Comentários do episódio S01E06 – “The Good Man” (COM SPOILERS)

Post destinado a comentários do episódio “The Good Man” da primeira temporada de Fear the Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!

Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.

SINOPSE: “Enquanto a insatisfação civil cresce e os mortos vivos tomam o controle, Travis e Madison tentam descobrir maneiras de proteger suas famílias.”
 
Roteiro: Dave Erickson e Robert Kirkman | Diretor: Stefan Schwartz

DISCUSSÃO DO EPISÓDIO “THE GOOD MAN”:

Fear the Walking Dead chegou com a promessa de revelar o que teria acontecido com a sociedade no período onde Rick Grimes esteve em coma. Seguindo seu próprio ritmo, a série entregou seis episódios dramaticamente impecáveis. Iniciando como um simples (mas poderoso) drama familiar, o primeiro ano do spin-off cresceu com o passar das semanas, e encerrou hoje, de forma poética, inacreditável, e acima de tudo, honrosa ao título que carrega.

Escrito por Erickson e Kirkman, “The Good Man” apresentou tudo aquilo que muitos estavam esperando desde a premiere: caos, caos, caos e muito caos! Com uma direção magnífica, a abertura mostrando Los Angeles caída e em ruínas foi de tirar o fôlego, desde a primeira cena, até a interrupção dada pela intro.

Mais uma vez destaco a exploração das relações entre os personagens, mas admito que nenhuma delas me encanta tanto como a de Chris e Alicia – ainda não entendo o motivo, até porque nunca gostei do filho de Travis, mas há uma química inquestionável nas cenas onde Henrie e Carey protagonizam.

Outro ponto que vale a pena ser destacado é a tensão que percorreu durante todo o episódio, seja pela trilha sonora imposta sobre as ações no complexo, ou então a grande expectativa de fazer os personagens se encontrarem. E por falar em encontros e expectativa, Strand foi realmente um personagem crucial para a season finale. Ainda estou tentando decifrar o personagem, que se mostrou frio e com uma visão perturbadoramente divergente dos demais, mas já consegui criar afeição com o mesmo.

Enquanto as coisas no lado de fora só pioravam, o interior do complexo seguia a mesma linha. No momento onde Nick ficou de frente a Madison, enquanto era esperado por uma horda que vinha em sua direção, meu coração pulsou mais forte do que qualquer outro momento anterior assistindo Fear the Walking Dead. Só esta sequência, seguida do momento na cozinha, já fizeram toda a season finale valer a pena.

Por um longo tempo temi que Ofelia e Daniel fossem desistir devido ao trágico acontecimento com Griselda, mas, por sorte, não foi isso que aconteceu. Contudo, outra cena que realmente me surpreendeu (pela sua devida atenção de roteiro) foi protagonizada pela Dra. Hexner, que preferiu ficar no local, remetendo bastante ao final da primeira temporada de The Walking Dead, em TS-19, com Jacqui.

E como se tudo não pudesse piorar, tivemos a grande cena envolvendo Andrew. O elemento surpresa do episódio foi de longe, outro grande ponto alto. Juro que meu coração estava a ponto de parar quando ele apontou a arma para os sobreviventes. Entretanto, em (minha visão, é claro) alusão ao título, o bom homem que sempre foi Travis, foi o responsável por salvar a família sujando as mãos de sangue.

Mas infelizmente, como estamos falando do trágico mundo criado por Robert Kirkman, era meio óbvio que algum personagem daria adeus no episódio, e este alguém foi Liza. Uma reviravolta um tanto quanto chocante e até mesmo precipitada.

Não tentando alongar muito minha opinião, creio que não haveria modo melhor de encerrar a temporada. Foi um final épico. Roteiro impecável, atuações impecáveis, direção impecável. A única reclamação que tenho no momento é a demora que terei de enfrentar até a chegada da segunda temporada de Fear.

Ao menos, semana que vem finalmente nossos sobreviventes supremos estão de volta.