Entrevistas
Cliff Curtis fala sobre Fear the Walking Dead e a relação de seu personagem com os Clark
Ele é o Rick Grimes da costa oeste? É o que veremos, mas Travis Manawa, interpretado por Cliff Curtis, teve um bom começo na estreia da série derivada de The Walking Dead, Fear the Walking Dead. Entre ajudar o filho viciado de sua namorada, forjar uma relação melhor com seu filho adolescente e manter todos a salvo em uma crise de saúde que só dá pistas de que se tornará épica, Travis provou ser um homem de família devotado à sua mistura – ou como preferir, ainda se combinando – família.
O ator neozelandês Curtis, que já protagonizou as séries “Trauma”, “Missing” e “Gang Related”, falou com o Yahoo TV sobre o que o atraiu ao universo dos mortos (apesar de não ser um fã do gênero), como Travis irá se virar na primeira temporada, como Travis ganhou a confiança de seu enteado viciado, Nick, e o grande problema que virá (relativamente falando, no começo do apocalipse zumbi) para o casal Travis e Madison.
Você era fã da série original ou do gênero zumbi, antes de assinar para Fear the Walking Dead?
Cliff Curtis: O gênero, de verdade, eu acho assustador. Fui apresentado ao gênero através da série. Ambos, Kim (Dickens) e eu fomos informados pelo estúdio e criadores que não seria necessário que lêssemos os quadrinhos ou assistíssemos a série, porque quanto menos você souber sobre isto, será melhor, em tempos de ameaça é realista. Não o tratamos como um programa sobre zumbis. Lidamos como se fossem pessoas reais em situações reais. Ambos optamos por manter distância do outro programa, aparecer no trabalho e fazer isto, descobrir o mundo com os telespectadores.
O que atraiu você para a série, a interpretar Travis?
Cliff Curtis: Eu achei o roteiro um estudo muito bom sobre pessoas e personagens, eu amei a vulgaridade de algumas pessoas. Não era o tipo de série com heróis em ação; era mais sobre pessoas normais que tem um longo caminho a percorrer até estarem aptos a lidar com este tipo de devastação que está acontecendo no mundo. Eu estava realmente intrigado em ver personagens realistas neste gênero, e então tratar isto como real, como o oposto de um truque. E Travis é um cara que conserta coisas, ele é idealista, um cara otimista. Ele ama consertar as coisas; ele é muito enraizado em seu estilo de vida familiar e comunitário. Ele é realmente um cara legal, e é um grande modo para mim explorar o personagem que é essencialmente bom em um mundo que é caótico e como segurar a onda dando o melhor de si e acreditando no melhor da humanidade.
Por necessidade, com este enredo, nós provavelmente veremos uma grande evolução para ele então.
Cliff Curtis: Sim, vai ser bem extremo, e eu acho que vamos desenvolver isso da maneira mais longa que puder, e fazer com que seja o mais difícil pra ele aceitar o novo mundo que está por vir para ele e sua família. Eu realmente gostei disso e está sendo ótimo trabalhar com os criadores do programa, porque eles tem sido bem abertos a pequenas sugestões. Eu fiz e isto mudou a trajetória do personagem. Queria ter certeza de que seria crível como um professor de Literatura e que de repente começou a se transformar em um herói fodão imediatamente. Queria ter algum tempo pra este cara em termos do que ele terá que fazer para proteger sua família.
Quando encontramos Travis, Madison e os filhos deles é óbvio que eles não estão felizmente entrosados como família ainda, mas estão tentando fazer isto, particularmente Travis e seus esforços pra ajudar Nick. Eles vão conseguir continuar mesmo quando estiverem profundamente metidos no apocalipse?
Cliff Curtis: Eu acho que é muito específico, muito rico e um ambiente social natural para nós explorarmos neste mundo. É algo com o que podemos ter empatia. Todos conhecemos pessoas que vem de famílias destruídas o antídoto contemporâneo para isso é montar uma nova família. É como, “Sim, papai agora tem uma família nova, mas isso não quer dizer que você tem que ser excluído disso. Mamãe deve ser viúva, mas isso não significa que ela tem que ficar sozinha pelo resto da vida… ninguém pode substituir seu pai mas aqui está um bom homem que pode se tornar parte da sua vida.”
