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Showrunner de Fear the Walking Dead falou sobre o retorno de Daniel e o destino de Ofelia no ATX Television Festival
Depois de matar uma das suas estrelas durante a estreia da temporada com duas horas de duração, Fear the Walking Dead trouxe de volta outro personagem amado nos últimos instantes do terceiro episódio da terceira temporada.
Nos últimos momentos, Daniel Salazar (Ruben Blades) voltou em carne e osso para fazer uma visita surpresa a Victor (Colman Domingo), que estava trancado na barragem.
Durante sua aparição no festival ATX Television em Austin, Texas, onde o episódio foi exibido antes da estreia para os presentes, o co-criador e showrunner Dave Erickson confirmou que Daniel não era uma invenção da imaginação de Victor.
“O que nós filmamos foi real. Daniel está de volta,” disse Erickson. “Estávamos ansiosos para trazê-lo de volta por um longo tempo”.
Daniel foi visto pela última vez no sétimo episódio da segunda temporada. No entanto, seu breve retorno no final do episódio de domingo é apenas o começo, já que o próximo será um episódio focado em Daniel. “Eu acho que teremos muita informação sobre pra onde ele foi,” disse Erickson, “e como ele encontrou o caminho para a barragem”.
Daniel não é o único membro da família Salazar que retornará ao show. Erickson também trouxe boas notícias sobre Ofelia (Mercedes Mason), que foi vista pela última vez com Otto (Dayton Callie). “Ela está viva”, disse Erickson ao som de aplausos e gritos da plateia. “Ofelia não está morta e vamos descobrir o que aconteceu com ela, como fizemos com Daniel Salazar”.
Grande parte do 3º episódio concentrou-se na família Clark, enquanto eles se adaptaram à vida sem Travis (Cliff Curtis), que foi morto na estreia de duas horas da terceira temporada. “Madison realmente assume e se arrisca. Não acho que ela aceitaria que o sacrifico dele fosse em vão. Madison fica bem obscura nesta temporada”, disse a atriz Kim Dickens sobre sua personagem. “Ela se torna implacável para fazer o que for preciso para sobreviver e salvar sua família”.
Parte disso é a mudança para o rancho para viver com a família Otto e seus seguidores, liderados pelo patriarca Jeremiah (Dayton Callie). “Um dos elementos da temporada é descobrir exatamente o quão bom e ruim ou personagem de Dayton pode ser”, disse Erickson.
No entanto, o 3º episódio mostrou Madison tentando se aproximar dele. Suas cenas marcaram um reencontro para os atores, que trabalharam juntos em Deadwood da HBO. “Eu acho que a assimilação é uma espécie de caminho para o seu objetivo”, disse Dickens. “Conhecer melhor Otto e deixa-lo ciente de quem ela é, é um tipo de manipulação”.
Uma cena “libertadora” foi quando Madison admitiu a Jeremiah que ela não era a mais fácil de se conviver. “Ela não tem mais nada a perder”, disse Dickens. “Ela não se importa se gostam dela ou não.”
Para Alicia (Alycia Debnam-Carey), isso significou (finalmente) a aproximação com os outros residentes de sua idade. Ela ficou agradavelmente surpreendida ao descobrir que o estudos da Bíblia era um código para beber e fumar maconha. “Foi um tom muito diferente do que estamos acostumados a ver”, disse Debnam-Carey sobre o episódio. “Alicia sempre teve que ser a responsável. Finalmente conseguimos vê-la tentar, e se enturmar e ser criança.”
Apesar de seus esforços, porém, isso não vai durar muito tempo, disse Debnam-Carey. “Ela começa a perceber… a realidade mórbida de estar em uma família autodestrutiva e ambiente que é feliz demais, infelizmente”, explicou a atriz.
Por mais breve que seja, Debnam-Carey abraçou esse novo lado de seu personagem. “Foi uma boa mudança, de ser estressada e correndo ofegante,” disse ela.
Enquanto Alicia estava se divertindo, seu irmão Nick (Frank Dillane) tentou forjar um vínculo com Troy (Daniel Sharman). Nick concordou em ir caçar com Troy, apenas para apontar uma arma na cabeça dele. “Estranhamente, neste perigoso relacionamento com Troy, há uma escuridão compartilhada”, disse Erickson. “Enquanto avançamos, acho que você vai ver uma conexão estranha – nunca será confiança”.
Os relacionamentos complicados dos Clarks com os Ottos terão um impacto em Madison, Alicia e Nick à medida que a temporada avança. “O grande desafio para Maddie e para a família nesta temporada é realmente se sujarem”, disse Erickson. “Há boas pessoas na fazenda, e há pessoas muito, muito más”.
Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, no canal AMC.
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Dave Erickson fala sobre o segredo guardado por Madison e sobre Nick virar um assassino
Muita coisa aconteceu no final do meio de temporada de Fear the Walking Dead: Jeremiah Otto morreu (não por suas próprias mãos, apesar do que Madison e Nick querem que todos acreditem). Finalmente, descobrimos sobre a infância de Madison (ela matou seu pai alcoólatra e abusivo) e como Ofelia chegou até a Nação (Jeremiah era uma pessoa ruim). E Strand aprendeu que o apocalipse era global e depois decidiu explodir Abigail.
