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REVIEW FEAR THE WALKING DEAD S01E03 – The Dog: Pessoas boas são as primeiras a morrer
Sabe aquela máxima de filmes e séries de que todo mundo pode morrer, menos o cachorro? Sinto lhe informar, Fear the Walking Dead não respeita essa ideia. Confira agora nossa análise sobre o terceiro episódio da série.
O caos está cada vez maior e mais agressivo nas ruas de Los Angeles, Travis, Liza, Chris e os Salazar continuam refugiados na barbearia. Quando o prédio vizinho é invadido, todos são obrigados a sair do local, visto que as paredes começam a esquentar devido a um possível incêndio. Nos momentos que configuram a decisão de para onde ir e o que fazer, vemos um pouco mais da personalidade de Daniel Salazar. O homem parece ter uma política própria de favores: em sua concepção um favor gera uma divida. Veremos mais a frente que esse modo de pensar acaba por trazer complicações e dissensões dentro da própria família de Daniel.
A única opção que resta para todos é a de infiltrar-se no meio da população em rebelião e tentar alcançar o carro de Travis para saírem da região central da cidade. Daniel deixa bem claro que não tem o desejo de seguir junto à família de Travis e que tão logo puderem irão se separar. Ao abrirem as portas e saírem correndo, o estabelecimento é tomado pelos desorientados civis que começam a destruir tudo que veem pela frente, o que faz Daniel estagnar por uma fração de segundos.
No meio da algazarra, um andaime acaba por cair sobre a perna de Griselda Salazar, que é carregada por Travis até o carro. Liza – que é enfermeira – informa que para a lesão é necessária ajuda médica, pedindo para que Travis leve a família até um hospital. Quando chegam ao hospital mais próximo, deparam-se com dezenas de viaturas policiais e oficiais atirando em pacientes, diretamente na cabeça. Travis pergunta a Liza o que podem fazer e é interrompido por Daniel, que diz acreditar que não terá hospital em situação diferente daquele. Daniel pede para que Travis leve sua família para a sua casa, pois de lá entrará em contato com seus parentes, assim estarão quites no quesito prestação de favores.
Na casa de Madison as coisas parecem estar estáveis, visto que numa tentativa de acalmar os filhos, Madison resolve jogar Monopoly com eles, o que acaba por rebuscar o passado. Alicia questiona o fato de Travis estar demorando, e revela que esse fato parece ser um regresso ao passado, quando esperava o pai voltar.
Alicia olha pela janela e vê que o vizinho que na mesma noite havia atacado a família que reside na casa da frente está andando pela rua como que desorientado. Nick fala para a mãe que ela deveria falar com a irmã e explicar o que estava acontecendo, visto que até agora Alicia não tinha tido contato com os infectados. As luzes voltam a cair e um barulho é ouvido na porta. Nick se aproxima e ao abrir se depara com o cachorro da família. O cachorro parece estar assustado e parece tentar apontar algo de estranho pra família. Nick, Madison e Alicia resolvem invadir a casa vizinha para pegarem uma arma, para assim poderem estar protegidos da ameaça do vizinho infectado.
Na casa, aparentemente vazia, Nick é certeiro em encontrar a arma e pede para Madison localizar as munições. Eles ouvem um barulho e averiguam pela janela, veem o vizinho infectado entrando na residência Clark e sendo atacado pelo cão. No mesmo momento veem o carro de Travis chegando. Madison tentando evitar um problema, junto aos filhos, volta correndo para casa, mas antes de chegar Travis, Liza e Chris já adentraram a sala da casa e veem uma terrível cena: o vizinho devorando o corpo do cachorro.
No meio do caminho, Nick pergunta para Alicia quanto às munições. Alicia resolve retornar sozinha a casa de Susan (a vizinha) para resgatar o que haviam deixado para trás. Na sala, Madison chega e vê o vizinho atacando Travis, que ao ver Madison com a arma tenta pará-la de todas as formas. Contudo, Daniel invade o local, toma a arma de Maddy e faz dois disparos na cabeça do infectado, que caí ‘morto’.
Alicia chega a casa da vizinha e reúne as munições, contudo, vê que há mais alguém na casa e saí correndo. Em meio ao jardim é surpreendida pela vizinha Susan, que a agarra pelos cabelos tentando a morder. Alicia consegue soltar-se, mas quando está pulando a cerca quase é pega pela faminta Susan. Chris, que havia saído da casa após ver a cena com o cachorro, tenta ajudar Alicia, que ao cair sobre ele, o agride, machucando seu nariz.
Muita tensão entre todos. Para Maddy e seus filhos, o melhor é sair de casa e se abrigarem no deserto – como no plano inicial -, já para Travis, que se sente na obrigação de esperar que os parentes de Daniel venham busca-los, é melhor esperarem até o amanhecer. Após uma breve discussão, acordam que esperarão até o dia seguinte.
Uma cena interessante acontece entre Liza e Madison, a primeira tenta estabelecer um tratado de paz em defesa dos filhos das duas, mas Maddy parece nem prestar atenção ao que Liza fala, e a interrompe pedindo um favor: que Liza dê fim nela caso um dia venha a se tornar algo parecido com o que Susan tornou-se. Liza, assustada, concorda.