Eu penso que quando você está lidando com um gênero forte como o nosso, com zumbis e um apocalipse, capturar a imaginação da audiência, envolvê-los emocionalmente, o grupo de personagens tem algo acontecendo entre eles que a audiência pode ter empatia e perceber. Uma família misturada é realmente inspiradora para muitas famílias e que encontramos esta quando eles estão no meio deste processo e o apocalipse acontece bem quando estão mais vulneráveis, creio que isso acrescente mais tensão ao processo.
Isto não quer dizer que desistimos dessas coisas porque são as que mais tem significado para nós. Um tempo de crises e desastres naturais traz duas coisas coisas para famílias e sociedade: os une, porque eles precisam um do outro mais do que nunca, mas também aumenta as estacas e o nível de estresse na família. Eles se tornam separados ao mesmo tempo que estão sendo colocados juntos.
Uma das melhores cenas na estreia foi entre Travis e Nick no hospital. Nick estava bem abalado pelo que havia visto na igreja. Mas então ele se abre com Travis sobre seus medos e sobre a possibilidade de estar enlouquecendo. Eles não aparentam ser próximos ainda, mas Nick escolhe confiar em Travis. Por que?
Cliff Curtis: Bem, primeiro, eu acho realmente importante para a garotada, principalmente os adolescentes, ter adultos com quem possam conversar em suas vidas. Eles só precisam de alguém pra falar, porque conversar com seus pais pode ser algo pesado, emocionalmente carregado – especialmente com alguém como Nick, que desapontou sua mãe várias vezes. E Travis aproveita o tempo para estar lá quando não teria que estar. Nick não é seu filho e ele não precisa se dar ao trabalho, mas este é o tipo de cara que o Travis é. Nick está sem opções. Ele não tem amigos. Parte é isto, e outra parte é que Travis é este cara. Ele é realmente um bom homem que aproveita um tempo para ouvir as pessoas quando ninguém mais o faria.
Nick quer o amor de sua mãe e Travis quer o mesmo, então continua a ser uma relação imprevisível. Eu temo que não exista uma estrada fácil para Travis e Nick.
E sobre Travis e Madison? A relação deles é bem sólida e, como você disse, obviamente ele é o cara legal que vai além das expectativas. Mas há alguns grandes desafios no caminho também, entre os problemas familiares e o apocalipse iminente. Eles poderão lidar com isso?
Cliff Curtis: Bem, eu acho que não há nada mais tentador em uma nova relação do que ter uma relação passada, como a ex mulher de Travis. Lisa é uma mulher bem atraente do jeito dela, e isto não é como se elas estivessem competindo… eu acho que há mais linhas que Travis e Madison tenham uma nova relação, e como é forte como quando os encontramos, relacionamentos são coisas delicadas. Por conta dos desafios que vem, Travis e Madison tem que conhecer um ao outro e a si próprios enquanto travam o apocalipse, e é inesperado o que eles aprendem sobre isso.
Podemos fingir dizer que sabemos o que fazer quando o apocalipse acontecer, mas realmente não temos ideia. Travis e Madison começam com uma relação muito forte, mas eles ainda estão se conhecendo. O que acontece é que descobrem que estão tomando lados opostos em termos de como lidar com certas situações. De toda forma, a relação com a ex-mulher dele… o casamento deles pode ter falhado mas eles tem 13 anos juntos. Eles tem uma comunicação simples, e em crise, eles conhecem um ao outro, e sabem o que fazer. Eles não tem nem que discutir as coisas e em uma crise é algo que você realmente precisa. Você precisa saber onde a outra pessoa está, que vocês estão de acordo. Travis e Lisa concordam nas coisas, e então Travis e Madison discordam, então se monta uma dinâmica super divertida entre esta família bagunçada.
Você mencionou não querer que Travis seja o tipo de herói de ação não realista, especialmente da noite pro dia. Mas eles será chamado para a ação com frequência…
Cliff Curtis: Eu amo isto. Eu amo fazer ação. Eu acho que ação é divertido e há muito disto nessa série. Eu quero fazê-lo no ponto de vista de um professor de literatura inglesa que passou sua carreira inteira tentando convencer adolescentes a ser bons cidadãos e a acreditarem em ordem social e boa conduta, e a confiar na bondade da humanidade. Ele é devotado como professor. Eu quero que ele seja alguém que era bom em algo mas não necessariamente em ser um herói de ação.
E ele tem que evoluir. Ele não é certamente um fracote, e ele pode cuidar de si mesmo se for forçado a isso. Mas não vai ser o padrão dele. Travis é mais um idealista, então ele vai segurar seus ideais como um professor. Você sabe, “Vamos lá, garotada, não vamos colocar brigas como primeiro recurso. Nos podemos dialogar.” Enquanto Madison… ela é o tipo de garota que age primeiro e pergunta depois.