Resumindo o episódio, essa foi uma boa maneira de encerrar a primeira metade do que foi a melhor temporada da série até então. O Yahoo TV falou com o produtor executivo e showrunner Dave Erickson sobre por que Madison está lutando tanto para ficar no rancho de Otto, por que ela escolheu esse momento para chocar seus filhos com a confissão sobre o passado dela, porque abandonar (e destruir) Abigail foi um passo positivo para Strand, e quais conflitos violentos podemos esperar na segunda metade da terceira temporada. Confira:
Ficou claro desde o início que, quando Madison chegou ao rancho, era completamente capaz de, em algum momento desta temporada, tomá-lo para ela. Mas não pensei que isso fosse acontecer tão rapidamente. Ela só chegou lá no episódio 2, o episódio 4 foi aquela incrível história sobre Daniel, então ela realmente trabalhou sua magia em apenas seis episódios.
Dave Erickson: Ela realmente foi forçada por circunstâncias que foram criadas por Jeremiah. Se o confronto não acontecesse, se a Nação não alcançasse as fronteiras do rancho com a intenção de assumir o controle, acho que ela provavelmente teria esperado um pouco. Eu acho que Jeremiah parecia confiar nela. Madison claramente se utilizou desse estranho relacionamento de filho-mãe substituto com Troy, e ele é alguém que apoiaria ela e alguém que ouviria o que ela diz e faz. Tudo acontece no Episódio 7. Ela definitivamente o tem na palma da mão de certa forma. E eu acho que esse relacionamento que está se desenvolvendo entre Alicia e Jake pode ser benigno – não acho que Alicia seja tão maquiavélica como sua mãe. Mas no momento em que chegamos aos Episódios 7 e 8, eles definitivamente têm seus destinos ligados a este lugar e na família Otto. Eu acho que Madison não teria organizado um golpe, mas teria continuado a manipular as coisas. Infelizmente, os pecados do passado de Otto voltaram para assombrá-los, e acho que ela é realmente forçada a agir.
O que o rancho tem de tão especial que se tornou um lugar que Madison está tão disposta e empenhada a lutar?
Dave Erickson: Na verdade, é algo que articulamos para a segunda metade da temporada. É o que eles perderam quando chegaram ao rancho e o que ela percebe que perdeu no final do episódio 2. Eu acho que é uma combinação de, sim, este lugar parece estar bem isolado, está bem protegido e não existem infectados ao seu redor. Eu acho que há também características que fazem Madison se lembrar de sua criação, mas isso ainda será explicado mais adiante. Madison é interiorana; ela não nasceu e nem foi criada em uma cidade. E acho que o fato de que eles perderam Travis forçou-a a um estado mental em que ela não quer mais se mudar. Você entende o que eu quero dizer? Eu acho que para eles terem passado por tudo o que eles passaram, tudo o que sofreram na estréia e no Episódio 2, e também nas temporadas anteriores – ela quer encontrar um santuário aqui e apenas proteger esse lugar. E eu acho que ela também tem medo porque sempre que você está na estrada, toda vez que você está se movendo do ponto A para o ponto B, há um perigo inerente nisso. Então ela está olhando para o bem maior para ela e para seus filhos.
Este é também o lugar que finalmente reuniu sua família, menos Travis, é claro. Vimos repetidamente em Fear the Walking Dead que sempre que as pessoas se separam, mesmo que por alguns minutos, eles arriscam nunca se verem novamente.
Dave Erickson: Sim, acho que em um mundo tão instável, o rancho representa algo que é permanente. E então Madison descobre a despensa; e vê uma casa que estava planejada. Ela vê uma casa que, no caos deste mundo, estava realmente pronta para o caos. E isso é algo que ela realmente ainda não viu. Isso foi algo que ela não viu quando foram ao complexo de Thomas na última temporada e nem quando eles estavam sitiados na temporada 1. Não é algo que ela experienciou no Rosarito Beach Hotel. E eu acho que isso definitivamente muda a maneira que ela enxerga este lugar. Isso faz com que ela sinta que esse lugar está seguro ou pode continuar a ser seguro. Veremos quando chegarmos à segunda metade da temporada que haverá motivos para viajar. Haverá algumas situações difíceis que ela terá que lidar. Mas, em última instancia, a fazenda é uma combinação de um lugar preparado para o apocalipse e também o lugar onde ela finalmente se reuniu com os dois filhos.
Ela rapidamente descobre que o rancho também tem seus perigos, o que se desenrolou de maneira bem importante no final da metade da temporada.
