, com a diferença de que naquela época ele estava tentando fugir das pessoas, ao invés de caminhar em direção a elas.

5. Lar doce lar

Mais uma vez o episódio da semana trouxe uma bela referência às primeiras temporadas da série irmã de Fear the Walking Dead. No final do episódio, quando os personagens chegam à fábrica de jeans que era o posto de abastecimento de Clayton, a imagem lembrou muito o episódio da terceira temporada em que o grupo de Rick observa de longe a prisão que viria a tornar-se seu lar por um período da série.

Você percebeu algo além das cinco coisas acima? Deixe abaixo nos comentários para que a gente também possa saber.

Fear the Walking Dead que é transmitido no canal AMC Brasil encerrou seu quarto ano nos EUA no último domingo, acompanhe nosso site e nossas redes para estar por dentro de todas as informações da quinta temporada.

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Fear the Walking Dead S04E15: 5 coisas que você pode ter perdido em “I Lose People…”

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo quinto episódio, S04E15 – “I Lose People…: “, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Fear the Walking Dead está caminhando para o final da quarta temporada, e o episódio desta semana fez exatamente o que esperamos de um pré-season finale: preparou o terreno. Sem muita ação ou desenvolvimento de personagens, este é tradicionalmente um episódio que apenas prepara a audiência para o final, sem acrescentar muito à trama.

Em “I Lose People…” (Eu perco pessoas…) todos os membros do grupo foram resgatados de alguma forma – literal ou figurativamente – e terminaram o episódio reunidos, com exceção de Al, cuja localização ainda é desconhecida. A morte de Jim já havia sido anunciada, e aconteceu trazendo uma breve redenção para o personagem. E Martha talvez seja parente distante do imortal Daniel (saudades, inclusive), pois nada parece derrubar a vilã.

Enquanto nos preparamos para o episódio final, talvez alguns detalhes tenham passado despercebidos. Que tal dar uma olhada nas 5 coisas que você pode ter perdido em “I Lose People…”? Confira:

1. A estratégia de Morgan foi adiantada na abertura

Toda semana a abertura da série muda um pouco, trazendo algum detalhe que vai aparecer mais adiante no episódio. E dessa vez a abertura entregou bastante coisa, mostrando um carro com o alarme acionado.

No começo do episódio isso não significava muito para a audiência, mas depois descobrimos que essa foi a forma que Morgan encontrou para distrair os mortos enquanto o grupo escapava e, mais tarde, foi a forma como Jim morreu em seu último gesto para colaborar com a fuga dos amigos.

Episódio 1 – uma pessoa ao lado de uma fogueira à noite, provavelmente John Dorie.
Episódio 2 – uma caravana passando no fundo, possivelmente os Abutres a caminho do Diamond.
Episódio 3 – as flores azuis que Madison e Nick encontraram durante sua busca por suprimentos.
Episódio 4 – há um efeito de interferência na imagem, como se tivesse sido filmada com a câmera de Althea.
Episódio 5 – duas pessoas caminhando juntas ao fundo, provavelmente John e Laura.
Episódio 6 – um carro solitário, provavelmente representando a saída de Madison, Victor e Naomi.
Episódio 7 – zumbis vagando, em referência ao ataque dos Abutres ao Diamond.
Episódio 8 – pessoas ao lado de uma fogueira à noite, representando o grupo contando/ouvindo o que aconteceu com Madison e o Diamond.
Episódio 9 – nuvens carregadas no céu, indicando uma tempestade se formando.
Episódio 10 – chuva forte e vento, que entorta os postes e arranca algumas das letras dos créditos da tela.
Episódio 11 – o caminhão dirigido pelos irmãos Wendell e Sarah passando ao fundo e destroços da tempestade.
Episódio 12 – uma pessoa ao fundo abandonando a pé a van de Althea.
Episódio 13 – duas pessoas ilhadas, John e Victor, e um crocodilo passando na água.
Episódio 14 – fumaça ao fundo, saindo do caminhão que acabara de explodir após ser metralhado.

2. Como a morte de Jim vai afetar Morgan?

Os títulos dos episódios 15 e 16 indicam que Morgan deve ganhar destaque no final da temporada. “I lose people…” e “…I lose myself” são frases que já foram ditas diversas vezes pelo personagem, explicando o quanto a perda de pessoas próximas tem o poder de desequilibrá-lo.

Foi isso, inclusive, que motivou Morgan a deixar Alexandria e migrar para o oeste do país. No entanto, ao final do episódio 15 ele convida o grupo a voltar com ele para Virginia, dando a entender que superou seus traumas e se sente seguro para viver novamente com um grupo de pessoas.