Você já terminou de gravar todos os seis episódios da primeira temporada?
Cliff Curtis: Sim, estou fazendo sessões de ADR. Por algumas semanas, eu tenho que ficar em uma pequena cabine e redublar algumas falas e acrescentar um grito aqui e ali, ou um tipo de respiração assustada, como se tivesse me escondendo atrás de coisas, olhando pela janela. É bem divertido.
Como você se sente ao final destes seis? Foi difícil deixar a história e seu personagem pra trás?
Cliff Curtis: É realmente proveitoso este programa porque eu realmente adorei o roteiro, cada episódio. Eles começam com uma fagulha relativamente pequena nos primeiros episódios, mas então, a cada três, quatro, cinco, seis episódios, ele cresce em termos de tensão e participação. Para mim, foi realmente divertido ler o roteiro e ver o nível de comprometimento dos criadores para que isto virasse verdade. Como as revoltas no segundo episódio, você as sente de verdade. Então quando você vê os infectados, de primeira não são como zumbis. Eles são como pessoas que foram infectadas com uma doença realmente ruim e eles sentem de verdade.
Mas deixa eu te dizer, quando acabamos os seis… eu não sabia quanta energia tinha investido neles. Eu estava exausto, mas tão ocupado me divertindo, como aquelas crianças no parque. Eles não querem sair do parque; eles querem apenas ficar lá e brincar, brincar e brincar, e quando é hora de ir pra casa, eles apagam no carro. Foi o que aconteceu comigo. Uma vez que terminamos, eu de repente senti o quão cansado estava, e apaguei por uma semana. Eu não conseguia levantar de manhã. Eu sou um cara matutino. Eu acordo às 3, 4, 5 da manhã, mas naquela semana, eu não conseguia sair da cama.
Você deve estar animado para voltar, então, para a segunda temporada?
Cliff Curtis: Sim. Eu estou realmente esperando por isto. Estou muito curioso sobre onde iremos na segunda temporada, porque fomos deixados no suspense.
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Fonte: Yahoo
Tradução: Jany Caetano / Staff Fear the Walking Dead Brasil
Entrevistas
Jenna Elfman fala sobre peixes fedidos e zumbis voadores no episódio de retorno de Fear the Walking Dead
A quarta temporada de Fear the Walking Dead encontrou nossos sobreviventes ainda lutando para seguir em frente após as mortes de Madison (Kim Dickens) e Nick Clark (Frank Dillane) e lidar com uma nova ameaça na forma de um furacão que chegou nos momentos finais do episódio.
June (Jenna Elfman) – anteriormente conhecida como “Laura” e “Naomi” – está morando em um ônibus escolar com John Dorie (Garret Dillahunt) e Charlie (AlexaNisenson) em uma espécie de unidade familiar. É legal, mas nem tudo está bem. Charlie ficou tão traumatizada com as coisas que ela fez e viu que ela mal fala e quase se permitiu ser comida por um andador, enquanto June está lutando com quem ela é. John quer voltar para sua cabana onde ele e “Laura” viveram antes dela fugir, e June se preocupa que ela pode não ser capaz de se estabilizar e então John descobre que ela realmente é uma desistente.
“Eu não sou Laura”, ela diz a Al (Maggie Grace). “Eu sou a mulher que ficou com medo e fugiu. Não só de John, de todos.” Mas Al diz a ela que a pessoa que ela é com John é a pessoa que ela é agora. Seu passado não precisa mais ditar seu futuro. E esta nova e melhorada June será testada enquanto ela e Al resistem à tempestade que barrou o caminhão da SWAT de Al. A tempestade está forçando June a ficar parada e se confrontar consigo mesmo, o que veremos no episódio 12 desta temporada.
Aquele era um peixe real que você estripou?
Jenna Elfman: Sim, foi! Repetidamente! Tomada após tomada! E sinto como se a tomada que eles usaram foi a que eu disse “Tem algo de errado. Esse peixe não está bem.” O mais repugnante e fedorento – todos os outros estavam normais e cheiravam frescos, mas aquele tinha algo errado. Suas entranhas eram tão nojentas e fedorentas. Foi terrível.
Você teve alguma experiência anterior com evisceração de peixe?