Dave Erickson: Sim, acho que nos episódios 5, 6, 7 e 8 é quando ela percebe que há um passado criminoso neste lugar, e há pecados e crimes que Jeremiah cometeu. E se ele não vai se arrepender pelo que fez por vontade própria, ela vai ter que forçá-lo a fazê-lo. Mas, até chegarmos a esse momento, acho que, para todos os efeitos, ela já estará completamente determinada. Uma das coisas interessantes sobre Madison para mim é que você tem uma mulher, você tem uma mãe, que está funcionando sob este código: “Eu farei o que for preciso pelos meus filhos”. Penso que em um certo ponto, fica um pouco pervertido. Quero dizer, as coisas que ela está disposta a fazer começam a ser mais sobre a pessoa que ela é, e menos sobre suas necessidades, sua força materna. E eu acho que, à medida que a temporada se desenvolve, quando chegamos à segunda metade, isso realmente vai ser algo que cria um pouco de conflito, alguma dissensão entre ela e seus filhos. Porque eu acho que essa ideia de que tudo o que ela faz: “Eu faço por você, Nick. Tudo o que eu faço, eu faço por você, Alicia “- vai chegar a um ponto em que ambos vão entender que não é realmente verdade. Isso não acontece agora, porque acho que eles estão realmente um pouco perplexos e surpresos com a notícia do que ela fez quando era criança.
Eu acho que o fato de que ela derruba essa bomba sobre eles é um pouco surpreendente. E faz com que algumas coisas mudem: uma, eu acho que leva Nick a realmente protegê-la. Penso que, em grande parte, a razão pela qual ele mata Jeremiah é porque ele não quer que sua mãe tenha que fazer isso de novo. E, claro, consequentemente, ele vai ter que viver com as repercussões disso, porque como já salientamos, Nick realmente não é um assassino… O interessante sobre Otto é que, à medida que a temporada se desenvolveu, começamos a entender que ele é o vilão; que ele é “o único obstáculo, a única coisa que tem que ser removida”, até chegar ao final da metade da temporada. E esse era o nosso objetivo, e parte da razão pela qual atrasamos a revelação de Ofelia, do que ela fez ao se encontrar com Otto e com a Nação. É realmente o que, para mim, definiu Otto como o mal maior. Todas as coisas que nós aludimos, todas as coisas que começamos a entender sobre ele, que tornou um pouco cimentado quem ele realmente é.
Você sabe o quanto os telespectadores queriam saber sobre a história de Madison. Por que você decidiu revelá-la agora? E por que ela contou a história sobre matar seu pai para seus filhos em terceira pessoa?
Dave Erickson: É um trauma que sofreu quando criança, e ela carregou isso por todo esse tempo. E eu acho que ela se sentiu mais segura em contar a história em terceira pessoa. Havia uma segurança em falar como se estivesse lendo uma história para dormir – uma história de dormir muito estranha, violenta e macabra. E que mostrou certa objetividade também. Lembrem-se que estamos falando de Madison, que é uma pessoa muito guardada. Madison não confia facilmente. E acho que Travis e seu primeiro marido foram realmente exceções a isso. Então eu penso que há um pouco de remoção e segurança ao contar a história do jeito que ela fez.
E o momento? Queríamos unir as duas histórias, porque não queríamos contar essa história, a menos que tivesse uma ligação com os acontecimentos atuais. Ela teve uma conversa com Walker, e parte do que não ouvimos claramente era que realmente havia apenas um obstáculo. Se Jeremiah fosse removido – ele é a pessoa com quem Walker tinha um problema. “Ele é a pessoa que merece minha vingança” – foi o que Walker disse. “E se ele for removido, não há necessidade de guerra. Se ele for removido, tenho certeza de que existe uma maneira de fazer isso sem mais derramamento de sangue”.
Então, Madison tem esse conhecimento. E acho que é interessante, porque o que você poderia pensar quando entramos na segunda metade da temporada é questionar o momento em que ela contou essa história, estaria ela tentando motivar Nick a fazer o que ele fez? Tipo, “Eu vou te contar o horror que eu sofri quando eu era criança, e basicamente estou prestes a repetir a história”? Porque ao confrontar um alcoólatra violento, ela estaria, de certa forma, enfrentando seu pai novamente. Então, eu acho que havia algo catártico para ela ao contar essa história. Eu também acho que se Jeremiah se recusasse a atirar, como ele normalmente faz, Madison provavelmente teria sido forçada a agir. E acho que essas são as maquinações sutis naquela última cena. E essa é realmente a questão, se Nick não tivesse aparecido, se Nick não tivesse levantado a arma, na qual ela colocou uma bala – acho que a resposta é sim, ela teria atirado, teria reconhecido a necessidade, da mesma forma que aconteceu com Celia na temporada passada.
