5ª Temporada

Promovendo Fear the Walking Dead: Entrevista com Lennie James, Austin Amelio e Scott M. Gimple

Confira a terceira parte das entrevistas com o elenco e os produtores de Fear the Walking Dead durante a coletiva de imprensa da 5ª temporada na WonderCon.

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A convite da AMC, nós tivemos a oportunidade de reencontrar e conversar com o elenco de Fear the Walking Dead em uma coletiva de imprensa para promover a quinta temporada da série. O evento aconteceu em Anaheim, Califórnia, na WonderCon. Jornalistas do mundo inteiro se reuniram para conhecer um pouco mais sobre a história do novo ano e dos personagens de cada um dos atores que se fizeram presentes. Abaixo você confere os detalhes das entrevistas com Lennie James (Morgan), Austin Amelio (Dwight) e Scott M. Gimple (diretor de conteúdo do universo The Walking Dead).

Nós assistimos o trailer da quinta temporada antes da sala de imprensa hoje e vimos que o Dwight está de volta. Como você acha que a audiência reagirá ao personagem? Você, obviamente, tem uma história complicada com o grupo, até mesmo porque o Lennie James também estava em The Walking Dead. Agora, cruzando para Fear the Walking Dead, como você acha que os fãs vão reagir?

Austin Amelio: Eu meio que já sei porque eles colocaram algo no meu Instagram para me dar as boas-vindas à Fear. Eu normalmente não olho os comentários, mas eu estava interessado em saber o que as pessoas estavam pensando sobre o crossover. Todo mundo parece empolgado! É o que pareceu para mim… A não ser que todos estejam mentindo!

Tem algo que você possa nos dizer sobre como será a sua interação com os outros personagens quando eles descobrirem o passado do Dwight? Ou se eles vão descobrir sobre o passado?

Austin Amelio: Eu não posso te contar isso.

Scott M. Gimple: A única coisa que vou dizer é que os personagens de Fear também têm histórias complicadas. A história do Dwight é similar a deles… Não que eles estivessem com um maluco que usa um bastão.

Austin Amelio: Tem uma identificação acontecendo, com certeza. Mas, além disso, você vai ter que assistir para descobrir.

Você pode nos dar uma linha do tempo entre ele deixando The Walking Dead e aparecendo em Fear?

Scott M. Gimple: Eu não quero dar o exato número de meses, mas podemos dizer meses. Não é um pulo muito grande, porque The Walking Dead pulou muitos anos. Eu estou dando esse spoiler e as pessoas podem brigar comigo por isso, mas eu estou fazendo para manter minha sanidade também. Eu fico confuso às vezes!

Será que o Morgan pode parar de ter ferimentos na perna?

Scott M. Gimple: Eu ainda acho que a Tara teve mais ferimentos na perna que o Morgan.

Lennie James: Eu não sei, cara. Você fica me atingindo no mesmo lugar repetidamente! Você atirou ali e depois me esfaqueou no mesmo lugar… Risos.

Scott M. Gimple: Vamos trazer a Alanna Masterson aqui, porque acho que esse é um debate necessário.

Fear the Walking Dead Brasil: Mas o Morgan ainda está vivo, então…

Scott M. Gimple: Sim. Essa é a vitória dos ferimentos na perna.

E ele salvou o dia com o caminhão de cerveja no final da temporada.

Lennie James: Eu achei que foi um detalhe legal.

Scott M. Gimple: Onde está a Alexa? O ponto mais dramático daquela cena é uma menina de doze anos tomando cerveja!

Fear the Walking Dead Brasil: Lennie, a condição mental do Morgan sempre esteve em foco.

Austin Amelio: Eu adoro que perguntam isso em todas as mesas!

Lennie James: Você está tendo um bom dia? Devemos falar mais baixo? Risos.

Fear the Walking Dead Brasil: Agora, ele está sendo visto como um líder e fazendo algo que considera valioso: tentando encontrar e salvar outras pessoas. Podemos esperar que ele esteja melhor ou ele vai continuar lutando com sua mente?

Lennie James: Esse é o universo dos mortos, então qualquer coisa pode acontecer nos próximos quinze minutos. Mas ele está tentando fazer o bem com este grupo – em parte, para compensar por tudo de ruim que eles fizeram. Em outra parte, para conseguir seguir em frente e colocar distância entre quem ele era e quem quer ser. Muito disso depende dele manter seu estado mental de forma segura para que ele possa ficar perto de outros. Ele já aceitou que precisa e que provavelmente deve ficar perto de outras pessoas. A jornada de sobrevivência dele vai envolver outras pessoas para que ele possa avançar, para que possa valer alguma coisa. Tendo dito isso, o estado mental dele e a habilidade de ser quem é serão desafiados nesta temporada de forma nunca antes vista. Nem eu sei, neste momento, o que estará do outro lado deste desafio e se ele sobreviverá no sentido de manter qualquer tipo de estabilidade mental. O que isso fará a ele. Acho que a audiência será pega de surpresa, mas acredito que esse é o maior desafio que o Morgan já enfrentou.

No final da quarta temporada, a jornada era de retorno para Alexandria e então o caminho mudou. De onde surgiu a decisão de mudar isso? Você não queria integrá-los de volta?

