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Review Fear the Walking Dead S04E04 – Buried: Efeito borboleta
Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quarto episódio, S04E04 – “Buried”, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Ser fã de uma série que lida com duas linhas temporais coetaneamente não tem sido fácil. Confesso como ato de extremo reconhecimento de incapacidade que as vezes se torna difícil compreender o que a série está querendo demonstrar como um todo quando há informações cruzadas. Isso necessariamente significa que tenha desgostado do que Fear tem apresentado? Indiscutivelmente: não! Fear tem causado um sistema de confusão nos fãs que é totalmente enriquecedor. Levar os fãs a nunca saberem exatamente o que aconteceu tem sido a fórmula certa para o sucesso do enredo.
O episódio de número quatro traz os desdobramentos da morte de Nick e finalmente uma abertura à Althea advinda de nossos heróis. É por meio da rendição às gravações da jornalista que começam a ser elucidados aspectos até agora ocultos ao telespectador.
Com um episódio subitamente menos intenso Fear novamente confirma o que já é evidente: sabe lidar muito melhor que a série mãe com enredos menos acelerados. Por mais que o ritmo tenha despencado, a série secundária sabe exatamente como contextualizar e prender a atenção do telespectador.
Começamos a ser imersos mais afundo sobre o que ocorreu com Diamond e seus moradores. Descobrimos que os problemas com os suprimentos têm cada vez mais se agravado e Madison se vê encurralada. Inclusive, Mel – o chefe dos abutres – deixa totalmente aberta mais uma possibilidade para o paradeiro da líder: ter se unido a eles para se livrar dos problemas que Diamond iria enfrentar.
Grupos de busca saem para inspecionar melhor a área que cobrem. Enquanto Strand sai com seu possível quase namorado, Alicia e Naomi se aliam numa missão por suprimentos. Nick e Luciana possuem seu momento solo como casal.
Entre Strand e seu amigo íntimo, vemos que as coisas poderiam ir bem se o maior medo de Victor não se tornasse realidade: saberem exatamente quem ele é. Strand é totalmente egoísta, orgulhoso e nada altruísta. Ocorre que com o salto temporal, tentou esconder isso dos olhos dos novos sobreviventes que conheceu. Entretanto, fica totalmente explícito que sua “evolução” se deu apenas por aparência e que ele tem escondido inclusive de Madison, uma alternativa para caso Diamond desmorone: um carro totalmente repleto de mantimentos para que sobreviva ao menos um mês.
Luciana e Nick – no passado, antes de morrer por óbvio – acabam chegando a uma biblioteca. Enquanto ela não consegue compreender as razões de Nick de estar tão ligado à causa de Charlie, ele demonstra total ignorância com os questionamentos da amada e está disposto a reconquistar a garotinha. A ligação de Nick com Charlie até agora não foi tão bem explicada, mas há algo muito forte que os une.
Em uma tentativa de mudar todas as coisas, Luciana acha um atlas e diz que abrirá em uma página qualquer e o local que estiver sendo indicado no mapa será o destino dos dois. Ocorre que sua ideia acabou por abrir os olhos de Nick para algo: se eles forem a outro lugar mais longínquo buscarem sementes e equipamentos para plantio, poderiam ter uma chance em Diamond. O lugar indicado por Luciana no mapa é o norte dos Estados Unidos – nesse momento eu fiquei alvoroçado com a expectativa de ser o Nordeste da América e ter a certeza que o grupo de Rick iria colidir com o de Madison de forma total.
Entrementes, Alicia e Naomi chegam ao que parece ter sido um parque aquático. Deixando de lado os nojentos walkers nas piscinas, temos cenas intensas de ação nesse núcleo. Entretanto, tenho que confessar que fiquei questionando a inteligência das duas personagens ao resolver subir no sentido contrário por um tobogã. Será que não havia maneira mais fácil de fazer aquilo sem se arriscar tanto?
Mais uma vez temos Naomi tentando fugir das mãos de Alicia e fracassando. Naomi fala pouco sobre seu passado e de onde veio. Ela reluta com tudo o que deixou para trás e tem se tornado uma personagem interessante de acompanhar.
Os três núcleos são relatados para Althea. No fim de todos os relatos temos outra revelação: Alicia, Luciana e Strand estão indo lutar contra os Abutres. E por quê? Porque conforme eles mesmos indicaram, Diamond desmoronou e todos que estavam lá dentro morreram, inclusive Naomi que também pode ser chamada de Laura, a mulher por quem John tanto procura.
Após finalmente enterrarem o corpo de Nick – que sinceramente, estava me agoniando a ideia de estarem carregando o corpo por todo aquele tempo enquanto conversavam – vemos o desprendimento da história: Althea segue junto com o trio em busca do extermínio dos Abutres enquanto John e Morgan se deslocam em direção ao que restou de Diamond.
Então, basicamente temos teorias que cada vez mais se fortificam: ou Madison está morta desde que a quarta temporada estreou, ou ela simplesmente abandonou o grupo à própria sorte – inclusive a filha – e seguiu junto aos Abutres. Claro que esses dois caminhos podem ter variações, como: o grupo acha que Madison morreu dentro de Diamond, mas na verdade ela está viva inclusive junto à Naomi e, para o segundo ponto, Madison foi sequestrada por Mel por algum motivo ainda não indicado.
Parece loucura falar em Madison se juntando aos Abutres e abandonando seus aliados, mas a fala de Mel conjunta ao relato dos três para Althea pode ter brincado com isso. Strand, Luciana e Alicia deixam muito claro que as ações que eles desempenharam mudaram totalmente o futuro de Diamond. E se isso significa que tudo o que fizeram (as mentiras de Strand junto a dificuldade que teria que enfrentar para conseguir os suprimentos – ir até o Norte – e somado a desesperança que Naomi relatou quanto a continuidade do estádio) trouxeram uma quebra à Madison que passou a desacreditar em seus aliados e compreender que realmente, Diamond não conseguiria se manter, então seria melhor que ela agisse como Mel e fugisse do local antes que tudo desmoronasse junto dela?
A ideia de termos a protagonista transformada na vilã central me agrada. É totalmente diferente e longe de tudo o que já foi explorado em qualquer série. Nós acompanhamos Madison como a mocinha da história até então e de repente a vemos se tornar o maior vilão, voltando-se contra sua própria filha.
Ora, Fear veio com a intenção de demonstrar drama familiar. O quão dramático no enredo de família seria se a série tomasse essas medidas e demonstrasse o embate entre mãe e filha que se obrigam a se opor em prol da sobrevivência? Sei que tudo isso é longe demais e pode ser totalmente utópico. Mas é uma possibilidade que não pode ser descartada. Aliás, nenhuma hipótese pode ser descartada em Fear, já que não temos material base para nos basear na hora de teorizar.
O que você acha que está acontecendo nessa cruza de linhas temporais? Qual sua opinião? O que você espera do futuro da série? Deixe abaixo nos comentários.
Fear the Walking Dead vai ao ar LEGENDADO aos domingos, às 22h30, e DUBLADO as segundas, às 23h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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