Mas a última cena pode sugerir o contrário, somada ao título do próximo episódio. Um dos últimos pedidos de Jim a Morgan foi não permitir que ele se transformasse em zumbi, perfurando o cérebro dele logo após a morte. Morgan, que já estava se sentindo culpado pela mordida que Jim levou, talvez perca novamente o controle quando Martha aparecer com a versão zumbificada do cervejeiro.

3. As homenagens a The Walking Dead continuam

Fear segue homenageando os primórdios de The Walking Dead, e desta vez o destaque foi para as crianças. Na cena em que Martha ataca Alicia e Charlie, pouco antes de desmaiar, Alicia manda a menina se esconder embaixo de um carro, bem semelhante à cena da segunda temporada de The Walking Dead em que Carl e Sophia se escondem assim enquanto uma horda passava.

Além disso, Charlie usou o chapéu de John até que ele fosse resgatado, lembrando bastante Carl quando era criança e usava o chapéu de xerife de Rick.

4. Uma última cerveja antes de partir

Enquanto estava preso no topo do prédio e contemplando a morte certa, Jim fala sobre a sensação agradável que sua cerveja trazia e que isso seria ótimo naquele momento. No final ele não teve a chance de tomar um último gole de sua cerveja, atirando-se do prédio para salvar os amigos.

O que Jim não chegou a saber foi que sua cerveja aliviou a morte de outra pessoa. Luciana não comentou com o grupo, mas durante sua missão para ajudar Clayton – também conhecido como Polar Bear – ela encontrou uma caixa com a cerveja de Jim, e até conseguiu deixa-la gelada para melhorar a última experiência dele.

5. A fraqueza de Jim

Ao encontrar o corpo de Jim, Martha segue com seu ritual de escrever no rosto do zumbi palavras que representam aquilo que o tornava fraco. No caso de Jim, a vilã mostrou extrema dedicação (ou pelo menos uma memória extraordinária), porque escreveu pedaços da receita de cerveja que ele passou para Sarah via walkie talkie. A fraqueza aqui não era o amor pela cerveja, mas sim estar disposto a se sacrificar pelos amigos – e até mesmo a abrir mão de seu bem mais precioso, a receita de sua cerveja artesanal.

Você percebeu algo além das cinco coisas acima? Deixe abaixo nos comentários para que a gente também possa saber.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Fear the Walking Dead 4ª Temporada: Episódio 14 foi em memória de Dwayne Haevischer

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Quem é Dwayne Haevischer? Depois de assistir o último episódio de Fear the Walking Dead, muitas pessoas fizeram essa pergunta.

Haevischer foi homenageado na tela após o final do episódio da última segunda-feira, e esta foi uma linda forma de honrar alguém que contribuiu tanto para a indústria de entretenimento sem receber muita atenção. Ele era conhecido por seu trabalho no departamento de transporte e como operador de equipamentos, tendo trabalhado na série “The Leftovers” e em diversos filmes, incluindo “Death Proof”. A maior parte do seu trabalho era no mundo dos filmes.



Haevischer faleceu no começo da primavera nos EUA, mas a equipe de Fear the Walking Dead decidiu que este era o momento certo para honrá-lo no final do episódio. Esse tipo de homenagem é incrivelmente significativa, pois garante que alguém nunca será esquecido, mesmo após sua morte. É o tipo de coisa que significa muito para os amigos e família da pessoa, e também para as pessoas que trabalharam com ela.

Ainda que Haevischer não estivesse creditado no IMDb com nenhum trabalho para Fear the Walking Dead, há uma forte conexão aqui pois grande parte da quarta temporada foi filmada no estado – assim como The Leftovers também operou lá por um tempo. Ele foi um dos membros da equipe local que eram os heróis desconhecidos da produção. Às vezes ao assistir essas séries é fácil esquecer de todos que são responsáveis por torná-las um sucesso, mas cada trabalho é importante para tornar a série ou filme realidade.

Nossos sentimentos certamente estão com a família de Haevischer, e esperamos que eles tenham visto e gostado desse detalhe no episódio. Para aqueles que não o conheciam, talvez isso dê uma pequena ideia de por que a série queria dar um pouco de atenção a ele após o episódio. Homenagear membros da equipe desta forma é algo que já foi feito no passado em The Walking Dead. É uma forma de garantir que todos saibam sobre cada pessoa responsável por tornar uma série algo ainda maior.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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