Jenna Elfman: Eu aprendi como estripar um peixe no episódio 4×05, “Laura”, com Garret Dillahunt, que foi onde eu tive um pescador que me deu uma lição oficial sobre como estripar um peixe. Então isso foi um bom retorno para esse episódio.
Você pode me contar mais sobre o relacionamento de June com Charlie? Elas desenvolveram um relacionamento mais próximo que nós realmente não vimos quando elas estavam com os Abutres, e é por isso que June a adotou?
Jenna Elfman: Eu acho que por padrão, June é mãe. Ela tinha uma garotinha. E eu acho que quando você é pai, você é pai ou mãe, é isso aí. Você é sempre um pai. E June também é enfermeira, e acho que cuidar faz parte de seu DNA. E acho que também é cura. E há um pouco de unidade lá com ela e John, em seus pequenos estágios exploratórios. Eu acho que provavelmente é só por padrão, por instinto. Meio que faz sentido ela cuidar de Charlie.
O que está acontecendo com ela?
Jenna Elfman: Bem, vejamos, ela tem 11 anos e perdeu os dois pais e assassinou uma pessoa. Eu acho que isso pode deixar uma garotinha traumatizada, não é?
Bem, quando você coloca dessa forma…
Jenna Elfman: Eu acho que, às vezes, quando as pessoas estão vendo, estão tão acostumadas com o apocalipse, que esquecem quais são os efeitos reais de estar em torno de tanta violência e de pessoas tão malvadas umas para as outras. A personagem, e Alexa, quando ela estava filmando, tinha 11 anos.
É uma coisa pesada até para um ator tão jovem lidar.
Jenna Elfman: Ela é incrível, no entanto. Ela é uma alma muito saudável. É uma moça sensacional.
Naquela última cena, como eles fizeram os zumbis voadores? Tinham dublês em estilingues ao lado do caminhão? Como foi isso?
Jenna Elfman: Aquilo foi uma loucura! Eu estava sentada dentro da van da SWAT com Maggie (Al) observando esses zumbis passando e batendo na van bem na frente dos nossos rostos, essas dublês passando por isso. Eles trabalharam nisso por um bom tempo imaginando como tudo seria. Eu realmente tenho um pequeno vídeo que vou postar na hora certa, que foi meu ponto de vista de dentro da van com esses dublês batendo na janela contra o carro. Literalmente voando pela janela. Foi tão real e tão assustador de uma forma divertida.
Então, eles estavam pulando de trampolins? Como isso estava acontecendo?
Jenna Elfman: Eu acho que eles tinham arreios e estavam sendo puxados.
Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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Fonte: TV Guide
Destaque
Facebook Live de Fear the Walking Dead com Alycia Debnam-Carey e Colman Domingo no Brasil (LEGENDADO)
Como já mencionado aqui no Fear the Walking Dead Brasil, os atores da série e intérpretes de Alicia Clark e Victor Strand estiveram no Brasil. A vinda de ambos era motivada pela anunciação da estreia da segunda parte da 4ª temporada de Fear.
Um dos compromissos mais aguardados pelos fãs era a live no Facebook do canal AMC Brasil. Nesse momento ambos responderam perguntas prévias enviadas pelos fãs brasileiros sobre seus personagens, o quarto ano da série, despedidas de elenco e curiosidades afins. Uma interatividade totalmente despojada e confortável. Ambos se mostraram ligados um ao outro e dispostos a atender os fãs da melhor forma possível.
Entretanto, houve muita reclamação nos comentários devido ao fato de não haver tradução simultânea (já que os astros têm como língua nativa o inglês). Mas, como nosso trabalho é dar acessibilidade aos fãs da série ao material produzido por eles, aqui está a live com legenda para você poder ver as respostas dadas pelos atores:
E então, o que você achou das respostas dadas por eles? O que você perguntaria para eles caso pudesse? Deixe um comentário abaixo.
Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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Entrevistas
Morgan vai voltar para The Walking Dead? Os showrunners Andrew Chambliss e Ian Goldberg falam sobre o assunto!
Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do nono episódio, S04E09 – “People Like Us”, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
O personagem de Lennie James, Morgan, finalmente conectou os dois universos de The Walking Dead quando ele passou da nave mãe de The Walking Dead para Fear the Walking Dead. Mas ele poderia cruzar de volta?
No começo do episódio de retorno de Fear, Morgan anunciou sua intenção de voltar para Virginia e para seu amigo Rick Grimes. Ele até providenciou transporte para o norte, cortesia de Althea e seu S.W.A.T. móvel. “Eu nunca deveria ter ido embora”, explicou Morgan a John Dorie. “Meu amigo, acho que ele estava certo. É onde eu pertenço. É onde eu deveria estar.”