Eu acho que Otto deveria ter morrido de uma maneira muito pior, pelos crimes que ele cometeu, pelo crime muito pior que ele estava disposto a cometer, que é a dizimação de seu povo e seus próprios filhos. Já estava mais que em tempo dele morrer. E acho que a complicação de Nick não saber do passado de sua mãe e depois saber o que ela fez, e a questão de saber se o momento daquela história foi um jeito de Madison tentar justificar o que ela estava prestes a fazer para que seus filhos entendessem isso, ou foi ela tentando induzir seus filhos a defenderem-na, não é realmente algo que devemos responder explicitamente, mas acho que faz parte do subtexto e da emoção à medida que avançamos. E tentamos fazer com que os assassinatos em nosso show sejam acontecimentos marcantes para todos os personagens. Deve haver repercussões e as pessoas devem sofrer pelo que fizeram, e Nick irá sofrer por isso. Quero dizer, Nick fez isso e não conseguirá se lembrar do que fez e dizer: “Ok, tirei um cara maligno que mataria todos.” E sim pensará: “eu acabei de matar o pai de Troy e de Jake.” Eu acho que vamos vê-lo sofrer muito por causa disso a medida que avançamos, e Madison também terá que lidar com isso, pois de certa forma é sua culpa também. E seu relacionamento com seus filhos vai se aprofundar e complicar. E, em última análise, na segunda metade da temporada, ajudará a definir um dos nossos temas maiores, que é a violência e quando se deve usá-la, e quais são as repercussões uma vez que ela foi usada. Essa é realmente uma das ideias centrais que nos levarão até o final da temporada.
Strand está tão feliz ao retornar a Abigail, mas acaba incendiando-a. Essa foi sua maneira de escolher permanecer na sociedade atual e continuar a estar com as pessoas em vez de ficar no iate? Como o astronauta diz: “O mundo gira”, então Strand decide que ele continuará fazendo parte do mundo?
Dave Erickson: Sim. E acho que a Strand está passando por um momento de tristeza pela perda de Thomas. Eu não acho que ele já voltou a ser quem ele era antes completamente, e mesmo quando ele tentou, mesmo quando ele foi para a barragem, e pensou que ele iria encontrar uma pessoa com mentalidade semelhante a sua em Dante, isso não aconteceu. E então, quando encontrou Salazar, tentou encontrar alguma conexão e alguma salvação com ele, e isso acabou por não dar certo de novo. Então ele está se aproximando do fundo do poço. E foi importante porque queríamos dar um bom final ao Abigail, porque o barco era uma grande parte da história, e nós meio que o abandonamos. Ela desapareceu na última temporada. Eu acho que o Strand está realmente enterrando Thomas finalmente, completamente, e eu acho que o barco representa isso. Representa a sua vida antiga. Representa tudo o que ele conhecia.
Jami O’Brien escreveu esse tema, ele escreveu o final e acho que fez um trabalho maravilhoso. Há algo sobre essa cena, pois ela faz algumas coisas: uma, é a primeira vez que alguém em nosso show articulou o fato de que isso é global, que o mundo inteiro mudou pra pior. E essa é a informação, penso eu, que muda Strand e não o torna niilista, mas acho que o coloca em um lugar onde ele se tornará mais motivado a encontrar seu propósito e a controlar a moeda do mundo. Além disso, ao se afastar do barco, acho que ele está se afastando do fantasma de Thomas. E coloca Strand em um lugar na segunda parte da temporada, onde realmente há apenas uma pessoa no planeta com quem ele se importa: Madison. Eu acho que isso o faz deixar o passado para trás da melhor forma possível, e também, ao sair, está abraçando o fato de que seus objetivos mudaram, porque agora ele entende: não é como se houvesse alguém em outro continente que realmente esteja trabalhando em uma cura. Não é como se alguém fosse conseguir consertar isso. Isso realmente o coloca em uma posição onde, “Ok, eu preciso decidir se vou continuar ou se eu vou morrer”. E é o que o cosmonauta lhe sugere. O mundo continua girando, e enquanto isso acontecer, ele precisa seguir em frente. Espero que na segunda parte da temporada consigamos juntar lentamente todas essas partes.
É bom ter Ofelia de volta. Mesmo que não estejam todos juntos, sabemos onde a maioria dos sobreviventes originais está agora. O que Daniel vai pensar dela, se ou quando eles se reunirem na segunda metade da temporada? Será que ele ficará surpreso com o quão capaz sua filha está se tornando?
Dave Erickson: Se e quando isso acontecer, acho que ele realmente ficará chateado. Eu acho que a pessoa que Ofelia se tornou, por necessidade, obviamente, e se ela sabia todo o alcance do que estava fazendo ou não – e eu argumentaria que não – mas, no final das contas, ela foi responsável pela morte de muitas pessoas no rancho. E eu acho que seu pai, que realmente fez grandes esforços para protegê-la durante toda a vida e fez muito para que ela não soubesse de sua história e sua violência, ficaria devastado. Eu acho que de certa forma Ofelia acabará por repetir os pecados de seu pai. E acho que ele ficaria arrasado com isso, ao descobrir que ele não conseguiu impedi-la de se tornar como ele, porque essa era a última coisa que ele queria para ela.
E os irmãos Otto. Eles estão sem Jeremiah agora, o que poderia ser algo libertador tanto para Troy quanto para Jake de muitas maneiras. Esta é talvez a chance de Jake de executar as coisas da maneira que ele acha ser certo, e ele definitivamente tem idéias muito diferentes das de Jeremiah. Mas também havia algumas pistas, algumas coisas que ele disse para Madison, que sugerem que ele poderia ser tão teimoso sobre suas crenças quanto seu pai era. É inevitável um choque Jake-Madison? E, especialmente, com o relacionamento de Alicia com Jake, haverá uma grande batalha pelo controle do rancho?
