2ª Temporada
Fear the Walking Dead 2ª Temporada – Comentários do episódio 7: “Shiva” (COM SPOILERS)
Post destinado a comentários do episódio “Shiva” da segunda temporada de Fear the Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!
Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.
SINOPSE: “Nossa família enfrenta o maior teste até agora. Travis, Madison e outros se esforçam ao máximo para manter os outros por perto.”
Roteiro: David Wiener | Diretor: Andrew Bernstein
DISCUSSÃO DO EPISÓDIO “SHIVA”:
Aproveitando para se afastar ainda mais da série original, e coberto de momentos trágicos e de extrema tensão, a primeira parte da segunda temporada de Fear the Walking Dead finalmente chegou ao fim. Após as dicas sobre o que viria depois dos acontecimentos da última semana, “Shiva” entregou um aprofundamento muito bem escrito em relação aos ideais da comunidade religiosa onde o grupo principal se instalou, e encerrou o “2A” de forma satisfatória (e até mesmo surpreendente).
O desenvolvimento dos personagens neste novo ano foi realmente um ponto bastante elogiado por muitos – inclusive pela crítica especializada. Talvez exceto por Ofelia, a trama fluiu muito bem ao redor do grupo principal, explicando o passado (Strand e Daniel), mostrando posições de liderança (Madison e Travis), erros e acertos em decisões (Nick e Alicia), e mudanças psicológicas que vieram com o novo mundo (Chris). Após correr atrás da escolha e não se suicidar ao lado de Thomas, Victor acabou provocando Celia, que ordenou a saída de todos que estavam a bordo de Abigail da comunidade. Como já imaginado, os rumos foram outros, e as coisas não acabaram do jeito esperado.
Dividido em núcleos, o episódio funcionou justamente por entregar o tempo necessário para cada personagem que estava disposto a desenvolver. Para facilitar a argumentação, prefiro citar alguns separadamente:
– Nick: Enxergo ele como a alma da série, já que a jornada parece ser construída a partir do seu primeiro contato com os infectados. Mostrar a relação aberta dele com Celia acaba trazendo uma perspectiva interessante ao modo como ele tem encarado o mundo desde todo o início da catástrofe. Logo no final do capítulo, quando ele é visto andando em meio a horda, é visível a tentativa de mostrar o contraste entre sua vida antes do apocalipse com o comportamento dos “walkers”.
– Chris: Provavelmente uma das maiores surpresas em relação a desenvolvimento de personagens. Vimos o garoto perder a mãe, ficar revoltado, ter que matar um humano por misericórdia, e por último, sofrer com o peso de todas essas ações. Transformá-lo em um “protótipo” de psicopata trouxe um ar novo para a trama, aliás, é um mocinho virando vilão. Por mais que as coisas tenham acabado “bem” no plot, a relação de pai e filho do menino com Travis ainda mostra grandes chances de trazer um final um pouco mais trágico. Se eu pudesse apostar, a situação Lizzie/Mika da série original pode vir a se repetir aqui.
– Daniel: O desenvolvimento de Salazar sempre foi uma boa jogada dos roteiristas. Transportado para a tela de forma majestosa por Ruben Blades, o peso do apocalipse sobre o homem acabou puxando terríveis experiências do passado, deixando-o definitivamente instável. Não acredito que os roteiristas teriam capacidade de jogar tanto potencial fora com a morte banal que ocupou os trágicos momentos finais, por isso não lamentarei a saída do personagem até a confirmação no retorno.
– Victor, Madison e Ofelia – Mesmo que esta última não mantenha um desenvolvimento agradável desde sua entrada no S01E02, ainda assim consegue esbanjar carisma com seus poucos momentos em cena, principalmente ao lado do pai e Nick. Já Clark e Strand continuam sendo presenças de peso para a trama, com um leque absurdo de possibilidades para a trama percorrer daqui pra frente.
Em termos técnicos, o episódio foi definitivamente um dos pontos fortes da segunda temporada até aqui. Com uma direção muito bem orquestrada pelo ótimo Andrew Bernstein (12 Monkeys, Mad Men), “Shiva” fica atrás apenas do ótimo “The Good Man”, season finale da primeira temporada.
Portanto, aqui encerra-se mais um ciclo para a família “Fear”. Não vou negar, achei o desenvolvimento inicial deste ano bastante parado e pouco consistente. Entretanto, os cinco episódios finais provaram que o rumo da trama parece estar extremamente distante da série original, e, entre pequenos erros e grandes acertos, o resultado acabou até acima daquilo que esperava.
Para quem ainda insiste em perguntar, SIM, Fear the Walking Dead vale muito a pena.
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