Mas será que ele vai chegar lá? Uma tempestade gigantesca já estava começando a causar estragos, e Alicia tinha algumas palavras sábias para Morgan sobre o pessoal que ele estaria deixando para trás aqui se ele fugisse novamente. Então Morgan vai voltar para Alexandria? (Ou para o Lixão? Ou para o Reino? Ou onde quer que ele esteja planejando chamar de lar?)
A Entertainment Weekly conversou com Andrew Chambliss e Ian Goldberg, os showrunners de Fear the Walking Dead, para obter informações sobre este último desenvolvimento, bem como todos os outros acontecimentos na estreia da midseason. Confira:
ENTERTAINMENT WEEKLY: Vamos começar com a tempestade, porque você começa este episódio com zumbis voando, essencialmente. Como vocês colocaram isso juntos? Foi tudo CGI, foram atores dublês em fios? Como você faz zumbis no ar?
ANDREW CHAMBLISS: É um pouco de cada coisa. Eu diria tudo acima. Aquela cena com a qual abrimos o episódio é uma combinação muito cuidadosa de várias cenas. Fizemos muito da tempestade praticamente com barras de chuva, ventiladores gigantes e artistas em catracas que os puxaram para fora do quadro, e então fizemos muitos aprimoramentos, elementos digitais e combinamos algumas placas diferentes e camadas de chuva digital para realmente parecer como se fosse um furacão. A ideia começou com o desejo de ver um wallker entrar em cena e depois ser jogado, e conseguimos isso mais de uma vez. Ficamos super animados com os resultados no final do dia.
A maior manchete para mim saindo desse episódio acontece no início, quando Morgan diz que quer voltar para a Virgínia. O que neste momento o levou a essa decisão, de que ele deveria estar voltando?
IAN GOLDBERG: Como vimos na primeira metade da temporada, o Morgan está em uma grande jornada. Ele começou como alguém que fugiu de Alexandria, de todos que ele era próximo, porque ele acreditava que a melhor maneira para ele viver neste mundo era estar por conta própria. Ele não queria estar perto de pessoas. Isso mudou na primeira metade da temporada, e no final da metade da quarta temporada, ele está sentado em volta de uma fogueira com pessoas – algumas das quais eram amigas, algumas eram inimigas que se tornaram amigas. Foi uma reviravolta inesperada de eventos para Morgan.
Mas ainda há uma grande parte do Morgan que está ligado às pessoas que ele deixou para trás. Vamos ver que ele também está lutando com alguns outros demônios emocionais que vamos revelar quando a segunda metade dessa temporada continuar. E ele pode dizer que está voltando para Alexandria, mas a jornada para chegar lá será preenchida de muitas reviravoltas inesperadas. Estamos ansiosos para saber como as pessoas reagem a essa jornada.
Vamos falar sobre onde todo mundo está emocionalmente aqui enquanto retomamos as coisas, começando com John e June. Ele quer se aposentar para a cabana, ela está preocupada que ela não é a mulher que ele se apaixonou, o que, em relação ao seu nome, pelo menos, é certamente verdade. Isso é algum tipo de acordo em que June não tem certeza se pode simplesmente se permitir ser feliz com tudo o que aconteceu?
CHAMBLISS: Eu acho que é um pouco disso, mas acho que alternativamente no final do dia, é quase como se June talvez nem saiba qual versão do personagem que vimos até agora ela realmente é. Nós a vimos como uma mãe muito reservada que está apenas tentando se proteger. Nós a vimos como a pessoa que se apaixonou, e então a vimos como uma Abutre. Eu acho que seu mal em estar com Dorie é que ela tem que se perguntar quem ela é, e isso não é necessariamente uma pergunta fácil, especialmente quando você fez coisas que você se arrependa. Ela tem muita procura de alma para fazer por si mesma, antes que consiga se abrir totalmente para estar com John.
Vamos entrar na situação de Charlie. Ela aparentemente ficou muda. Achei que no início isso tenha acabado com a perda da família Abutre, mas quando ela retorna o livro O Pequeno Príncipe para Luciana, isso parece indicar que ela está lutando com o assassinato de Nick.