Dave Erickson: Eu acho que todas essas perguntas serão respondidas na estreia da segunda metade da temporada. Olha, a realidade é essa: uma das coisas que se repete no início da segunda metade é o fato de que Madison e Nick conspiraram para assassinar Jeremiah. Eles tentam convencer as pessoas que foi suicídio, e eles vão vender essa ideia de que Jeremiah fez o que era certo para proteger seus filhos, seu rancho, o seu legado. E as pessoas aceitam isso. Ao fazer isso, Madison conseguiu fazer uma trégua com a Nação, e a guerra foi evitada. Isso não significa que a Nação (Walker) não quer mais a terra. Então, haverá momentos interessantes mais adiante que envolverá o rancho e a Nação. A verdade é que, nessa dinâmica, o rancho e os Ottos tornaram-se mais fracos do que a Nação e mais fracos que Walker. E é Walker quem tem o maior grau de influência.
A verdadeira questão é quão abertamente Madison irá usar de seus novos poderes? Porque eu acho que quanto mais ela parecer no comando, mais ficará aparente que ela se beneficiou com a morte de Otto, e maior será a probabilidade de alguém suspeitar que ela tem a ver com essa morte, e isso é algo que ela deve evitar. E acho que para Jake, sim, há um impulso nele para a paz, apesar do que aconteceu com ele no complexo da Nação no Episódio 7, apesar do fato de que todos os seus esforços foram realmente frustrados nos dois últimos episódios. Eu ainda acho que ele é alguém que é mais inclusivo em seu pensamento e mais aberto, e ele gostaria de encontrar uma maneira para que todos eles vivessem juntos.
Eu acho que o problema para ele é que ele vai assistir muitos dos elementos deste lugar e muitas das coisas que ele esperava acontecer, serem destruídas. Eu acho que Jake vai ser posto em uma posição muito precária, assim como Troy, porque, ao contrário de seu irmão, Troy não tem a mente aberta ou inclusiva. E então, esta paz que Madison trabalhou para conseguir não é algo que ele irá respeitar. As repercussões da morte de Jeremiah terão impactos em ambos os filhos, obviamente, mas também em seus relacionamentos com Alicia, Nick e Madison. E quanto mais nos aproximarmos da verdade sobre o que aconteceu com Jeremiah, maiores serão as divergências e maior será a violência.
Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, no canal AMC.
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Fonte: Yahoo
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Daniel Sharman fala sobre Fear the Walking Dead e sobre seus antigos projetos
Na última quinta-feira (22.06) o site da AMC UK publicou uma entrevista com o ator Daniel Sharman (Troy Otto) onde ele fala mais sobre seu personagem na série, além de falar do seu ex colega de trabalho Colton Haynes em “Teen Wolf” e mais. Confira a entrevista completa:
Nós vimos o Dayton Callie de “Deadwood” e a estrela seguinte, Sam Underwood, juntando-se à terceira temporada como pai e filho, Jeremiah e Jake Otto, respectivamente. Completando a família, a estrela de “The Originals” e “Teen Wolf”, Daniel Sharman é Troy, um homem carismático e triste.
Atualmente filmando o restante da temporada na Califórnia, o ator britânico falou sobre tudo – de manter-se em contato com antigos colegas de trabalho, até a invasão britânica em Fear, ao descobrir que ele foi “acolhido”.
O que o levou ao papel na série?
Daniel Sharman: A ideia de interpretar personagens muito complexos e difíceis é sempre interessante para mim. Eles são realmente bons personagens para atuar. Há um conjunto complexo de razões que se passaram na forma como Troy haje. Eu sempre me atrai para personagens que sempre não têm recursos redimidos… é por isso que amo muito o Troy.
Como seu tempo em Fear TWD se compara a Teen Wolf e The Originals?
Daniel Sharman: É uma dessas coisas que… eu me juntei a essas famílias depois que elas foram estabelecidas – eu gosto disso. Mas todos são diferentes e todos variam completamente.
Você se mantém em contato com seus ex colegas de trabalho?
Daniel Sharman: Sim, com todos eles! Eu sempre coleciono pessoas. Eu coleciono amigos e outros artistas e colaboradores e nunca os deixo ir. Eu sempre formo um sentimento muito bonito. Você está sempre junto [no set] e essa é uma das vantagens.
Isso significa que você vai ao casamento do [ex-colega de Teen Wolf] Colton Haynes?
Daniel Sharman: [Risos] Eu não consigo falar com ele muitas vezes, mas estou extremamente orgulhoso dele. Estou feliz por ele estar feliz. Eu não acho que vou conseguir, mas não poderia estar mais feliz por ele.
Quem você gostaria de ter uma paixão oposta – Em Fear ou no geral?
Daniel Sharman: Eu amo Albert Finney, ele é um ator bonito. Eu adoraria ser o oposto dele. Eu ficaria feliz de interpretar o servente de alguém [risos]. Ou Mark Rylance… Esses dois seriam meu sonho de co-estrelas.
Então, no primeiro episódio, Madison enfia uma colher no seu olho. Qual foi sua reação quando você ouviu pela primeira vez que isso aconteceria?