Scott M. Gimple: Eles nunca iam realmente voltar para Alexandria. Eu acho que, para o caminho do Morgan, estar lá fora com essas pessoas de quem ele passou a gostar e não voltar para Alexandria parece lógico. Muitas coisas ruins aconteceram em The Walking Dead, mas Alexandria é um lugar bastante seguro e você já tem pessoas que vivem lá há um tempo. Mas tem uma conversa que aconteceu no décimo episódio – aliás, no nono episódio, no começo da segunda metade da quarta temporada – em que a Alicia diz ao Morgan que existem pessoas para ajudar aqui. O plano do Morgan era seguir sozinho, aí ele passa a inclui-los e passa a ir além da ideia que a Alicia apresentou, vendo que há mais pessoas lá fora. Ele também é atormentado por todas as coisas que fez e pode escolher dar as costas a isso, mas, no final, a resposta do Morgan veio de tudo o que ele passou na temporada. De encontrar com a Martha, uma mulher que achou que ninguém poderia ajudar ninguém porque isso era uma fraqueza. Nós colocamos esses personagens em um lugar em que estão desesperados por ajudar, em que precisam ajudar. Eles estão tão obcecados por encontrar redenção que começam a criar coisas para fazer. Coisas malucas, gigantescas, não recomendadas e bem interessantes! Nós abrimos a temporada desta maneira. Nós escrevemos inicialmente sobre eles pensando no que fazer, mas já cortamos direto para: “Meu Deus, o que essas pessoas estão fazendo?”. E aí você se pergunta por que eles estão fazendo. Este é o spoiler que eu vou entregar: eles estão fazendo porque precisam disso. Eles não podem viver com eles mesmos da forma com que as coisas estão. Eles precisam se tornar outras pessoas e as distâncias que eles percorrem para fazer isso, os lugares em que eles se encontram… É insano. O Dwight tem uma jornada um pouco diferente, mas é paralela. Ele também está procurando por um tipo de redenção, algo que precisa mais do que qualquer outra coisa. Eles cruzam seus propósitos um pouquinho e coisas acontecem. O que eu mais amo sobre o show nesta temporada é que as coisas não são tão simples como tomar a decisão de fazer o bem: você tem que percorrer longos e perigosos caminhos para fazer o bem. E eu amo a intersecção entre a ação e o íntimo nessas situações – a ação sendo o que eles têm que fazer e o íntimo sendo o quão desesperadamente eles precisam fazer.

Austin, o quão diferentes são os sets de Fear the Walking Dead e The Walking Dead?

Austin Amelio: Diferentes. São locações diferentes com pessoas diferentes. Algumas delas são familiares, como o Lennie James, o que é confortável. E estou de volta à Austin, Texas, que é minha cidade natal… Tem sido bacana.

Essa pergunta é mais sobre você, Austin, do que sobre o Dwight. Como tem sido para você, como ator, vir para este mundo completamente diferente? É parte do mesmo universo, mas é um mundo diferente com um novo elenco. Como você incluiu no seu processo de atuação a mudança para um novo show?

Austin Amelio: Como eu coloquei no meu processo de atuação?

Sim, porque você está deixando um grupo de atores e uma história para lidar com uma nova história e personagens.

Austin Amelio: Não foi tão difícil, sabe? Eu venho interpretando o Dwight há dois anos e meio, então, é só uma mudança de locação. Além disso, todas as pessoas que trabalham neste show são muito legais. Não houve nenhuma dificuldade… Eu estou até desapontado!

Lennie James: Foi muito fácil.

Austin Amelio: Foi uma transição tão tranquila e, quando o Dwight chega, é… Droga, eu não posso dizer, mas faz sentido para o personagem. Tem sido ótimo.

Scott M. Gimple: Eu assisti ao show por um ano antes de começar a trabalhar nele. Eu comecei na segunda temporada, aí li os livros e depois entrei. Então, eu ainda tenho aquele lado de fã. Ver o Dwight interagir com os personagens deste show… Eles nunca interagiram realmente neste universo. Mas eu me peguei sorrindo assistindo algumas cenas! Este personagem realmente está interagindo com aquele personagem? Isso é maluco! Definitivamente despertou aquele lado de fã.

Austin Amelio: Mas eu tenho que dizer que é muito divertido: eu peguei o melhor dos dois mundos em cada lugar que estive, sabe? Eu pude trabalhar com pessoas no Santuário, em Alexandria e, agora, estou vindo para Fear. Tem sido uma experiência muito interessante poder trabalhar com todas essas pessoas. Eles são os atores mais altruístas e gentis que você poderia conhecer, além de talentosos. Tem sido incrível.

Scott M. Gimple: É a maldição do universo Walking Dead que esses sets sejam tão calorosos e façam você se sentir tão bem-vindo, porque este é um show em que as pessoas morrem. Se todo mundo estivesse infeliz e não gostasse dos outros, seria bem mais fácil. Infelizmente, todo mundo é super profissional e legal, então isso torna tudo mais difícil!

No trailer, descobrimos que a Luciana tem talento para tocar acordeão. Vamos descobrir os talentos musicais de mais alguém na quinta temporada?

Lennie James: Eu toco violino quase tão bem quanto a Luciana toca acordeão!

Vocês vão começar uma banda? Risos.

Scott M. Gimple: Eu diria que é meu sonho que Ian e Andrew decidam falar mais sobre o acordeão.

TRAILER DA 5ª TEMPORADA DE FEAR THE WALKING DEAD:

Fear the Walking Dead é exibido no Brasil pelo canal AMC. Consulte sua operadora de TV.

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