Daniel e a família estão num dos quartos da casa e conversam. Ofelia insiste que o melhor que podem fazer é seguirem com o grupo de Travis e Madison para o deserto. Daniel não concorda, pois para ele é um grande problema ficar devendo favores a estranhos – lembram-se do que falamos no inicio do texto? Ofelia não se contenta com a ideia do pai e tenta convencê-lo de que a ajuda de Liza (que é enfermeira) para a mãe é fundamental.
Madison separa alguns dos comprimidos que havia pegado na escola para Nick (o suficiente para o tempo que pretendem passar no deserto) e o resto entrega à Griselda. Liza demonstra preocupação quando ao caso da matriarca Salazar, visto que segundo ela, se não for acompanhada por um médico, a infecção se espalhará por todo o corpo, contaminando o sangue e depois a matando.
Com o amanhecer do dia, Travis e Madison começam a arrumar as coisas para a viagem. Daniel ensina Chris a usar uma arma, mas é impedido de prosseguir pelo pai do garoto. Madison diz que antes de ir ainda tem uma coisa a fazer.
Daniel, Ofelia e Griselda conversam no quarto, e mais uma vez a filha tenta convencer os pais de que não devem ficar na cidade e que seguir o grupo para o deserto é o mais prudente a se fazer. Daniel não concorda e encerra o assunto.
Madison observa a vizinha Susan tentar pegá-la por um vão na cerca, segurando um martelo parece tentar dar fim ao sofrimento da senhora, mas é impedida por Travis. Eles vão para o carro e partem da casa, deixando a família Salazar para trás.
Quando chegam na esquina da casa da vizinha Susan, Madison vê Patrick (marido de Susan) chegando em casa. Ela desce do carro tentando alertar Patrick, quando chega na casa, Patrick está indo de encontro a Susan para abraça-la. A cena é interrompida por uma série de tiros. A Força Armada está invadindo o local.
Após tal cena, Madison e Travis são informados pelo Exercito que devem ficar dentro de casa. É feito um registro de cada um dos residentes da moradia e uma inspeção. Conforme conversa com Madison, os órgãos governamentais desconfiam que a infecção possa dar-se com o contato de sangue.
O episódio termina com Griselda parecendo aliviada pelo fato da intervenção do governo, mas Daniel avisa que a intervenção veio tarde demais.
Bem, o episódio adotou um ritmo bem intenso para o que havia sido prometido. Contudo, manteve a temática drama familiar e nos trouxe informações importantíssimas sobre o passado das famílias Manawa e Clark.
Agora sabemos que o relacionamento de Liza e Travis começou a ter problemas visto uma posição um tanto quanto machista de Travis quanto a profissão de Liza, ela sonhava em fazer medicina, mas ao que tudo indica foi impedida pelo ex-marido que parecia não acreditar no seu potencial. Quanto a família Clark, o patriarca é falecido, contudo parece que foi ausente quando vivo, visto as declarações de Alicia enquanto jogavam.
Se fôssemos fazer um comparativo com The Walking Dead, Madison parece ser a mais capaz de assumir o manto de Rick em liderança. Ela já está compreendendo muito melhor as coisas do que Travis e está muito mais pronta para fazer o que tem que ser feito. Travis às vezes parece estar tomando o lugar de Lori, impedindo o líder (ou no caso, a líder) de fazer o que é preciso. Surpreendente também é a posição de Daniel, ele parece estar à frente de todos quanto ao assunto, principalmente por sua fala final. Dá a impressão de que ele já sabe que o mundo não tem mais volta. Além disso, Daniel parece estar aos poucos alcançando Chris, talvez uma boa amizade se desenvolva entre eles.
O episódio nos mostrou várias coisas curiosas quanto ao universo Walking Dead. Por exemplo, agora sabemos como o governo reagiu no início de tudo: isolando os moradores em casa e matando os infectados, que tinham seus corpos levados dentro de sacos de lixos embora num caminhão. Acreditavam que toda a infecção era passada pelo sangue dos infectados e por isso, ninguém podia ter contato direto com o sangue dos infectos.
Ainda, seguiu mostrando que a população talvez seja a grande culpada pela devastação que a doença walker tomou. Se tivessem – todos – obedecido a ordem do governo e se mantido em casa, talvez a incidência de walkers fosse menor e poderia ser facilmente contornada.
Outro detalhe importante e que deve ser motivo de congratulação à produção da série, já citado em outra oportunidade, é a preocupação em trazer elementos de 2010 para as telas. Dessa vez, você pode não ter percebido, mas a edição do Monopoly que está sobre a mesa dos Clark é a de 2009. Isso nos faz ver o quanto eles estão preocupados em tornar Fear the Walking Dead um evento real.
O terceiro episódio foi cheio de emoções e desrespeitou o anúncio da série ser mais lenta. Foi intenso nos seus mais de quarenta minutos e nos mostrou mais uma vez que Fear the Walking Dead tem tudo para ser tão grande quanto à originária, não seguindo o modelo dessa, mas se reinventando.
E você? O que achou do terceiro episódio de Fear the Walking Dead? Comente logo abaixo suas teorias para os próximos episódios e rumos que a história deve tomar.
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