Daniel Sharman: Descobri que meu rosto teria que ser preparado para uma colher nos olhos. E eu estava meio que… certo, tudo bem. Eu estava basicamente engolindo, alimentando pequenas peças de informação que me permitiram formar uma imagem do que aconteceria. Por algum motivo, não entendi que eu teria que ter uma colher no olho o tempo todo. Perguntei-me sobre como ela ficaria no meu olho. E então, no primeiro dia, fiquei olhando. Foi muito difícil porque minha percepção de profundidade desapareceu. Foi um batismo de fogo no set.
Qual é a coisa mais engraçada que aconteceu no set até agora?
Daniel Sharman: Oh cara… qualquer coisa engraçada, não é engraçada para todo mundo mas [risos]. É como uma daquelas coisas estúpidas quando as pessoas têm piadas e então você explica a piada e isso soa… yeah. Eu acho que é a coisa quando você está atirando há tanto tempo que você fica delirando e, depois, fica histérico, então… algo bizarro como um barulho só quebra você.
Você está obviamente muito ocupado no momento filmando a série. Mas você tem a chance de assistir a outros programas de TV?
Daniel Sharman: Sou um grande fã de assistir o trabalho de outras pessoas. Eu adoro Preacher. Existem dois outros programas de TV que me surpreenderam; The Young Pope e The Handmaiden’s Tale. Elas são apenas duas séries, eu acho que deveriam ser lindamente colocada juntas.
Com Sam Underwood e Dayton Callie, há uma invasão britânica na série. Tem algo que você faz piadas com frequência sobre no set?
Daniel Sharman: Você sabe que é engraçado porque Frank Dillane é também um britânico e você tem Alicia, que é australiana. É uma história muito americana e esta série representa uma ideia muito americana, acho muito fascinante. É uma história de imigração e fronteiras. Eles certamente estão em um apocalipse, então tudo se tornou universal, mas acho que os personagens nascem de uma ideia muito americana de fronteiras e milícias.
Por último, quem você acha que ganharia em uma briga? [Seu personagem de Teen Wolf] Isaac Lahey ou [seu personagem de The Originals] Kaleb Westphall?
Daniel Sharman: Oh… em uma luta de manipulação emocional, acho que Isaac ganharia. Mas em uma luta física direta, Kaleb. Seria difícil vencer alguém que literalmente pode mover coisas com a mente.
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Fonte: AMC UK
Tradução: Duda Abranches / Equipe Daily News Sharman
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Rubén Blades fala sobre o retorno inesperado de Daniel e o seu caminho para redenção
Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quarto episódio, S03E04 – “100”, da terceira temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Há boas notícias e más notícias para os fãs de Fear the Walking Dead. A boa notícia: Daniel Salazar (Ruben Blades) está vivo. A má notícia? Ele é um monstro. Ao menos, ele era um monstro, durante a maior parte do tempo do último episódio. Salazar está muito vivo, como confirmado pelo produtor Dave Erickson, logo após o personagem supostamente ter morrido em uma explosão no meio da segunda temporada. O quarto episódio da temporada mostrou exatamente como Salazar sobreviveu e o que aconteceu a seguir, e fiel à natureza do apocalipse, não foi um cenário muito bonito.
Depois de queimar o complexo no final da metade da segunda temporada, Salazar lutou de algum modo para sair dos escombros e conseguiu rastejar até Tijuana. Lá, ele é resgatado por Efrain (Jesse Borrego), um homem amável e engenhoso que vive na rua e sabe exatamente onde e quando encontrar água toda semana. Ele também é ajudado por uma mulher igualmente gentil e engenhosa chamada Lola (Lisandra Tena), que trabalha para a represa Gonzalez, que é operada por Dante Esquival (Jason Manuel Olazabal), seu dono, o criminoso e ex-associado de Victor Strand (Colman Domingo).
Após uma série de eventos violentos, Esquival recruta Salazar, reconhecendo-o como um agente letal do Sombra Negra, dos seus dias durante a guerra civil em El Salvador. Salazar, que já matou 96 pessoas em sua vida, conta feita por ele mesmo, agora será encarregado de matar mais alguns.
Por um tempo, Salazar cumpre as ordens de Esquival, mais uma vez tornando-se um instrumento de guerra depois de tantos anos afastado do campo de batalha. Mas, uma vez que o alvo se estabelece em Efraín e Lola, Salazar toma ações com suas próprias mãos. Ele mata Esquival e seus principais tenentes, e então entrega sua arma para Lola, implorando: “Perdoe-me”. Parece que ele está pedindo que ela ponha fim a seu sofrimento de uma vez por todas. Mas, em vez de disparar a arma, ela lhe estende a mão. Parece que um novo status quo surgiu para a represa Gonzalez, com Salazar bem no meio de tudo.
O que vai acontecer com Daniel? Será que ele encontrará sua filha Ofelia (Mercedes Mason)? Será que ele encontrará algum tipo de paz com Strand? Ele pode encontrar a paz dentro de si mesmo? Aqui está o que Blades contou ao Hollywood Reporter sobre tudo isso e mais – incluindo por que ele teve que parar de comer todos os presuntos enlatados da cafeteria do estúdio.