GOLDBERG: Sim, como você disse. Charlie passou por muita coisa por muita gente, mas particularmente por uma criança tão jovem. Sim, ela perdeu sua família Abutre, mas também está lutando com a culpa de ser a primeira Abutre que estava dentro dos portões do estádio e alertou os Abutres sobre a presença no estádio. E matando Nick. Ela carrega muita culpa e bagagem emocional. Existe muita coisa não resolvida em Charlie que ela não sabe como conciliar.
Uma das nossas cenas favoritas no episódio é Dorie tentando se conectar com Charlie como alguém que se isolou em um ponto, como vimos no episódio 4×05. Ele se escondeu em uma cabana porque sentiu muita culpa sobre o que tinha feito e não podia se perdoar por isso e tentou apelar para Charlie para se abrir da melhor maneira que Dorie sabe, através do Scrabble. Mas Dorie pode se identificar com isso e ele sabe que não foi fácil para ele voltar ao mundo, e foi preciso o amor de June, e depois Laura, para fazê-lo se reconectar com as pessoas e perdoar a si mesmo. Charlie ainda não descobriu isso. E vai ser difícil para ela se perdoar.
Enquanto conversamos sobre pessoas que estão claramente confusas, vamos conversar sobre Alicia. Por um lado, ela se isolou de seus melhores amigos. Por outro lado, ela tem o desejo ardente de ajudar um completo estranho que está em perigo. O que está acontecendo com ela e como isso tudo está relacionado à perda da mãe dela?
GOLDBERG: Alicia quer muito continuar como Madison, ela quer levar adiante esse propósito. E seu fracasso em fazer isso é esmagador para ela. Alicia ainda está realmente processando sua dor pela perda de sua mãe e sentindo, como todo mundo, um pouco à deriva e sem propósito. A coisa mais nobre que ela acha que pode fazer é continuar com a força de Madison, e a parte mais trágica do episódio é que, apesar de seus esforços, ela não consegue fazer isso. E isso a deixa questionando: o que eu faço agora se não posso levar isso adiante? O que eu vou fazer? Quem eu vou ser? Essa será sua luta pela segunda metade da temporada.
E ela tem aquela fala depois de tudo que Morgan falou para ela, “Você pode estar lá para eles,” e então ela diz, “Você poderia estar aqui para nós também”. Então você tem essa enorme tempestade agora, e você tem Alicia dizendo para Morgan, “Você seria útil para nós”. Como tudo isso pode potencialmente mudar os planos de Morgan e sua mentalidade sobre voltar para Virgínia?
CHAMBLISS: É uma ótima pergunta que Alicia faz para Morgan e não acho que é algo com o que ele esteja necessariamente lutando de forma consciente. Como ele disse para Alicia no início do episódio, ele deixou muitas pessoas com as quais se importava em Virgínia sem se despedir. E é como se Morgan sequer estivesse processando o fato de que ele agora está fazendo a mesma coisa novamente com esse grupo de pessoas, das quais ele se tornou tão próximo. Quando Alicia joga o conselho que ele deu de volta e diz, “Você está me dizendo que eu deveria ajudar as pessoas a minha volta, bom, você devia fazer a mesma coisa” – essa é realmente a primeira vez que Morgan está percebendo que, de certa forma, ele pode voltar para as pessoas que ele deixou em Virgínia e fazer com essas pessoas a mesma coisa que ele fez no início da temporada. Ele está fugindo de pessoas.
Acho que muito disso deriva do fato de que ele não sabe como ajudar essas pessoas. Exatamente pela mesma razão que Alicia não está vivendo na casa com Luciana e Strand – eles a lembram de todas essas coisas sombrias que ela fez, mas eu não acho que ela tem uma resposta pronta para nenhum deles sobre como prosseguir. É mais fácil abaixar a cabeça e focar em uma missão como seguir esses pedidos de ajuda. Prosseguir, tanto Alicia quanto Morgan terão que encarar essas questões sobre como eles podem ajudar as pessoas a sua volta. Obviamente não vai ser fácil, porque lá pelo final do episódio, Alicia e Morgan seguem caminhos separados enquanto a tempestade se aproxima e aumenta de intensidade.
Okay, o que mais você pode nos contar em termos do que está por vir em Fear the Walking Dead?
GOLDBERG: Podemos dizer que viemos falando da Alicia, e vimos Alicia ser testada muitas vezes antes, de formas muito diferentes. Mas não acho que já tenhamos visto ela ser testada desse jeito, como veremos no próximo episódio. Isso é um nível emocional completamente novo para Alicia.
CHAMBLISS: E vai ter água. Vai ter muita água.
Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.
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Fonte: Entertainment Weekly
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