Entrevistas
A produtora Gale Anne Hurd fala sobre o episódio piloto de Fear the Walking Dead
Modern Family no Apocalipse Zumbi: Esta é uma maneira de enquadrar o spinoff super aguardado da AMC, Fear the Walking Dead. O criador Robert Kirkman tentou deliberadamente diferenciar essa série, localizando-a em Los Angeles, e contando a história através dos olhos de uma família estendida um pouco disfuncional com dois adolescentes muito diferentes.
A Forbes conversou sobre este novo grupo de personagens, bem como as decisões do elenco, com a produtora Gale Anne Hurd. Confira:
Vamos falar sobre o grupo central de personagens e com o que eles lidam no episódio piloto. Há uma vibe interessante com as famílias interculturais, os padrastos e crianças.
Gale Anne Hurd: Isso faz parte. Nós também nunca tivemos pessoas na faixa etária de faculdade na série. Este era outro mundo inteiramente novo a ser explorado, com idades que nós nunca realmente tínhamos explorado. E nós estamos observando o que acontece numa família que já estava lidando com um drama significativo antes do apocalipse. Eles pensaram que seu prato emocional já estava cheio, e agora o mundo está infectado com um vírus que transforma as pessoas em zumbis.
Kim Dickens pode ser a minha atriz favorita da televisão. Tão bem quanto ela estava em Deadwood e Treme, ela realmente carrega esta série.
Gale Anne Hurd: Nós realmente fizemos uma busca internacional por todos os atores, e é por isso que temos atores de todo o mundo. Madison é a primeira pessoa que você precisa se conectar. Ela é a que tem o filho viciado em drogas. Ela está tentando fazer as coisas darem certo com o namorado que acabou de se mudar. Ela realmente se considera uma “pessoa que você não deve se relacionar”, pois quem se apaixona por ela está herdando os problemas existentes na sua família.
Kim Dickens é uma atriz fantástica, ela não precisa dizer nada e mesmo assim você consegue entendê-la. Não só o quão profundamente ela se preocupa com seus filhos, mas também com as crianças do ensino médio. Ela quer consertar as coisas. Como uma conselheira de orientação que é seu trabalho. Mas ela não consegue consertar sua própria família.
Nick é uma espécie de confusão, mas no final do primeiro episódio, ele realmente tem a melhor sacada da realidade da situação e consegue salvar a todos.
Gale Anne Hurd: Há uma dualidade no personagem de Nick que é interpretado muito bem por Frank Dillane. Nick é um personagem muito complexo para trazer à vida. Poderia ter sido não só uma pessoa de apenas uma nota, mas alguém de que não gostamos profundamente. Mas ele tem sido capaz de nos levar a investir nele como um personagem, e investir nessa dualidade. É uma dualidade que dependentes químicos têm. Eles podem ser muito charmosos. Mas, afinal, tudo o que importa é a sua próxima dose.
Isso é algo que nunca tivemos que pensar em The Walking Dead. Apesar de um pouco de bebedeira, The Walking Dead é bastante saudável nesse aspecto.
Gale Anne Hurd: Mas um dos personagens que não é [particularmente saudável] é também um dos mais amados: Daryl Dixon. Embora Daryl não faça parte dos quadrinhos também.
Ao contrário de The Walking Dead, onde fomos logos jogados no meio da ação, no episódio piloto gastamos muito tempo desenvolvendo esses personagens, mesmo à custa de mostrar um monte de zumbis.
Gale Anne Hurd: É importante ter uma estratégia para mostrar os novos personagens que não existiam antes da série. Até o final do episódio piloto e, certamente, até o final da primeira temporada, eles precisam sentir-se tão familiarizados com eles quanto já estão com os personagens da história em quadrinhos.
Como Fear the Walking Dead funciona na construção de The Walking Dead como um negócio?
Gale Anne Hurd: Isso não é o meu foco. Os direitos são controlados pela Skybound e AMC. Da minha perspectiva a única razão para fazer isso é que a série seja boa o suficiente para que valha a pena assistir mesmo se não existissem os quadrinhos e The Walking Dead. Se a série conseguir manter-se por si mesma, independentemente desse universo, nós tivemos sucesso e é assim que aproximamos as séries.
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Fonte: Forbes
Tradução: Marina Griffin / Staff Fear the Walking Dead Brasil