Quanto você sabia sobre o que estava por vir para Salazar após o final da metade da segunda temporada, com base em Dave Erickson dizendo que ainda havia planos para o personagem?
Rubén Blades: Na verdade, não tivemos [conversas]. Eu simplesmente assumi que era melhor deixar a história seguir seu curso, realmente não tinha ideia do que ia acontecer. Acho que era uma coisa saudável, porque, em última análise, você nunca sabe o que vai acontecer com esta série. Todos assinamos um contrato e o contrato não diz que não posso morrer. Você nunca sabe em que direção as coisas vão acontecer. Algo tão simples como a falta de interesse do fã pode determinar a morte de um personagem. Eu não tinha certeza. Eu sabia que os fãs gostavam de Salazar e o achavam interessante, então eu achava que acabaria voltando, mas nunca pensei como se fosse uma coisa certa de acontecer.
Quando foi que descobriu que voltaria, e de como seria esse retorno?
Rubén Blades: Devo ter descoberto pouco antes de começar as gravações. Não lembro de ter recebido uma ligação especial informando que eu retornaria ou que faria isso ou aquilo. Eu recebi uma ligação do meu agente dizendo que eu voltaria e que precisaria me reportar em tal data. Eu não estava tendo grandes conversas com Dave. Eu confio em Dave. Ele é quem me trouxe para o show, então fiquei confiante de que ele saberia o que fazer. Foi assim: “Você vai retornar, e é isso que você vai fazer”.
E qual foi sua reação ao saber que teria que encenar tudo o que Daniel teve que fazer para conseguir chegar até a represa?
Rubén Blades: Fiquei realmente surpreso com o fato de que haveria praticamente um episódio inteiro sobre Salazar. O que mais me surpreendeu é que eu não sei se isso já aconteceu antes, de ter na televisão dos Estados Unidos uma transmissão em horário nobre de um episódio todo em espanhol, com legendas, e isso realmente chamou minha atenção. Eu realmente não lembro se isso já aconteceu. Pensei que era muito ousado e muito corajoso da parte deles e também muito oportuno. Foi uma surpresa, devo dizer. Com o Salazar, sempre amei que esse personagem é tão oposto a mim. Tenho denunciado ditaduras há 50 anos. De repente, estou interpretando alguém que trabalhou – ou foi forçado a trabalhar – apoiando alguém, ou como parte de organizações de inteligência e militares. Foi sempre interessante para mim encontrar personagens que se opõem totalmente ao que sou e ao que penso. Eu acho que esses personagens são geralmente os mais interessantes. Ao mesmo tempo, eles forçam você a olhar para as coisas e avaliá-las, e fornecem uma perspectiva mais completa do caráter humano.
Daniel passa por uma jornada neste episódio. Ele é ajudado por Efrain, e depois se encontra em uma posição onde ele tem que feri-lo. Ele é alguém que esteve longe da guerra por tanto tempo, e agora está servindo novamente como soldado. Era difícil interpretar Daniel nesse cenário?
Rubén Blades: Foi difícil de mostrar, mesmo que tudo já estivesse no script… há uma parte de nossos corações e mentes, para aqueles de nós que não foram submetidos na vida real aos rigores e horrores de tal emergência, que se recusa a infligir dor em alguém que nos ajudou. Não acho fácil fazer qualquer tipo de cena onde eu estou causando dor a alguém. Foi muito difícil para mim fazer a cena de tortura do soldado [na primeira temporada], e foi muito difícil para mim bater em Efrain neste episódio. Muito, muito difícil para mim. Se não tivesse sido por Efraín, Salazar não teria sobrevivido no estado em que ele se encontrava. Também foi interessante neste episódio ver que Salazar está se tornando mais humano. Ele se torna mais espiritual. E percebe que foi poupado por algum motivo, depois de várias oportunidades em que poderia ter morrido. Era difícil se ajustar. Ao mesmo tempo, o fato de entender como essa situação afetou tantas pessoas em El Salvador… naqueles dias eu estava muito ciente do que estava acontecendo e sabia no que pensar para entender a motivação de Salazar ter feito o que ele fez.
No final do episódio, Daniel protege as pessoas que o protegeram. Ele está do lado certo. Antes disso, ele diz que acha que já matou 96 pessoas. E acrescenta mais alguns na lista quando mata Esquival e seus capangas. Então Salazar cai de joelhos, dá a Lola sua arma e diz: “Perdoe-me”. Parece que ela o perdoa. Mas será que Salazar pode se perdoar?
Rubén Blades: Eu acho que ele sentiu que está em um caminho onde a possibilidade de redenção realmente pode existir. Confiou nela. Ele não confia em suas próprias considerações sobre se merece ou não perdão por tudo o que ele fez. Ele colocou a arma na mão dela e acho que ele poderia ter sido o centésimo, poderia ter sido o único no final. Assim como quando ele se ajoelhou depois de atacar aquele homem enorme, o infectado… ele caiu de joelhos e disse: “Estou pronto. Eu terminei”. E para sua surpresa, esse estranho episódio ocorre onde o zumbi é atingido por um raio…
Que realmente foi incrível!
Rubén Blades: Realmente foi! (Risos) Eu vi episódios de The Walking Dead e eu tenho todos os quadrinhos. Eu sigo a história. Não me lembro de ter ficado tão surpreso, além de quando Glenn se escondeu embaixo do lixo. Pensei que ele tinha morrido. E não consigo me lembrar de nada como [o zumbi que foi atingido pelo relâmpago]. Foi um momento tão surpreendente. Quando Salazar dá a arma a Lola, ele diz: “Estou pronto. Faça o que quiser”. E ela o poupa. Eu acho que simplesmente cria um argumento para a possibilidade de ser perdoado e sua redenção.
Tomara que parte dessa redenção envolva reunir-se com sua filha, Ofelia. Ele tem uma conversa sobre ela com Strand – uma cena que está em inglês – e Strand conta essa mentira que Ofelia está de volta ao hotel. Mas Daniel sabe que é uma mentira. O que você acha que Daniel está pensando no final do episódio? Ele acha que Ofelia está morta, ou que ela ainda pode estar lá?
Rubén Blades: Ele acha que ela está morta, mas tem esperanças que ainda esteja viva. O que aconteceu com Strand, se você segue a conversa e as reações de Daniel, foi que quando Strand disse “Todos nós pensamos que você estava morto”, Daniel sabe que esse é provavelmente o caso. Ele próprio provavelmente pensou que estaria morto. E, no entanto, Strand mostra sua mão e diz: “Ela está esperando você”. É quando Daniel olha para ele e diz: “Você é um pedaço de merda. Você é um cão mentiroso. E vai apodrecer aqui”. Mas no fundo, ele o enxerga muito bem. Ele nunca confiou em Strand. E já viu homens assim antes. Ao ir embora chateado e zangado por este homem estar mentindo, ele ainda, bem no fundo do coração, sem ter ouvido Strand dizer: “Não, ela está morta”; tem esperança de que ela ainda esteja viva.
Existe alguma chance de reconciliação entre Daniel e Strand, ou a confiança entre eles foi totalmente quebrada?
Rubén Blades: Veja bem, Salazar não é nenhum santo. Já fez muito mal e coisas erradas. Ele é uma pessoa prática. Este é o segundo apocalipse para Salazar. Ele já passou por um. E entende a necessidade de comprometer-se com pessoas que, de outra forma, acharia detestável. Ele sabe a necessidade de forjar alianças com inimigos ou pessoas que gostaria pessoalmente de matar. Tenho certeza de que ele tem isso em mente. Além disso, quando vai embora, ele sabe que Strand esteve em algum lugar onde ele tem algumas coisas que lhe contou sobre Madison e o hotel… é tudo muito preciso para ser uma mentira. Ele sabe que Strand sabe de alguma coisa. Ele só vai fazê-lo suar antes de chegar ao fundo da verdade.
Quanto presunto enlatado você teve que comer nesse episódio?
Rubén Blades: Na verdade, eles me disseram para não comer, porque eu gosto muito e iria acabar com tudo. (Risos). Eu até tenho uma camiseta que diz “Presunto” que minha esposa me deu. Mas não posso mais comer em casa, só como quando ela não está por perto.
Você vai acabar se tornando um garoto propaganda não oficial.
Rubén Blades: Sabe de uma coisa, lembro quando era uma criança… nós éramos uma família grande. Às vezes, não havia dinheiro suficiente para comprar carne de verdade. Sou bem familiarizado com presunto enlatado. É verdade, uma vez experimentei a comida do meu cachorro, que tem um cheiro parecido. (Risos). Mas eu gosto! E eu me divertia, porque quando comia, ia até minha esposa e respirava perto dela, e ela não gostava.
A represa Gonzales está em boas mãos agora. Todas as pessoas ruins que eram encarregadas dela morreram até o final do episódio. O que podemos esperar desse local à medida que a temporada avança, agora que a água está nas mãos certas?
Rubén Blades: É crucial. Crucial. Água… é muito interessante quantos paralelos se pode fazer entre o que é ficção e o que realmente representa o futuro da humanidade. Precisamos ser sérios sobre a preservação do nosso ambiente. Precisamos ser sérios sobre as mudanças climáticas. Portanto, precisamos desenvolver políticas envolvendo água que inclua reciclagem e descontaminação e o uso mais responsável da água. Eu acredito que a represa neste momento é a única coisa que atuará como um ímã. Acho estranho quando as pessoas consideram o dinheiro importante, ou coisas como ouro. O ouro é apenas outro pedaço de rocha amarela. Acho que ainda estamos no começo [do apocalipse] e as pessoas ainda consideram isso como uma mostra de status. Você não pode beber dólares e não pode beber ouro ou diamantes. Creio que a água é essencial. Penso nesse cenário, vai ser uma luta constante para tentar manter isso longe de certas pessoas, porque todos a querem. Essa é a nova moeda.
Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, no canal AMC.
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Fonte: The Hollywood Reporter
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